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Capítulo 4: Ela se ajoelhou entre as pernas do meu marido

Angela POV

Assim que eles saíram, bati a porta do meu escritório com força.

Algumas horas depois, lutei contra a dor de cabeça e terminei de organizar os papéis, então fui ao escritório do Sean.

Quando abri a porta, congelei.

Christina estava de joelhos—bem entre as pernas do Sean!

Nunca esperei que eles fizessem algo tão descarado no escritório!

A cabeça do Sean virou na minha direção, sua expressão uma mistura de choque e pânico. Ele se levantou apressadamente, quase derrubando a cadeira atrás dele.

“Espere, não é o que parece!” ele soltou. “A Christina derramou café em mim por acidente, e ela estava apenas—”

Meu olhar foi para suas calças. Uma mancha escura se espalhava pelo tecido, confirmando parte da sua história. Mas eu não estava interessada em explicações. Quem sabia o que realmente aconteceu antes de eu entrar?

Cortando sua fala, dei um passo à frente e coloquei o relatório na mesa dele com um baque seco. “Aqui está o relatório que você precisa para a reunião desta tarde.”

A sala balançou levemente enquanto eu me endireitava, mas me forcei a manter firme.

"Ela claramente não está bem," Christina murmurou para Sean.

Virei-me para sair antes que qualquer um dos dois pudesse ver o quanto aquelas palavras me machucaram, mas a voz de Sean me parou.

"Angela, espere—"

"Se não há mais nada?" Mantive minha voz profissionalmente neutra, sem me virar.

O suspiro de frustração dele me seguiu pela porta.

Mas Christina chamou por ele, "Sean, tem algo que preciso discutir com você."

Sean não veio atrás de mim. Em vez disso, voltou para Christina.

"Não fique chateada," disse a mim mesma. Eu deveria ter previsto isso há dois anos, certo?

De volta ao meu escritório, a dor de cabeça havia se intensificado.

"Angela?" O rosto preocupado de Emily apareceu na minha frente. "Você realmente deveria deitar. Está pálida como um fantasma."

"Só preciso terminar..."

Pisquei, tentando clarear minha visão, mas o escritório continuava inclinando em ângulos estranhos.

A última coisa que ouvi foi o suspiro assustado de Emily quando o mundo escureceu.


Os jardins da Phillips Exeter Academy se estendiam diante de mim, perfeitamente cuidados e pontilhados de formandos em suas roupas formais.

Alisei meu próprio vestido – seda azul-clara que custou mais do que o aluguel mensal de algumas pessoas – e tentei acalmar meus nervos.

Esta noite era a noite. Depois de anos de amizade cuidadosa, sendo a parceira de estudos perfeita e confidente, finalmente diria a Sean Shaw como me sentia.

O momento era perfeito – estávamos ambos indo para universidades da Ivy League, ambos parte do mesmo círculo social. Fazia sentido.

Eu o avistei perto da fonte, cercado pelo seu grupo habitual de amigos. Meu coração fez aquele conhecido flutter enquanto eu o observava rir.

"Você ouviu sobre a Christina?" Um dos garotos estava dizendo enquanto eu me aproximava. "No iate no último fim de semana—"

"Ela salvou minha vida." A voz de Sean ecoou claramente pelo jardim. "Ainda não consigo acreditar que ela sabia exatamente o que fazer quando comecei a ter aquela reação. Se ela não estivesse lá..."

"Parece destino," alguém comentou. "O encontro perfeito para o casal perfeito."

"Sempre haverá um lugar para ela ao meu lado," concordou Sean, seu tom suave com algo que eu nunca tinha ouvido antes.

Afastei-me antes que eles pudessem me notar, o seda azul de repente parecia me sufocar...

A cena mudou, borrada, reformada. O rosto de Sean apareceu sobre mim, mas agora mais velho, mais duro.

"Seja razoável sobre isso," sua voz ecoou estranhamente. "Ou não me culpe por tomar as rédeas."

Christina estava atrás dele, um anjo de misericórdia vestido de branco com um sorriso diabólico.

"É para o melhor, Angela. Você entende, não é? Algumas coisas são simplesmente destinadas a acontecer..."


Acordei com um sobressalto e percebi que estava no banco de trás de um carro, a divisória de privacidade levantada. Minha cabeça estava apoiada em algo firme – o ombro de Sean, percebi com um susto.

O cheiro familiar do colônia dele se misturava com o perfume de Christina, fazendo meu estômago revirar.

"Ela acordou," a voz de Christina veio do meu outro lado. "Graças a Deus. Ficamos tão preocupados quando Emily ligou dizendo que você tinha desmaiado."

Tentei me sentar, mas o braço de Sean me manteve firmemente no lugar.

"Não se mova," ele ordenou. "Estamos levando você ao hospital."

"Não." Empurrei contra o seu aperto. "Nada de hospitais."

"Isto não é uma negociação." Seu tom era puro CEO – aquele que não aceitava argumentos de subordinados. "Você está com febre alta, desmaiou no trabalho, e—"

"Eu disse não." Consegui colocar um pouco de espaço entre nós. "Apenas me leve para casa."

"Angela, seja razoável," Christina interveio, "Estamos apenas tentando ajudar."

Os fragmentos do sonho giravam na minha mente – o jovem Sean declarando o lugar de Christina ao seu lado, o Sean mais velho ameaçando... o quê?

A memória escapou como fumaça, deixando apenas uma vaga sensação de pavor.

"Para casa," repeti firmemente. "Ou saio no próximo sinal e pego um táxi."

Sean fez um som de pura frustração, mas eu o vi sinalizar para o motorista através da divisória.

O carro mudou de direção suavemente, indo em direção ao Central Park West em vez do hospital.

Fechei os olhos, não querendo ver os olhares que passavam entre Sean e Christina sobre minha cabeça.

"Você sabe," Christina disse com confiança, "Eu me formei na melhor faculdade de medicina, você deveria me ouvir."

Não respondi. Sabia que ela não estava realmente preocupada; ela só queria exibir suas credenciais.

"Chega de jogos, Angela." A voz de Sean cortou o silêncio com ar-condicionado. "Por que você está se recusando a ir ao hospital?"

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