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Capítulo 13

Karen riu, rapidamente cobrindo a boca com a palma da mão enquanto Melissa e Williams a olhavam com raiva.

"Isso não me pertence", disse Melissa novamente. "Eu preciso devolver."

Williams sorriu, seu olhar fixo nos lábios de Melissa. Se ela pudesse ler mentes! Melissa não estaria em nenhum outro lugar senão na cama dele, gritando seu nome.

Ele se levantou, pegou a mão de Karen e, com uma leve reverência e seu sorriso característico, disse:

"Se for uma mulher, implore. Se for um homem, chupe o pau dele."

A sensação sombria em seus olhos vazios explicava muito. Ele deu um beijo prolongado nos lábios machucados de Karen, observando Melissa intensamente pelo canto dos olhos. Eles se afastaram com a mão dele envolta na cintura grossa de Karen, que ria de uma piada que Williams fez.

"Vocês são uns demônios!" gritou Melissa.

Williams congelou, ainda parado no mesmo lugar, tirou seu cartão preto e entregou a Karen. Seu rosto arrogante e bonito iluminado com seu sorriso característico.

"Eu adoraria te dar o que você quer, mas isso só aconteceria se você me deixasse fazer amor com você."

Karen e Melissa ficaram perplexas, trocaram olhares antes de saírem do transe.

"Você está brincando comigo!?" gritou Karen.

Williams bufou, tirou a mão da cintura de Karen. Seu maxilar se contraiu enquanto ele pegava de volta o cartão preto dos dedos esguios de Karen. Seus lábios apertados e seu rosto não mostravam emoções.

"Eu não aceito qualquer forma de desrespeito", disse ele entre dentes cerrados. "Assim como não aceito respostas rudes de um dos meus brinquedos."

Karen piscou, deu alguns passos para trás como se estivesse se esquivando de algo. Ela colocou as pontas dos dedos no decote que parecia muito exposto para ser um design.

Sua boca aberta.

"Eu não entendo do que você está falando, querido." Ela murmurou.

Melissa, por outro lado, estava achando difícil decidir se ria alto ou ainda se preocupava com o sentimento de ter sido 'enganada' ou com o telefone que precisava pensar em substituir.

"Vocês duas podem pensar sobre isso", Williams se virou e se afastou. "Eu dobro o preço do telefone para cada uma de vocês, se concordarem com... um ménage."

"Eca!" Melissa fez uma careta. "Vai dizer isso para sua mãe, seu filho da puta."

Era certo, uma pessoa não seria capaz de explicar o tipo de habilidade que Williams possuía quando precisava delas. Seus dedos fortes se enrolaram firmemente em volta do pescoço de Melissa.

"Não fale merda sobre minha mãe", soou mais como um rosnado. "Você não diz essas coisas ou eu corto essa sua língua bonita."

Melissa estava sufocando, ela bateu no braço dele como um sinal de que se rendia, mas sem sucesso. Ela beliscou e tentou chutar, obviamente sentindo sua preciosa vida sendo drenada.

Williams olhou diretamente nos olhos castanhos tempestuosos dela. Sua expressão vazia como de costume, seu maxilar se movia enquanto seus lábios formavam uma linha fina.

Assim que Williams a soltou, ela caiu, se encolheu em uma bola e começou a chorar.

Ela olhou diretamente nos olhos dele.

Quando parecia que ele havia voltado aos seus sentidos humanos, ele murmurou:

"Eu te amo."

Com isso, ele saiu. Karen chamou por ele, correndo para alcançar seus passos largos, mas ele não parou.

Rosie já estava esperando por ele com a porta do BMW aberta, sua roupa era diferente, não profissional como da última vez.

Ela usava um vestido curto sem mangas, que ficava apenas alguns centímetros abaixo do bumbum. Seu cabelo cobria os ombros nus, parando acima do decote. Suas botas vermelhas tinham cordões amarrados até a metade da coxa.

Seus olhos estavam cobertos com óculos de sol vermelhos, seus lábios vermelhos como sangue enquanto seus dentes brancos brilhavam em um sorriso radiante.

"Algo está atrás de você", ela olhou para Karen que corria em direção ao carro. Como Williams se recusou a responder, ela entrou, fechou a porta e esperou por sua ordem.

"Ignore."

Com um sorriso agradável no rosto, ela dirigiu, rindo sem humor quando ouviu Karen gritar.

"Vai se foder!!!" Karen chorou enquanto caía no chão.

No carro, Williams sorriu. Ele inseriu seus fones de ouvido sem fio e deixou seu sorriso crescer em um sorriso malicioso.

"Vai se foder também", soou mais como um sussurro. "Ela vai querer voltar para casa, diga a ela que eu não quero vê-la ainda." Ele disse a Rosie.

Rosie olhou para o rosto dele pelo espelho frontal, ela teria tirado os óculos de sol porque estavam pendurados abaixo do colar, entre o decote.

"O que eu te ensinei sobre reconhecimento, Srta. Federico?"

Rosie assentiu levemente, com o estômago revirado, apertando o volante.

"Entendido."

"Senhor?"

"Entendido, SENHOR."

A humilhação era mais pesada do que qualquer outro parceiro sexual poderia suportar. Na noite passada, seu chefe estava sobre ela, gemendo! Fazendo sexo com ela como se ela fosse a única mulher na Terra.

Mesmo sendo cinco anos mais velha que seu chefe, Williams, ela ainda precisava se casar com ele e prendê-lo. Não porque ele era seu chefe, mas porque ela estava apaixonada por ele e precisava do dinheiro dele.

Infelizmente, ela era uma interesseira apaixonada por seu chefe.

Pelo espelho, ela podia ver Williams sorrindo. Seus olhos verde-avelã fixos nos dela.

Ela ainda não podia acreditar que se apaixonou por um jogador, se apaixonou porque ele era muito bonito. Ele também parecia ser um bilionário, muito bom na cama.

"Maldito filho da puta", ela xingou em um sussurro.

"O que você acabou de dizer?" Williams meio gritou, sua expressão irritada enquanto se inclinava para frente em direção à motorista.

"Eu não estava falando com você, senhor", Rosie murmurou, visivelmente tremendo, evitando seu olhar.

"Déjame creer que solo estabas pensando en voz alta." Ele respondeu friamente. "O fato de você ser uma serva muito leal ao meu pai e a mim não faz diferença, posso te demitir assim como demito outras pessoas todos os dias."

Rosie murmurou uma série de desculpas antes de seguir em direção a uma rua desimpedida.

Em resposta às desculpas dela, Williams bufou antes de voltar sua atenção para o telefone. Ele foi para seus aplicativos de mídia social e começou a procurar por 'Melissa Harts'. Muitos resultados com o mesmo nome apareceram.

Depois de um longo período de busca, ele decidiu procurar por 'cabelo ruivo'. A foto de Melissa foi a primeira, seguida por garotas aleatórias com cabelo ruivo.

"Te peguei." Ele sorriu ao clicar na postagem dela.

Seu sorriso aumentou ao notar o grande número de seguidores que ela tinha, mesmo quando sua única foto era a de perfil e o resto eram coisas aleatórias que ela blogava, as pessoas ainda pareciam amar suas vibrações.

Ele também amava suas vibrações.

Ele amava o jeito que ela sorria, o jeito que ela olhava para ele, o jeito que ela comia, o jeito que ela dançava, o jeito que ela tocava violino, o jeito que ela vivia sua vida nas redes sociais. Ele simplesmente amava tudo sobre ela!

Ele era um perseguidor pervertido, que tinha o castigo de amar seu inimigo.

Seu castigo era amá-la intensamente.

Quando chegou ao seu prédio na propriedade, foi para seu quarto e pediu para não ser incomodado.

Ele caiu na cama preguiçosamente, com o braço esquerdo sobre o rosto enquanto o direito estava sob a cabeça. Ignorando com sucesso a pessoa que batia na porta, ele foi até a geladeira.

"Seu pai quer falar com você", Rosie falou no dispositivo de comunicação, apesar de não poderem ver o rosto um do outro no momento, sua língua ainda carregava e enfatizava o ódio pelo chefe.

"Estarei lá em dez minutos."

Enquanto Williams se preparava para ver seu pai, estava um pouco tenso. Ele sabia que tinha algo a corrigir ou havia feito algo errado.

A viagem até a câmara de comunicação foi curta, apenas alguns prédios de distância do seu pessoal. A porta se abriu antes de ele chegar, escaneando seu rosto antes de sua chegada.

A câmara de comunicação era um lugar onde ele e outras pessoas falavam com seu pai desde que ele foi diagnosticado com uma doença grave. A sala grande estava quase vazia, apenas quatro pessoas. Ele mesmo, Rosie, Luciano e seu meio-irmão, Michael.

E, claro, seu pai Robert Hughes aparecendo em destaque na enorme tela.

Robert Hughes parecia muito pálido em seus sessenta e poucos anos. Naturalmente, ele deveria ser forte e saudável, mas de acordo com o médico, ele tinha poucos meses de vida.

Seu sistema havia sido danificado por drogas pesadas.

"Bom te ver, irmão." Michael estendeu o braço para um aperto de mão, um sorriso no rosto enquanto se posicionava de forma que o homem na tela pudesse vê-los. "Ele está assistindo!"

Williams hesitou, pegou o braço de Michael, nunca tirando os olhos da mão, nem por um momento.

Eles se sentaram, todos com espaços de duas a três cadeiras entre cada pessoa. Demorou alguns minutos para se acomodarem.

"Oi!" A voz grossa de Robert Hughes ecoou na sala.

Seus olhos verde-avelã escanearam a sala preguiçosamente, seus lábios finos enquanto ele afastava o cabelo escuro do rosto. Ele era a cópia mais velha de Williams, a única diferença eram as tatuagens que cobriam seu braço, pescoço e metade do rosto.

"Onde está Gabrielle?" ele perguntou.

Williams bufou, era por isso que ele odiava ter uma reunião com seu pai moribundo, ele certamente traria as pessoas que ele mais odiava.

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