Read with BonusRead with Bonus

Capítulo 6 Furioso e poderoso

Barbara acordou com a luz da manhã filtrando pelas cortinas de seu espaçoso apartamento no coração da cidade. O quarto impecável e elegantemente decorado refletia a atenção meticulosa que ela dedicava a cada detalhe de sua vida. Uma jovem de cabelos castanhos com mechas loiro-mel e olhos cor de avelã, ela exalava uma combinação de determinação e fragilidade sutil que apenas aqueles que a conheciam bem podiam perceber.

Com um gole de café recém-preparado do café caseiro de Angelo que Eliazar lhe havia dado como um gesto de gentileza, Barbara mentalmente revisou seu dia enquanto se preparava para enfrentar o mundo. Uma mulher de classe média alta em seus vinte e poucos anos, dedicada ao seu trabalho no museu de história grega. Lá, entre relíquias e exposições, ela encontrava consolo para sua mente inquieta e alma curiosa.

Sua manhã passou com telefonemas, e-mails e decisões que definiam o tom do dia. Barbara se movia graciosamente entre responsabilidades de trabalho e preocupações pessoais, que ultimamente se centravam em uma decisão que a deixava ansiosa: a possibilidade de se submeter a uma cirurgia para melhorar sua autoestima.

Embora sua vida profissional fosse estável e gratificante, a imagem refletida no espelho ainda causava um conflito interno constante. Ela se sentia insegura sobre seu corpo, especialmente seus seios. Naquela manhã, na tranquilidade de sua rotina, ela se permitiu fantasiar sobre a ideia da cirurgia que, acreditava, poderia libertá-la dessa incerteza.

A fragilidade de sua autoconfiança contrastava com a fachada de segurança que ela exibia para o mundo. Apesar de sua aparente força, Barbara ansiava por uma conexão mais profunda consigo mesma, uma aceitação completa que parecia escapar por entre seus dedos.

Em meio a seus pensamentos, uma notificação interrompeu sua reflexão: uma mensagem de texto de Eliazar, seu colega de trabalho e amigo próximo. A palavra "café" seguida de um emoji sorridente foi suficiente para trazê-la de volta à realidade. Sem hesitar, ela pegou suas chaves e se dirigiu ao museu, onde um dia a aguardava que, sem que ela soubesse, marcaria o início de uma jornada transformadora.

Ela chegou ao museu, um edifício imponente com sua fachada de pedra que guardava séculos de história dentro de suas paredes. Ao entrar, o cheiro fresco de antiguidade e os murmúrios dos visitantes criavam uma atmosfera acolhedora que sempre confortava Barbara.

"Bom dia, Barbie!" saudou Eliazar, com seu característico sorriso amigável do posto de segurança.

"Oi, Eliazar! Como está seu dia?" ela respondeu, retribuindo o sorriso.

Barbara sempre admirou a atitude positiva e a paciência de Eliazar, que parecia encontrar o equilíbrio perfeito entre seu papel de guarda e sua disposição para ouvir as preocupações de todos no museu.

Enquanto percorria os corredores familiares, cumprimentando alguns colegas e parando brevemente para revisar alguns detalhes, sua mente voltava à ideia da cirurgia. O debate interno sobre se era a decisão certa ou não, o medo do desconhecido e a necessidade de autoaceitação se entrelaçavam em sua cabeça.

Seu dia passou com telefonemas, reuniões e preparativos para a próxima exposição. A tarde chegou com a sensação de que o relógio estava se movendo mais rápido do que o normal. Eliazar se aproximou dela com uma xícara de café fumegante na mão.

"Quer dar uma pausa?" ele sugeriu, oferecendo-lhe o café com um sorriso cúmplice.

"Com certeza!" Barbara respondeu entusiasmada, grata pela pausa. Juntos, eles se dirigiram ao pequeno jardim do museu, um oásis de calma em meio ao agito da cidade.

Sentados em um banco sob a sombra de uma árvore centenária, compartilharam anedotas e risadas. Eliazar sempre tinha a capacidade de aliviar os fardos com sua companhia e sua habilidade de ouvir sem julgar.

"Como estão as coisas com aquela ideia que você tem lutado?" ele perguntou, olhando para ela com cumplicidade.

Barbara suspirou, misturando seus pensamentos com o aroma do café.

"Ainda estou indecisa, Eliazar. Às vezes parece a solução para minhas inseguranças, mas outras vezes tenho medo do processo e do resultado. Não sei se estarei pronta para algo assim."

"Tempo e certeza são companheiros estranhos, Barbie, mas me parece que você é linda do jeito que é. Qualquer cara que não quisesse namorar você seria um idiota porque você é linda com seus seios naturais."

"Obrigada," respondi, sentindo minhas bochechas corarem, mas a verdade era que nenhum cara jamais me viu nua.

"O importante é que você tome a decisão certa para você, no seu próprio tempo," aconselhou Eliazar, com seu olhar transmitindo apoio incondicional.

Enquanto o sol se punha no horizonte, eles concluíram sua breve pausa. Barbara voltou à sua rotina, mas as palavras de Eliazar ecoavam em sua mente, lembrando-a da importância de ouvir seu próprio ritmo.

No final do seu dia no museu, Barbara se despediu de Eliazar com um gesto de gratidão. Ao sair para a rua, o pôr do sol dourado a lembrou de que cada dia era uma tela em branco onde suas decisões moldariam seu próprio destino. Naquela noite, seus pensamentos dançariam entre

Previous ChapterNext Chapter