




CAPÍTULO 8 — FEYRA SMINORV
Estou na faculdade, estudando contabilidade. Foi um custo para eles me deixarem fazer o mesmo, depois que terminei meus estudos online. Tive que me adaptar a viver aqui na Inglaterra e "aprender" inglês, uma língua completamente diferente do russo, segundo eles. Nunca contei a eles que sou multilíngue.
— Você conhece as regras, não conhece, Feyra? — Heros pergunta, parando atrás de mim.
— Eu sei. Nada de garotos, bebidas ou drogas — ele pressiona o peito contra minhas costas.
— E o que mais? — Ele me pergunta.
— Não me lembro dessa parte... — Finjo, porque quero que ele me toque.
— Se alguém tocar aqui — beija meus lábios —, aqui — sente meus seios. Hm... Mordo meus lábios — ou aqui... — sua mão enorme, preenche minha vagina. Ofego! — Ele É um homem morto, além das consequências que isso trará para você.
Eles me dizem isso todos os dias, onde quer que eu vá.
— Entendido — digo, virando para ele e roubando um beijo rápido.
— Gosto quando você nos entende; sendo uma boa menina obediente. — morde meus lábios com força. Heros foi o mais difícil de conquistar e às vezes ainda o pego me observando de longe.
Fiz algumas amigas na faculdade e, claro, Heros pesquisou a vida inteira das garotas; bem, na verdade, praticamente todos que têm aulas comigo.
— Vamos! Vou te deixar na escola antes de encontrar meus irmãos na sede. — ele se afasta e alisa a camisa — Noah virá te buscar. Se os planos mudarem e ninguém puder te buscar, por favor, fique na escola até que um de nós possa falar com você. Não saia da escola sozinha, Feyra; você se tornou um alvo fácil no momento em que se tornou nossa. — Lohan diz, puxando-me para ele dos braços do irmão e me beija, um pouco mais longo que Heros.
— Tudo bem. Ficar e esperar. Não ser tocada. — Brinco, fazendo um gesto de significado colocando a mão na cabeça. Me contendo para não revirar os olhos.
Vou em direção ao carro de Lohan, vendo os outros saindo na nossa frente, indo direto para a sede deles. James, um dos seguranças e um homem leal a eles, nos acompanha no banco de trás. Estou começando a achar estranho, já que ele nunca nos acompanhou no mesmo carro. Olho para trás vendo mais dois carros do que o habitual nos seguindo.
— Loh, por que Adam e o reforço dos seus capangas? — Ele não me responde por alguns minutos, então chamo por ele: — Lohan?
— Adam vai ficar na escola com você. — Que merda!
— O quê? Mas isso é ridículo! Eu não preciso de uma babá. — Reclamo com ele, olhando para trás para o monstro musculoso sentado no banco de trás. — Nunca foi necessário antes, por que de repente agora?
— Você quase foi sequestrada na semana passada, droga! — ele grita, perdendo o controle.
— Por você, posso? — Murmuro baixinho, mas ele ouve.
— O que você disse? — ele pergunta com um olhar rápido, antes de voltar sua atenção para a estrada à sua frente.
— Nada! Eu só pensei alto demais. — Discordo — Então por que me dizer para esperar se você não vem me buscar, se ele vai estar comigo, eu posso ir para casa com ele, certo?
— Feyra. Somos mafiosos, temos muitos inimigos. Por que você acha que estamos cercados por seguranças para cima e para baixo, droga? Eles percebem que você está conosco e sabem que você é nosso ponto vulnerável, então vão tentar usar você contra nós. — Reviro os olhos e solto um suspiro. — Adam está aqui para te proteger na escola, mas na rua ele pode não ser forte o suficiente para te defender contra seis bandidos inimigos. Portanto, preferimos que você sempre vá e volte acompanhada por um de nós.
— Mas... — Tento dizer, mas sou interrompida por ele.
— Evitamos te contar por causa disso, eu teria ficado reclamando e resmungando como agora. Isso porque eu queria que William e Joseph viessem também, mas a escola não permitiu mais do que Adam; no entanto, eles estarão aqui fora do portão até a hora de você sair.
— Ok, entendo suas preocupações, mas se eu estivesse na rua ou em qualquer outro lugar, seria aceitável. Mas na faculdade? O que ele vai fazer? Sentar comigo na aula? — Pergunto, virando para ele.
— Não! Ele vai ficar na porta da sala e te acompanhar pelos corredores — respiro fundo, tentando me acalmar, não querendo ficar mais irritada do que já estou. — E se a aula acabar e nenhum de nós puder te buscar, vou mandar Charles e Ryck.
Como se William, Joseph e Adam não fossem suficientes, ele ainda vai mandar mais dois? Nada sai da minha cabeça que isso tem a ver com o Heros.
— E o que a escola acha disso? — questiono.
— Eles não têm que dar opinião. — ele responde — A maior parte do dinheiro que ganhamos vai para essa merda de faculdade. Eu quase quis esfregar isso na cara do diretor quando ele reclamou que eu queria colocar mais um dos meus soldados atrás de você para sua proteção. Mas sabendo que você não gostaria, concordei em deixar só o Adam.
— Então, eles foram comprados? — Reviro os olhos — E depois que meu curso acabar, você vai comprar a empresa onde eu vou trabalhar também?
— Você não vai trabalhar! Não é necessário e eu nem sei por que deixamos você fazer essa merda de faculdade, temos dinheiro suficiente para te sustentar pelo resto da sua vida! — ele resmunga irritado.
— Eu não vou ficar em casa, Lohan, porque vocês são mafiosos! Eu quero ir para a faculdade, eu quero trabalhar. Eu quero ser alguém com um diploma que tem seu próprio negócio. — e que não seja sempre seguida pelos capangas a todo momento, para cima e para baixo.
— Para quê? Nós te tratamos como uma rainha, droga! — ele para no portão da faculdade, mas não destrava a porta do carro. Olho para ele esperando que ele destrave a porta para eu descer. — Olha, estamos fazendo isso pela sua própria segurança. — ele diz, desfazendo o cinto e se virando para mim.
— Destrava a porta, eu preciso descer — digo, chateada.
— Linda, você é a garota do Don, o Chefe dos Chefes — ele esfrega o rosto antes de tocar minhas mãos — Você sabe o peso do que isso significa? Você é um ativo para qualquer um dos nossos inimigos. Você não pode continuar andando por aí sem segurança adequada ao seu redor.
"Você quis sair de casa, ver Nova York, ir para a faculdade e nós permitimos isso. Nossa única exigência é que você aceite nossos homens como seus guardas pessoais, para sua proteção. É isso, ou te manter protegida trancada em casa. E você não quer isso, quer?"
— Tudo bem... Contanto que os outros fiquem aqui fora. — ele destrava a porta e Adam é o primeiro a descer. Lohan me mantém no carro ainda, me puxando para um beijo apaixonado que eu correspondo, cedendo a ele. — Eu te amo! — ele sussurra contra meus lábios, antes de deixar um beijo no meu cabelo e me deixar sair.
Ele espera eu entrar no campo da faculdade com Adam atrás de mim, para então ir embora. Os alunos nos olham enquanto atravessamos o campo, seus olhos assustados. De todos eles, tinha que ser ele? O cara é um tronco enorme, cheio de tatuagens e com cara de poucos amigos, que está assustando todos os alunos, inclusive minhas amigas.
Que merda!
— Amiga, tem um cara estranho te seguindo — Ayla diz, me pegando pelo braço, às vezes olhando para Adam. — Você o conhece?
— Ele é meu guarda pessoal, vai me seguir a partir de hoje — digo a elas.
— O quê? Guarda pessoal? — Arya, sua irmã gêmea, para do meu outro lado, pegando meu braço também. — Eu não sabia que você tinha um guarda pessoal. Você é filha de algum político poderoso e não nos contou?
Não posso falar sobre eles para minhas amigas, especialmente porque são mafiosos, há um código estrito que me impede de contar qualquer coisa, além de ser perigoso para minha proteção se souberem que sou a garota dos mafiosos mais poderosos e temidos de toda a Europa.
— É mais ou menos isso... E eu estou proibida de entrar em detalhes, então não me façam perguntas, por favor. Vamos apenas fingir que ele não existe.
— Vai ser difícil fingir que ele não existe, o cara é um monstro de músculos. — Ayla, sussurra no meu ouvido. — Se eu sentar em um homem assim, não saio mais...