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Capítulo 3
Acordo às seis da manhã, tomo um banho, como um pão de queijo com café, que minha mãe já tinha deixado pronto para mim, e corro de volta para o meu quarto. Me arrumo e coloco um vestido preto justo, um blazer branco por cima e salto alto preto, depois vou ao banheiro escovar os dentes. Passo uma maquiagem leve, marcando os olhos com delineador e aplicando um batom rosa claro nos lábios. Pego minha bolsa e corro para a garagem. Vou com o carro da minha mãe, já que ela não vai sair hoje, graças a Deus.
Assim que o portão abre, ligo o carro e dirijo apressada para o endereço que me enviaram. Às sete menos dez chego na empresa, passo pelas portas de vidro e digo à recepcionista que tenho uma entrevista. Ela me leva a uma sala e pede para eu esperar.
Estou sozinha nesta sala enorme. No centro dela, há uma mesa com muitas cadeiras ao redor, nem consigo contar quantas. A sala é bem decorada em tons de cinza escuro. Percebo como tudo está arrumado e limpo. Sento em uma das cadeiras e belisco o chá que a recepcionista me deu.
Pego meu celular e vejo que são exatamente sete horas. Quem será que vai me entrevistar? Mal tenho tempo de ficar curiosa, porque logo ouço a porta se abrir. Um homem entra na sala pisando firme e sinto minhas mãos de repente tremerem, fazendo o chá derramar um pouco na mesa. Que droga, e agora?
O homem se aproxima de mim e para bem na minha frente. Ele tem cabelo castanho na altura da nuca, olhos penetrantes e uma boca bonita, um físico imponente e o jeito que ele me olha me deixa sem palavras. Uau, é ele meu entrevistador? Será que vou conseguir dizer algo inteligente para esse homem enquanto ele me olha desse jeito sexy? Droga, claro que não.
-
Ana Caroline? - Que tipo de sotaque quente é esse? Americano? Meu Deus, ele tem uma voz tão sexy. É grossa e rouca, fazendo meu corpo inteiro arrepiar só por falar meu nome. O que é que esse homem tem que me deixa assim?
-
Eh... Sou eu mesma. Desculpe pela bagunça, vou limpar.
Me apresso a procurar um pano ou papel na sala, mas ele rapidamente estende um lenço na minha direção. Sem graça, pego e limpo a mesa, correndo. Depois dobro o lenço e devolvo para ele com um sorriso tímido enquanto ele me observa de cima a baixo. Ele estava olhando para a minha bunda? Homens realmente não perdem tempo.
- Sou Cam, o dono da empresa. Vamos começar?
Que tipo de proposta é essa, Sr. Cam? Você está me deixando desconfortável... Acordo do meu delírio e volto à realidade. O próprio dono da empresa vai me entrevistar, o que significa que tenho que ser perfeita! Preciso muito de um emprego, e não consigo tirar os olhos dele. Tenho que me concentrar!
Ele puxa a cadeira para mim e eu me sento novamente. Então ele se senta na minha frente e me olha atentamente.
- Bem, Srta. Caroline, por que está interessada em trabalhar aqui?
Suspiro e desvio o olhar dele por um momento, então digo:
-
Sou ótima no que faço, senhor. Sou perfeccionista no meu trabalho e seria um grande prazer trabalhar para sua empresa, uma das melhores desta cidade.
-
Hum... está interessada em trabalhar para mim?
-
Claro que sim.
-
Quero dizer, apenas para mim, Caroline.
Ai meu Deus, ele não diz meu nome assim... Estou corando, aquele olhar nos olhos dele me faz... Nem sei como ele me faz, na verdade. Não consigo nem pensar direito.
-
Claro, se for aprovada, vou sim.
-
Bem, você já está contratada por mim. Começa na segunda-feira. Terá muito trabalho por aqui, então aproveite este fim de semana, pois serão seus últimos dias de tranquilidade. Comigo você não terá descanso por muito tempo. - Suas palavras têm um duplo sentido e eu apenas aceno. - Na sexta-feira eu ligo para combinar um almoço e esclareceremos como as coisas vão funcionar. Bem-vinda, Caroline.
Ele diz meu nome daquele jeito sexy e eu fico hipnotizada. Cara, vou enlouquecer trabalhando para ele. Respondo calmamente.
-
Muito obrigada, nem sei como agradecer. Muito obrigada, senhor.
-
Sem problema, vou te acompanhar até a saída.
Cam abre a porta para mim e me guia, segurando levemente meu antebraço. Seu toque é quente e faz minha respiração ficar irregular. Em poucos minutos esse homem mexeu com todos os meus sentidos, de maneiras que eu nunca poderia imaginar. Depois que chegamos à porta de saída, ele diz:
- Até sexta-feira, Caroline.
Ele pisca para mim e se afasta. Logo percebo que não sou só eu, onde quer que ele vá as mulheres soltam um suspiro pesado. Esse homem tem muitas mulheres aos seus pés, e só pelo jeito que ele me olhou posso dizer que ele vai me deixar louca também.