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Capítulo 3

Jordan

Puta merda.

No momento em que ela entrou por aquelas portas, todo o resto na sala se tornou ruído de fundo. Sophia Bennett naquele vestido bordô parecia saída das minhas fantasias mais sujas: curvas que poderiam fazer um santo pecar, pele que implorava para ser tocada, e aqueles seios... perfeitos, que o decote generoso mostrava só o suficiente para enlouquecer um homem.

Eu já a tinha visto em eventos antes, sempre à distância, sempre no braço do Nathan. Mas hoje à noite? Hoje ela era uma revelação divina.

"Jesus Cristo," murmurei, observando-a deslizar pela sala. O jeito que aquele vestido abraçava seu traseiro deveria ser ilegal.

Tomei um gole do meu champanhe, tentando parecer casual enquanto meu pau tinha outras ideias. Nathan Carter era um sortudo, mas pelo que eu ouvi nos sussurros da indústria, ele não a merecia. O cara tinha a reputação de manter suas opções abertas, apesar de ter Sophia esperando em casa.

Idiota do caralho.

Se ela fosse minha, eu não a deixaria sair da cama tempo suficiente para ir a festas como essa.

Meus amigos, Adriel e George, estavam ao meu lado, tomando suas próprias bebidas.

"Ei, quem é aquela garota com o Nathan?" Adriel me cutucou, apontando para o outro lado da sala. "Nunca a vi antes. Ela é nova ou algo assim?"

Desviei os olhos de Sophia para onde Nathan estava, ficando íntimo com alguma mulher. Eles estavam rindo, muito próximos para uma interação profissional.

George entrou na conversa, "Ah, essa é a nova assistente dele. Olivia, eu acho? Gostosa, né?"

"Com certeza," Adriel assobiou baixo. "Sortudo, cercado por todas essas gatas."

Revirei os olhos. "Vocês são ridículos."

George não tinha terminado. Ele apontou com o queixo na direção de Sophia. "Olha a namorada do Nathan ali. Essa sim é um pedaço de-"

"Mano," eu o cortei, franzindo a testa. "Mostre um pouco de respeito."

Mas Adriel já estava secando-a. "Puta merda, você tá certo. Que gata. Como um cara como o Nathan conseguiu ela?"

"Dinheiro fala, meu amigo," George riu, tomando outro gole da bebida.

Eu quase dei uma risada. Se fosse por dinheiro, Sophia não estaria com Nathan. Meu patrimônio fazia o dele parecer troco de bala. Mas guardei isso para mim, observando enquanto ela conversava com uma mulher mais velha que parecia estar irritando ela, a julgar pelo sorriso tenso em seu rosto.

"Jordan," a voz de Adriel me trouxe de volta. "Você tá bem, cara? Tá encarando."

Pisquei, percebendo que estava olhando fixamente como um adolescente. "É, é. Estou bem. Só... apreciando a vista."

George riu. "Apreciando? Mais parece que está despindo ela com os olhos. Não que eu te culpe."

Meu rosto esquentou. "Cala a boca, cara. Não é nada disso."

Mas era exatamente isso. Eu estava imaginando tirar aquele vestido dela, abrir suas pernas e enterrar meu rosto entre suas coxas até ela gritar meu nome.

"Claro, claro," Adriel provocou. "Continua se enganando, Romeu."

Despejei o resto do meu champanhe. "Preciso de outra bebida. Vocês querem alguma coisa?"

Eles me dispensaram, já em outro assunto. Fui até o bar, tentando afastar as imagens de Sophia nua e se contorcendo debaixo de mim.

Enquanto esperava minha bebida, vi ela se desculpar da conversa e desaparecer por um corredor. Interessante.

Quando ela voltou cerca de quinze minutos depois, o batom estava recém-aplicado e o cabelo um pouco bagunçado.

Senti uma onda de ciúmes tão intensa que me surpreendeu. Eu nunca tinha nem falado com a mulher, pelo amor de Deus. E lá estava eu, segurando meu copo tão forte que tinha medo de quebrá-lo, imaginando todas as maneiras que eu poderia fodê-la melhor do que o Nathan jamais poderia.

Nossos olhos se encontraram do outro lado da sala. Ela manteve o olhar por um momento, e juro por Deus, algo elétrico passou entre nós. Meu pau endureceu instantaneamente, pressionando desconfortavelmente contra o zíper. Dei um leve sorriso, observando enquanto suas bochechas ficavam coradas antes de ela desviar o olhar.

Puta merda. Aquilo foi quente.

Meu telefone vibrou, me tirando dos pensamentos. Era uma mensagem da Elena.

Elena: Ei, onde você está?

Eu quase tinha esquecido dela—supermodelo Elena, com pernas intermináveis e um sorriso que poderia derreter geleiras. Como diabos eu esqueci dela?

Eu: Na festa do Nathan.

Elena: Ah, certo! Você lembra do nosso primeiro encontro para tomar café amanhã?

Droga. Isso também tinha me escapado.

Eu: Claro que lembro.

Elena: Ótimo! Estou tão animada.

Eu: Sim. A propósito, você já pensou em pular direto para a cama depois do café? Sabe, pular toda a conversa fiada e ir direto ao que interessa?

Elena: Jordan, você sempre tão direto! Vamos tomar café primeiro e ver onde isso nos leva.

Eu: Tudo bem. Mas se vista de forma sexy para mim. Você sabe como eu gosto.

Elena: Ah, eu vou me vestir lindamente para você.

Eu: Então, o que você está vestindo agora?

Elena: Você gostaria de saber, né?

Eu: Sim, eu gostaria. Me conte cada detalhe.

Houve uma pausa antes de sua resposta chegar.

Elena: Jeans e uma camiseta.

Eu ri. Clássica Elena, sempre mantendo a calma.

Eu: E por baixo?

Elena: Apenas calcinha. Sem sutiã.

A imagem me atingiu como um trem de carga, mas meus olhos voltaram para Sophia. Ela agora estava com dois amigos, um homem e uma mulher, rindo de algo. Mas seus olhos continuavam se movendo pela sala até onde Nathan estava com sua "assistente". Interessante.

Eu: Você sabe que eu quero te comer agora, né?

Elena: Vamos ver onde nosso encontro nos leva amanhã.

Eu: Justo.

Inalei profundamente, tentando me concentrar em Elena, meu encontro casual, em vez da mulher do outro lado da sala que havia capturado totalmente meu interesse.

Guardando meu celular, voltei a procurar por Sophia. Ela estava observando Nathan, e a expressão em seu rosto fez meu peito apertar. Ela parecia... magoada. Desconfiada.

Será que ela tinha notado o que eu notei? Que Nathan não conseguia manter as mãos longe, mesmo na própria festa?

"Ei, Jordan!" A voz de Adriel cortou meus pensamentos enquanto ele e George apareciam ao meu lado. "O que te deixou tão distraído, cara?"

Pisquei, pego olhando de novo. "Nada, só... observando as pessoas."

George sorriu. "Observando as pessoas, sei. Você está de olho na Sophia como um homem faminto em um buffet."

"Não estou!" Protestei, sentindo meu rosto esquentar.

"Cara, você é tão sutil quanto uma marreta," disse Adriel. "Por que você não vai falar com ela?"

Revirei os olhos. "E dizer o quê, exatamente?"

O rosto de George se iluminou. "Você é um produtor de cinema, cara. Diga a ela que quer escalá-la para o seu próximo filme!"

"Isso... na verdade não é uma ideia terrível," Adriel concordou, acenando com entusiasmo.

Balancei a cabeça, rindo. "Em outra ocasião, pessoal. Não vou me queimar na frente de todo mundo aqui."

"Covarde," Adriel murmurou, sorrindo.

"Có có," George acrescentou, batendo os braços como asas.

"Muito maduros, rapazes." Esses idiotas eram meus melhores amigos por um motivo.

Continuamos bebendo, a animação do álcool tornando tudo mais engraçado do que realmente era. Mas meus olhos continuavam encontrando Sophia.

Ela voltou a observar Nathan, que tinha a mão na parte inferior das costas da assistente. Vi a expressão de Sophia endurecer, depois suavizar em um sorriso ensaiado quando alguém se aproximou dela.

Eu queria ir até ela. Me apresentar. Dizer que ela merecia algo melhor do que um cara que não conseguia manter o zíper fechado.

Mas quem diabos era eu para falar?

E quando Sophia olhou para mim novamente, não pude deixar de levantar meu copo em um pequeno brinde. Ela corou, a cor se espalhando pelo pescoço até o peito, e me perguntei até onde aquela cor ia. Chegava aos mamilos? Ao estômago? Mais abaixo?

Droga, eu estava ficando excitado só de pensar nisso.

Pedi licença aos meus amigos e fui ao banheiro para me controlar. Isso era ridículo. Eu era Jordan porra Pierce. Eu não ficava nervoso por mulheres que eu nem conhecia.

Mas enquanto jogava água fria no rosto, tudo o que conseguia pensar era Sophia Bennett naquele vestido bordô e o quanto eu queria arrancá-lo dela.

Eu precisava conhecê-la. Falar com ela. Descobrir se a conexão que eu sentia era real ou só coisa da minha cabeça.

E se fosse real? Bem, Nathan Carter que se cuide.

Porque eu sempre conseguia o que queria. E agora, eu queria Sophia Bennett mais do que já quis qualquer outra pessoa.

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