CAPÍTULO 4
BLAIR
A pergunta dele me deixa em choque, seu olhar reflete raiva. Então eu respondo com um pouco de medo:
"Um... vampiro."
Senti seu corpo ficar tenso com minha resposta, sem soltar minha cintura ele rosna:
"Nick, quero que você encontre esse desgraçado e o traga na minha frente."
Coloquei minhas mãos em suas bochechas, tentando tranquilizá-lo.
"Isso não vai ser necessário. Eu cuidei disso sozinha."
"Tem certeza?" ele perguntou.
Não dei uma resposta, mas fiquei na ponta dos pés para beijá-lo. Eu estava tão feliz.
Estou nos braços dele, estou nos braços do meu companheiro. O que eu pensei que seria impossível há algumas horas, agora eu encontrei.
Ele retribuiu o beijo e apertou minha cintura mais forte, fazendo-me soltar um pequeno gemido.
Quando nossos lábios se separaram, apenas nossas testas permaneceram juntas e eu podia sentir meu ser desejando aquela proximidade novamente.
Eu estava com os olhos fechados e queria saber se ele também estava, mas não me atrevi a abrir os meus. Tinha medo de que, se abrisse os olhos, tudo desaparecesse como se fosse um sonho.
"Me diga que você é real e que quando eu abrir meus olhos você ainda estará aqui." Eu sussurro, mas sei que ele me ouve porque solta um suspiro.
"A partir deste momento, toda vez que você abrir os olhos, eu estarei aqui." Ele me beija na testa.
Ele se afasta de mim e seu olhar vai direto para minha roupa de dormir. Ele franze a testa e começa a desabotoar a camisa, uma vez que termina, ele a tira e coloca sobre meus ombros.
"E você?" Eu digo apontando para sua barriga nua.
"Prefiro que me vejam do que você."
"Mas eu não." Eu digo e ele solta uma risada.
Por um momento, foco na barriga nua dele, que tem seis gomos.
"Eu sei que isso vai soar estranho, mas... Qual é o seu nome?" ele diz coçando a nuca nervosamente.
Eu ri um pouco da pergunta dele, mas também percebi que não sabíamos nada um do outro.
"Meu nome é Blair Arabella Van de Kamp. E o seu?"
"Meu nome é... Dalton Black."
Dalton caminhou em minha direção, mas desta vez ele me abraçou por trás. Minhas costas e seu peito juntos.
Dalton colocou um beijo no meu pescoço e um arrepio percorreu todo o meu corpo.
"Mal consigo manter minhas mãos longe de você." Ele disse me dando outro beijo.
Como por mágica, inclinei minha cabeça para lhe dar mais acesso ao meu pescoço. Todo o meu ser era pura sensação, eu estava além de empolgada com os beijos de Dalton.
Uma pequena rajada de vento nos alcançou e fez minha pele arrepiar. Com isso, Dalton deu um último beijo no meu pescoço e mencionou:
"Vamos, você deve estar cansada."
Segurando minha mão, começamos a caminhar.
Depois de dar alguns passos, chegamos ao que eu presumi ser a comunidade dele, mas tudo foi confirmado quando ele disse:
"Bem-vinda à Loone Moon."
Isso não era apenas uma comunidade como a nossa, era como uma pequena cidade. Estava um pouco deserta, mas, bem, eram 6 horas da manhã.
"Esta é nossa área, se você pegar a estrada de saída a cinco minutos daqui, a cidade começa." Dalton explicou.
"É maior do que eu pensei." Eu disse.
"Você quer ir com sua mãe ou descansar diretamente?" ele perguntou sem olhar para mim.
Pensei na minha resposta, já que se eu fosse direto descansar, talvez ele fosse comigo, mas eu também tinha que ver minha mãe.
"Se você não se importar, eu gostaria de ir com minha mãe."
"Por que eu me importaria?" ele perguntou com um tom divertido, me fazendo rir também.
DALTON
Duas horas atrás, eu tinha deixado Blair na casa de Nick, já que Nick era quem gerenciava a casa onde os guerreiros mais jovens da alcateia podiam viver e a família Van de Kamp estava hospedada lá.
Depois de deixar Blair, voltei para casa, pois queria ir à academia por um tempo. Eu tinha que pensar sobre Blair, queria que ela viesse morar comigo, mas não sabia se ela aceitaria, também queria marcá-la como minha, queria que todos soubessem que ela era minha lua.
Chegando à sala de treinamento, cumprimentei Dean e fui direto para a área de boxe. Havia dois caras lutando no ringue, mas eles não tinham muita prática.
"Como você os vê?" Dean me pergunta.
"Não durariam dois minutos."
Cruzei os braços sobre o peito e observei a luta por mais um tempo. Alguns minutos depois, decidi que já era o suficiente.
Subi no ringue e dei um tapinha no ombro de um dos caras, ele saiu do ringue e me deixou sozinho com o outro cara.
Uma vez que o treinamento terminou, me transformei e meus homens e eu nos dirigimos para Roast Moon, meu sogro poderia precisar de ajuda.