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Capítulo 5 A filha da família Hamilton

Victoria estava pensando: "Será que foi mesmo a Calla que me pediu para ser tutora? Mas essa situação não parece certa."

Enquanto isso, o motorista de Calla, que chegou um pouco atrasado, estava procurando Victoria no ponto de encontro. "Onde está a Victoria? Ela deveria me encontrar na esquina."

Ele não fazia ideia de que tinha perdido a tutora que interessava a Calla.

Victoria, embora um pouco confusa, rapidamente deixou isso de lado, pensando: "Gente rica tem suas esquisitices. Talvez eles só gostem de esbanjar dinheiro?"

Ela ainda teve tempo de apreciar a vista do lado de fora do carro.

Logo, o Maybach entrou em um jardim privado.

O lugar era deslumbrante, com rochas perfeitamente arranjadas e vegetação exuberante, claramente obra de um paisagista de primeira linha. Parecia um ponto turístico cinco estrelas.

Victoria ficou impressionada. A família Scott era importante em Silvervale, mas o lugar deles não se comparava a esse jardim. Não é à toa que Sunhaven era lar de tantas pessoas influentes e ricas.

Ela tinha encontrado um bico casualmente através de um aplicativo, e seu empregador era milionário.

Esse local, essa estética—realmente inacreditável!

O carro parou em frente a um castelo com uma mistura de estilos arquitetônicos. "Por favor, desça."

Victoria saiu, sendo recebida por uma fila de seguranças e empregadas.

As portas do castelo estavam escancaradas, e Victoria entrou, sentindo-se um pouco nervosa. Era como entrar em um cenário de filme.

Era tão formal, como uma cena de uma novela onde nobres antigos retornam ao seu palácio.

A casa em estilo castelo, a decoração luxuosa, as pinturas e antiguidades famosas—Victoria olhou ao redor, tentando manter a calma.

Duas mulheres estavam sentadas no sofá.

Uma era uma senhora idosa de cabelos brancos como a neve, Marigold Hamilton, apoiada em uma bengala incrustada de diamantes, vestida com um terno branco com fios dourados.

A outra era uma anfitriã graciosa e bonita, aparentando ter apenas trinta e poucos anos, bem conservada. Ela usava um vestido vintage roxo escuro com padrões de flores e pássaros, com brincos de esmeralda e um colar combinando, valendo uma fortuna, mas que não ofuscavam seu brilho.

"Que mulher bonita!" pensou Victoria. "Por que ela parece familiar?"

Essa mulher bonita era Diana, que tinha chegado em casa mais cedo.

Ao ver Victoria entrar, Diana se levantou animada.

Ela queria se aproximar de Victoria, mas hesitou, sua boa educação a mantendo composta.

Victoria se parecia muito com a imagem de sua filha crescida em sua mente.

Marigold estava muito mais composta, apenas arregalando os olhos levemente, examinando Victoria cuidadosamente através de seus óculos de leitura.

Ela parecia bem-educada, indicando uma boa criação.

"Por favor, sente-se." Marigold gesticulou para que Victoria se sentasse.

Diana também se acalmou e se sentou.

"Precisamos de um pouco do seu sangue. Pode doer um pouco." A voz de Marigold era suave, mas autoritária.

Antes que ela terminasse de falar, uma equipe de pessoas de jaleco branco, parecendo médicos e enfermeiras, apareceu com kits médicos e equipamentos, prontos para coletar o sangue de Victoria para testes.

"Ok." Victoria assentiu. Um exame médico logo de cara?

Uma enfermeira tirou uma gota de sangue da ponta do dedo de Victoria e cobriu com um curativo de desenho animado, causando uma leve picada.

Marigold perguntou: "Qual é o seu nome?"

"Victoria," ela respondeu.

Marigold deu um sorriso caloroso. "Victoria, não se preocupe; isso é apenas um procedimento de rotina."

"Tudo bem, mas você não deveria verificar minhas habilidades no piano?" Victoria olhou para o curativo no dedo. Será que uma gota de sangue era realmente suficiente para um exame médico pré-admissional?

"Você toca piano?" Diana perguntou, tentando esconder a empolgação ao saber mais sobre Victoria.

"Sim," Victoria respondeu, sentindo que havia algo estranho. Ela não estava ali para ensinar piano? Por que perguntar isso? A voz ao telefone mais cedo não parecia tão melodiosa quanto a de Diana; talvez fosse apenas o efeito do telefone.

Diana disse, "Que bom, seus pais adotivos te criaram bem."

"Como você sabe?" Victoria, sendo jovem, ficou surpresa, seus olhos se arregalando. Será que eles tinham verificado todas as suas informações pessoais?

"Você não sabe por que está aqui?" Diana ficou atônita. Será que Nick não contou para Victoria e apenas a trouxe aqui?

"Estou aqui para ser tutora de piano," Victoria respondeu, pensando, 'Ai não, será que houve um mal-entendido? Pegaram a pessoa errada?'

Marigold riu. "Nick deve ter sido confuso. Ele não é muito confiável. Victoria, você não estava procurando por sua família biológica? Nossa família também perdeu uma criança, exatamente da sua idade. Você entende por que te encontramos?"

Victoria ficou ainda mais chocada, sem saber o que dizer, apenas olhando para Diana. Elas realmente se pareciam um pouco. Será que poderiam ser parentes?

Naquele momento, os resultados do teste de paternidade saíram, mostrando um grande '99,999%' na tela.

O médico anunciou animadamente, "Sra. Diana Hamilton, a probabilidade de serem parentes diretos é de mais de 99%. Ela é realmente sua filha biológica! De verdade!"

Ouvindo a confirmação e vendo o grande 99,999% na tela, Marigold não conseguiu se conter, pulando do sofá. Vendo sua idade, Victoria estendeu a mão, preocupada, para apoiá-la.

Marigold agarrou Victoria. "Victoria! Você finalmente voltou! Isso é maravilhoso! A filha da família Hamilton retornou! Victoria, seu sobrenome não é Scott; é Hamilton! Você é uma de nós, um membro da família Hamilton."

Diana não conseguiu segurar as lágrimas, que começaram a escorrer. Ela disse, "Minha Victoria!"

"Victoria Hamilton?" Victoria, que havia vivido duas vidas, acabou de descobrir que seu sobrenome era Hamilton.

"Então, você é minha avó? E você é?" ela olhou para Marigold, depois para Diana, a jovem mulher, incerta, com uma mistura de antecipação e medo.

"Victoria, eu sou sua mãe!" Diana deu dois passos à frente, abraçando Victoria e começando a chorar.

"Mãe!" Victoria, abraçada pela calorosa e doce Diana, sentiu uma imensa sensação de felicidade e contentamento, retribuindo o abraço, seus olhos se enchendo de lágrimas.

Todas as mágoas que Victoria havia suportado, ela teve que aguentar sozinha em silêncio. Joan não era mais sua mãe e não a confortaria como fazia quando Victoria era criança.

Agora, nos braços de Diana, Victoria se sentiu como uma criança novamente, querendo se queixar, sabendo que era amada. Crianças choravam quando se sentiam injustiçadas porque tinham alguém que as amava e as apoiava!

Victoria disse, "Mãe, senti tanto a sua falta!"

"Victoria, e eu?" Marigold sentiu uma pontada de ciúmes. Embora o amor de uma avó possa não se igualar ao de uma mãe, Victoria não deveria negligenciá-la!

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