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Capítulo 5

TERCEIRA PESSOA

Mario percebeu que os olhos de Evelyn estavam fixos na entrada, fazendo com que ele olhasse na direção, e viu seu pai.

"Ah, pai," Mario disse, soltando Evelyn, que abaixou o olhar enquanto segurava o braço e o esfregava nervosamente.

"Preciso falar com você no meu escritório." A voz rouca de Adrian colocou Evelyn em alerta novamente.

"Ok, pai," Mario disse.

Evelyn olhou para Adrian, encontrando seus olhos, mas ele desviou logo depois.

"Agora," ele ordenou, e saiu andando.

Evelyn soltou um suspiro que não sabia que estava segurando enquanto Mario se virava para ela.

Mario franziu a testa ao ver o semblante inquieto de Evelyn. Ele ignorou e pegou suas mãos, chamando sua atenção.

"Você não tem nada com que se preocupar, Evie."

Evelyn olhou para ele.

"Eu posso te chamar assim, né?" Ele perguntou, sorrindo.

Ela assentiu, dando um sorriso preguiçoso.

"Legal. Como eu disse, você não tem nada com que se preocupar. Meu pai não é uma ameaça. Quer dizer, ele é uma ameaça para os bastardos por aí, mas não para você."

O coração de Evelyn reagiu ao ouvir isso. Adrian é o Don. Isso significa o chefe da Máfia deles.

"Quer dizer, ele me deu permissão para te dar um quarto de hóspedes. Então, vê? Você não tem nada com que se preocupar," Mario disse.

Evelyn assentiu levemente.

Ele alcançou seu cabelo e colocou uma mecha atrás da orelha.

Evelyn deu um pequeno sorriso.

"Eu tenho que ir. Mimi vai..."

"Eu estou aqui," Mimi interrompeu, entrando na sala com algumas roupas nas mãos, chamando a atenção deles.

"Na hora certa," Mario disse para Mimi, que sorriu para ele. Seus olhos voltaram para Evelyn.

"Tome um banho e relaxe. Talvez eu não te veja pelo resto da noite, mas te vejo no café da manhã amanhã. Minha tia, Dolores, faz as panquecas mais gostosas. Você vai adorar." Ele disse, acariciando o cabelo dela e sorrindo.

Evelyn sorriu também.

"Prometa que não vai chorar," ele disse.

Ela assentiu levemente.

"Legal. Boa noite," ele disse, esfregando levemente o braço dela antes de sair do quarto.

Evelyn o observou enquanto ele saía.

"Ele realmente gosta de você," Mimi disse para ela, entregando as roupas. "É a primeira vez que o vejo assim por alguém." Mimi acrescentou.

Evelyn forçou um pequeno sorriso, sentindo-se desconfortável enquanto olhava para as roupas em suas mãos.

"Ah, bem, apenas se acomode e durma um pouco. Você parece cansada." Mimi disse.

Evelyn assentiu. "Obrigada."

"De nada. Boa noite," Mimi disse, saindo do quarto.

Evelyn soltou um suspiro enquanto levantava as roupas para olhá-las melhor. É uma camisola rosa com um desenho de ursinho de pelúcia rosa escuro e algumas roupas íntimas novas.

Ela se sentiu confortável segurando as coisas e grata que Mimi conseguiu algumas roupas íntimas novas para ela. Ela tem certeza de que essa camisola será perfeita porque ela e Mimi têm quase o mesmo tamanho de corpo.

Ela caminhou em direção à cama e colocou as roupas sobre ela. Caminhou em direção ao que supôs ser o banheiro.

Ao entrar, ela fechou a porta atrás de si e seus olhos percorreram o banheiro brilhante e espaçoso, com uma grande banheira e uma área de banho. Seus olhos se moveram para a esquerda, onde ela estava, e ela se viu no espelho.

Ela observou seu rosto patético, fazendo seu coração doer.

Suspirando, ela tirou as roupas e prendeu o cabelo.


Ao longo do corredor, Mimi caminhava alegremente, cantarolando uma música da Taylor Swift. Ela olhava para seus pés, admirando suas unhas recém-pintadas enquanto caminhava. Ela sorriu até esbarrar em alguém que segurou seus braços protetoramente.

Era Lucas, um dos amigos leais e aliados de Mario. Mas ele não estava sozinho. Ele estava com Manuel.

Mimi soltou um gemido leve.

"Desculpe, senhora," Lucas disse, retirando as mãos de seus braços.

Mimi balançou a cabeça, sentindo seu coração acelerar enquanto soltava um leve suspiro. "Não, a culpa é minha. Eu... eu não estava olhando," ela disse, movendo a mecha de cabelo atrás da orelha nervosamente.

"Espero não ter machucado você," Lucas perguntou preocupado.

Manuel olhava para eles com desagrado, enquanto Mimi não conseguia parar de admirar os encantadores olhos azuis de Lucas.

"N..."

"Por favor, nos desculpe, senhora," Manuel interrompeu, agarrando Lucas e passando por Mimi.

Mimi os observou enquanto caminhavam, soltando um suspiro de desapontamento enquanto continuava em sua direção.

"Qual é o seu problema, Manuel?" Lucas perguntou, soando irritado enquanto caminhavam.

"Nada. Vamos continuar andando." Manuel disse.

"Vai se ferrar," Lucas resmungou, soltando sua mão do aperto de Manuel e caminhando à frente dele.

"Ei, espera aí," Manuel chamou, seguindo atrás dele.


Na sala de estar, Candela andava de um lado para o outro, furiosa, com uma taça de vinho na mão. Dante ainda estava sentado no sofá, bebendo uísque despreocupadamente.

Dolores estava sentada no sofá oposto, ficando nervosa com a raiva da irmã.

"Como ele pôde me desrespeitar assim na frente daquela sujeitinha... peça de... ugh," Candela gemeu, engolindo sua bebida.

"Você pode se acalmar, Candy?" Dolores perguntou.

"Não me diga para me acalmar, Dolores. Nem se atreva!" Candela disparou.

"Você está se irritando por nada," Dolores disse.

Candela bufou. "Cala a boca, idiota. Eu tenho uma sujeitinha estranha na minha casa, e você diz que estou me irritando por nada? Sério?"

"Você ouviu o que Mario disse. Os pais dela foram mortos e a casa deles foi incendiada. A pobre garota quase foi morta também. Ele está apenas ajudando alguém necessitado. E Adrian foi atencioso o suficiente para deixá-la ficar." Dolores disse, sentindo seu coração reagir após mencionar o nome de Adrian.

"Eu pareço me importar, hein?!" Candela perguntou, lançando um olhar furioso para Dolores, que apenas olhou para o lado.

"Eu não me importo nem um pouco com alguma sujeitinha estranha, ok? Mario deveria ter deixado ela morrer, por mim tanto faz." Candela disse, colocando uma das mãos no quadril.

Dolores franziu a testa para ela.

Candela soltou um suspiro e jogou o cabelo para trás.

"Ele deveria ter deixado ela morrer em vez de trazê-la para a minha maldita casa." Candela acrescentou.

Dolores balançou a cabeça em descrença.

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