




CAPÍTULO 3 — FEYRA SMINORV
Me matar? Droga. Preciso fazer com que eles me queiram e mudem de ideia sobre me matar. Se Heros é o líder deles, a decisão dele será a que prevalecerá. Olhei para eles assustada, balançando a cabeça. Me ajoelho e imploro, para o de olhos verdes.
— Não, por favor! Eu faço o que vocês quiserem. — Essas palavras seriam erradas, para as pessoas erradas, se essa não fosse minha intenção. — Eu só quero viver!
— Tudo mesmo? — ele me olha de cima — Se eu disser: tire a roupa e deite nesse balcão, vou te f*der... forte. Você vai fazer isso? — Engulo seco e perco a voz. Se eu realmente fizer isso, sei que não poderei voltar atrás. — Mate-a, Luther, hoje! Ela viu nossos rostos e sabe nossos nomes. — ele diz, virando-se, prestes a sair. Olho para os outros que estavam me olhando esperando minha resposta, não querendo seguir a ordem do líder. Luther passa as mãos pelo cabelo, irritado.
— Sim. Eu faço! — Eu grito.
Ele para de andar e olha para mim.
— Não vejo você nua e deitada no balcão, querida. Acho que, no fundo, você não tem coragem. — ele continua me encarando, me desafiando.
Sei que estou passando por um teste, eles querem ter certeza de que não sou uma espiã da máfia russa, mas apenas uma adolescente inocente com medo deles.
Então eles vão testar todos os meus limites.
Eu me levanto devagar e começo a me despir, minhas mãos tremem um pouco enquanto o conjunto de moletom que Luther me deu cai aos meus pés e eu fico nua na frente deles.
— Caramba! — Luther exclama — Heros... — ele tenta intervir.
— Droga! — Lohen, passa a mão pelo cabelo.
— Droga! — Noah, morde o lábio.
— Prra! — Zedekiah, aperta o próprio pnis.
Mas Heros mantém os olhos impassíveis em mim, olhando nos meus olhos, sem desviar o olhar para o meu corpo.
— Você conhece as regras, não conhece? Luther já deve ter te contado. Se eu te f*der aqui, todos vão. — ele se aproxima e desta vez me olha de baixo para cima e passa a língua pelos lábios — Você é virgem, Feyra?
— E-Eu sou — quero me esconder, cobrir minha nudez dos olhos famintos deles.
De todos eles.
— Vou quebrar essa regra por hoje. Uma vez que eu tirar sua virgindade, não haverá volta — ele se aproxima de mim, me circulando como um lobo, prestes a me devorar. — Você será nossa para fazermos o que quisermos. Você ainda pode desistir e morrerá rapidamente. Melhor do que vagar por uma cidade desconhecida onde ninguém sabe falar sua língua, a menos que conheçam a nossa.
Eles sempre falavam russo comigo, e raramente os ouvia falando entre si na língua deles. O que eles não sabem é que eu estava entendendo tudo o que diziam. Sou poliglota, aprendi a falar outras línguas quando criança. Então, entendo muito bem o inglês deles, mas eles não precisam saber desse detalhe ainda.
Ele continua esperando minha resposta. Eu não imaginava perder minha virgindade agora, mas... se eu puder tirar proveito disso e me beneficiar, vou tirar proveito deles tanto quanto eles estão tirando de mim.
Eu aceno para ele, que para na minha frente novamente, sua mão, levantando meu rosto pelo queixo, me fazendo olhar em seus olhos.
— O que você estava fazendo naquele beco? — ele me questiona, fixando o olhar nos meus olhos, como se esperasse descobrir um traço de mentira neles.
— Eu estava pensando em encontrar um atalho para chegar em casa mais rápido, depois de ser esquecida pela minha mãe novamente na porta da escola. — digo, mantendo meu olhar nos olhos dele enquanto ele me observa.
Ele suspira, me solta e dá um passo para trás.
— Vista-se! E você — ele aponta para Luther —, venha comigo para o escritório! — ele diz ao outro usando a voz de comando, dando-lhe uma ordem, como Don. O capo dei capi (“chefe de todos os chefes”).
A família Green é famosa por eliminar todas as outras famílias mafiosas espalhadas pelos Estados Unidos. Das cinco famílias, eles se tornaram a única e mais poderosa de todos os tempos. Me sinto sortuda por eles estarem sendo tão generosos comigo, talvez ganhando a simpatia de três deles, permitindo que eu fique viva.
Eles saem, e eu rapidamente me visto, um tanto aliviada que nada aconteça aqui e agora com todos eles mantendo os olhos em mim, como se pudessem me devorar em uma só mordida.
— Agora começo a entender por que Luther é tão obcecado por ela. — Zedekiah me encara, passando a língua pelos lábios — Talvez não seja tão ruim ter você aqui, flor.
Ele me chama de flor, em inglês — pensando que eu não entenderia, talvez — antes de me dar uma piscadela. Eu o ignoro, voltando a comer meu café da manhã. Sinto os olhos dos três ainda em mim, e tenho que ignorá-los enquanto estou comendo.
— Achei que você resistiria mais do que uma virgem, por aceitar que todos nós te fssmos tão rapidamente… — Zedekiah diz novamente, seu olhar penetrante em mim, me analisando — O que você está tramando, flor?
— Eu só quero sobreviver… — Tenho que ter cuidado com ele e Heros, eles são as duas pessoas mais difíceis de conquistar e, de acordo com seus olhos frios, os mais cruéis também.
— E você estará preparada para ter todos nós? — Ele continua me testando com suas perguntas. — Porque uma vez que você der esse passo, não haverá volta. — Ele se levanta de onde está e se aproxima de mim, parando atrás de mim, suas mãos tiram meu cabelo do ombro direito, movendo-o para o esquerdo. — Não seremos gentis, não espere sexo baunilha, ou que façamos amor com você. Somos brutos, gostamos de sexo selvagem e de f*der forte! — ele sussurra no meu ouvido e sinto seus dentes prenderem meu lóbulo.
Engulo seco, e não consigo impedir meu corpo de arrepiar com sua língua sobre meu ouvido, e seus dentes mordendo e sugando meu lóbulo mais uma vez.
— E adivinha, flor... Eu sou o mais sádico entre eles. — Ele morde a pele atrás da minha orelha, antes de se afastar, me fazendo gemer de dor e passar a mão no lugar que ele mordeu. — Vou afiar minhas facas, posso precisar delas mais tarde. — Ele me pisca com um sorriso sinistro que me faz estremecer, antes de sair da cozinha sem olhar para mim, me deixando apenas com Lohan e Noah.
Não consigo comer mais nada depois do que Zedekiah disse. Estou realmente preparada para ter os cinco me f*dendo, de qualquer maneira que eles quiserem? Nunca tive sexo com ninguém e ainda não sei como é ter algo dentro de mim, imagine dois ao mesmo tempo, e cinco no mesmo dia?
Uma parte da minha mente, a travessa de ler muitos livros adultos, me diz que pode ser bom além de me manter viva e ganhar mais tempo para me livrar deles, e a outra me diz para negar e aceitar uma morte rápida.
— Não pense demais, querida, posso ver a fumaça saindo daqui! — Noah, me diz. — Agora, se você não vai comer mais, vamos lá, vou te deixar no quarto do Luther.
Termino meu café da manhã, levando os pratos para a pia, antes de segui-los para o quarto do irmão deles. Eles são irmãos, mas não se parecem em nada, o pai deles é uma pessoa que teve relacionamento com várias mulheres ao mesmo tempo, tendo cinco filhos; um de cada, ou são na verdade irmãos adotivos?
Não encontro Luther, imaginando que ele ainda deve estar conversando com Heros. Sobre o que eles devem estar falando tanto, sou eu o assunto? Provavelmente por causa do rosto de Heros e da maneira como ele me olhou antes de subir com Luther. Eu realmente teria subido naquele balcão e me entregado a ele? A eles, já que como me disseram, se eu me entregasse a um lá embaixo, teria que me entregar a todos. Nunca tive sexo com ninguém e de repente, estou me entregando a cinco pessoas?
Quarenta e cinco minutos depois, Luther entra no quarto e me encontra olhando sua coleção de livros, que acabo notando pela primeira vez, não sabia que ele lia, para um mafioso tão poderoso, é uma grande surpresa.
— O que você está procurando, uma maneira de escapar? — ele me pergunta enquanto se aproxima de mim.
— Não sabia que você gostava de ler — evito o assunto.
— Não leio desde que era adolescente. — Sua mão desce lentamente pelo meu braço, até encontrar a minha, e ele me puxa para sentar na cama dele.
— O que foi? Você está aqui para me matar? — pergunto com um nó na garganta — Se for, faça logo! — Fecho os olhos com força, esperando o pior.
— Não! Mas decidimos o que faremos com você, amor. — Engulo seco, ele me disse que não está aqui para me matar, então para que é? Para… — Olho nos olhos dele e me deito na cama, esperando por ele com o coração acelerado.
Ele ri. E me puxa para sentar novamente.
— Não. Também não é por isso que estou aqui — ele segura minha mão, acariciando seu dorso. — Não faremos nada contra sua vontade, não somos estupradores, Feyra.
— Então isso significa que eu posso ir... — Começo a me animar, mas ele me interrompe, continuando a falar:
— Você poderá se mover livremente pela casa sem precisar ficar trancada no meu quarto o tempo todo, mas não poderá sair dela. Está presa conosco, amor, é nossa agora. — ele olha nos meus olhos, seus olhos castanho-âmbar, me olhando intensamente — A única maneira de sair desta casa é morrendo.