




Capítulo 5 Ciúme
POV de Amelia:
"Amelia Wilson?" Sua voz ecoou pelo chão de mármore. Ela se afastou do grupo, seus saltos fazendo barulho contra os ladrilhos. "Que... surpresa te ver aqui."
De volta a Columbia, Diana tinha decidido tornar minha vida difícil, tudo porque Adam Clark, o brilhante assistente de ensino em quem ela estava interessada, escolheu passar tempo comigo em vez dela.
Continuei andando, mas ela se colocou diretamente no meu caminho. O homem ao lado dela ficou para trás, desconfortável – parecia ter seus trinta e poucos anos, vestindo um terno caro que não conseguia disfarçar seu comportamento frívolo com seu rosto juvenil. Diana o puxou para frente, seus olhos percorrendo-me com seu olhar característico de desprezo treinado. Notei que ela finalmente conseguiu o marido rico que sempre quis, embora este homem não estivesse nem perto do nível de Adam.
"Ouvi dizer que você tem estado ocupada desde que desistiu," ela disse, sua voz carregada de falsa preocupação. Ela olhou para seu próprio anel, depois de volta para mim com um sorriso presunçoso. "Mas suponho que todos nós fazemos nossas escolhas na vida. Alguns de nós simplesmente fazem melhores."
Meus dedos se fecharam em um punho. Não tinha planejado responder – aprendi há muito tempo que ignorar Diana era a melhor estratégia – mas suas palavras tocaram um nervo. Enquanto eu ajustava minha bolsa, preparando-me para contorná-la, a luz do sol que entrava pelas janelas do tribunal iluminou minha mão esquerda.
As sobrancelhas perfeitamente esculpidas de Diana se ergueram. "Esse anel..." Seus olhos fixaram-se na minha mão, seus próprios dedos movendo-se inconscientemente para tocar seu diamante mais modesto. "Quem...?"
"Parabéns pelo seu casamento," disse calmamente, passando por ela. "Ao contrário de você, tenho coisas melhores para fazer do que me intrometer na privacidade dos outros."
"Espere!" A voz de Diana perdeu seu tom zombeteiro. "Você não pode simplesmente..."
Mas eu já estava empurrando as pesadas portas do tribunal, deixando-a para trás com suas perguntas. Deixe-a se perguntar. Cinco anos se passaram desde aqueles dias em Columbia, e eu não devia nenhuma explicação a Diana.
Já que Lucas estava na casa da Monica hoje, decidi verificar qual seria o melhor jardim de infância para meu filho. Tirei minha lista cuidadosamente preparada de escolas de educação infantil em Cypress Central. Mesmo com o apoio financeiro de Luke, escolher a escola certa para Lucas não se tratava apenas de dinheiro. Sua ARJ significava que precisávamos de uma instituição com suporte médico adequado e funcionários compreensivos.
Primeira parada foi na Academia Wellington. Depois de preencher um formulário de visitante, segui um pequeno grupo de turistas liderado por um dos funcionários. O prédio era impressionante - todo de vidro e com arquitetura moderna, com um parque infantil visível da rua. Mas algo na atmosfera parecia frio, como um escritório corporativo em miniatura, em vez de uma escola infantil.
Em seguida, fui à Escola Brighton Day. Era agradável, com obras de arte das crianças cobrindo as paredes e o som de risadas vindo das salas de aula. A conselheira de admissões parecia sobrecarregada, correndo pela visita enquanto atendia chamadas no celular. A sala médica era básica - apenas uma pequena estação de enfermagem que não parecia equipada para situações graves.
A última parada foi no Jardim de Infância Ivywood. Ao entrar, percebi imediatamente a diferença. A área de entrada exibia fotos de crianças envolvidas em várias atividades, não apenas fotos profissionais posadas. Através das janelas das salas de aula, eu podia ver as crianças trabalhando em projetos de arte e lendo em cantos aconchegantes. Uma assistente de ensino que me mostrava o lugar respondia pacientemente todas as minhas perguntas sobre a rotina diária.
O que realmente chamou minha atenção foram as instalações médicas. Vislumbrei uma estação de enfermagem bem equipada através de uma porta aberta, com uma enfermeira presente e ajudando um aluno. O folheto detalhava seus protocolos de saúde, incluindo treinamento regular da equipe para lidar com várias condições médicas.
Sentado em um banco no parque próximo, revisei minhas anotações. O Jardim de Infância Ivywood era claramente a melhor escolha para Lucas. As instalações, a equipe, o cuidado médico - tudo era perfeito. Mas a mensalidade... era significativamente mais alta que as outras, mesmo com o orçamento generoso que Luke havia fornecido.
Mordi o lábio, fazendo cálculos mentais. Talvez se eu contribuísse com algumas das minhas economias... Mas seria responsável esticar nossas finanças tanto, mesmo para a melhor escola?
Olhei para o relógio. Ainda havia tempo para passar na livraria antes de pegar Lucas.
Lutei com equações complexas por horas. A tarde tranquila se estendeu até meu estômago roncar, sinalizando a hora do almoço. Reuni os livros e fui para o caixa.
O cartão de platina de Luke parecia pesado na minha carteira - ele insistiu que eu o usasse para aparências e estudos, mas velhos hábitos são difíceis de morrer. Mesmo sabendo que agora podia facilmente pagar por esses livros, ainda conferi cada etiqueta de preço, catalogando mentalmente o total.
"Cuidado!" Uma voz familiar soou enquanto mãos fortes me estabilizavam, pegando vários livros antes que caíssem no chão. O toque enviou um choque elétrico pelo meu sistema - eu conhecia aquelas mãos, aquela voz.