




Eu gosto disso
"O que diabos," praguejou o homem, sua voz tingida de irritação.
"O que diabos é isso, devo dizer? Você não vê onde está andando?" retrucou Marcus, seu tom defensivo.
"Se eu não vi, seus olhos também pararam de funcionar?!" o jovem o empurrou levemente, sua frustração evidente em suas ações.
Quando Marcus estava prestes a revidar, ele viu o rosto do homem e congelou, uma mistura de choque e reconhecimento cruzando suas feições. 'O que diabos! Se não me engano, ele era um dos guardas que estávamos prestes a atacar na Cidade de Eldoria.'
De fato, o homem com quem Marcus havia esbarrado não era outro senão Stephen Young.
Stephen Young também estudou o rosto de Marcus, achando-o familiar. "Hmm, muito familiar, mas onde eu o vi..." Sua expressão era pensativa, carregando um toque de suspeita.
Bar...? Não...!!
Hotel...? Não...!!
Na competição de corridas...? Não...!!
Então acho que o vi mais recentemente... Mas onde? Não acho que o vi na Cidade do Diabo...
A mente de Stephen corria enquanto ele tentava lembrar onde o tinha visto.
Mas então, e a Cidade de Eldoria..? Certo! Parece que ele estava com o grupo que estava tentando invadir naquele dia.
Assim, quando Stephen Young chegou a essa conclusão em sua mente, ele perguntou a Marcus, "Você esteve na Cidade de Eldoria recentemente?" Seu coração batia com uma mistura de curiosidade e suspeita enquanto aguardava a resposta de Marcus.
A postura de Marcus mudou para uma de alerta, seus sentidos aguçados pela súbita acusação de Stephen. "Hã, Cidade de Eldoria? De onde veio a Cidade de Eldoria? Quando você deveria estar se desculpando com este jovem mestre aqui já!!"
A expressão de Stephen se contorceu de raiva enquanto Marcus negava a acusação de forma categórica. "Cidade de Eldoria, a mesma Cidade de Eldoria na qual você estava tentando invadir nosso território quatro dias atrás."
O tom de Marcus se tornou defensivo. "Que besteira você está falando em vez de se desculpar? Eu nunca estive na Cidade de Eldoria."
Stephen Young: "Se eu disse que vi você lá naquele dia, então tenho certeza de que definitivamente vi você."
Marcus retrucou, "Se eu digo que não estava lá, eu não estava!!"
A confiança de Stephen Young vacilou enquanto ele observava a firme negação de Marcus. A dúvida começou a surgir em sua mente. 'Talvez eu esteja errado. Eles estavam a alguma distância dele,' ele pensou.
Enquanto isso, Marcus sentiu uma sensação de indignação. 'Hehe, tentando confirmar minha identidade. Impossível...!!'
Stephen Young pensou por um momento, sua incerteza evidente na ruga de sua testa enquanto perguntava novamente, "Você realmente não estava lá naquele dia?"
A resposta de Marcus foi firme, "Não, cara, acredite em mim, eu realmente não estava lá!"
O alívio lavou as feições de Stephen enquanto ele se desculpava, "Ah, meu erro. Peguei a pessoa errada então."
Marcus assentiu com um toque de arrogância em sua expressão. "Agradeça aos céus que era eu, o jovem mestre aqui. Se fosse outra pessoa, já teria te batido por sua insolência." Com isso, ele se afastou, um lampejo de satisfação evidente em seu comportamento enquanto ia pegar uma sobremesa para Arielle Reynolds, sem olhar para trás para ver a reação enraivecida de Stephen Young.
Marcus examinou a variedade de doces quando chegou à área de sobremesas. Após um momento de contemplação, ele escolheu uma fatia decadente de bolo de chocolate coberta com uma generosa calda de framboesa, uma porção de chantilly e um pouco de sorvete. Ele levou de volta à mesa com um sorriso satisfeito, ansioso para ver a reação de Arielle à sua escolha.
Depois de um tempo, Marcus finalmente voltou com sua sobremesa.
Quando Arielle Reynolds viu Marcus finalmente voltar depois do que parecia um século, ela perguntou, "Você foi pegar ou fazer você mesmo? O que demorou tanto?"
Marcus ficou surpreso com a pergunta de Arielle Reynolds. Ele respondeu, "Eh, chefe, claro que fui pegar. Mas quando eu estava indo pegar, um idiota esbarrou em mim."
Arielle Reynolds suspirou, sabendo o que provavelmente havia acontecido. "Marcus, quando você vai mudar esse hábito de não olhar para frente enquanto anda?"
Marcus se sentiu injustiçado e um pouco defensivo. "Chefe, ele esbarrou em mim, não o contrário."
Arielle Reynolds perguntou a Marcus o que aconteceu, e enquanto ele explicava brevemente toda a situação, ela apenas olhou para ele em silêncio. Marcus sentiu arrepios por todo o corpo em resposta.
"Chefe, não olhe para mim assim," Marcus disse nervosamente, "apenas diga o que está pensando."
Arielle Reynolds então questionou, "Como é que você nunca apanhou lá fora com essa sua atitude descuidada?"
Ao que Marcus respondeu orgulhosamente, "Porque eu sou um rei, e um rei nunca apanha!"
No entanto, quando Arielle Reynolds olhou para o relógio, uma sensação de urgência a invadiu. Já passava bem das 23h, e ela precisava sair em breve. Com uma mistura de exasperação e irritação, ela se virou para Marcus. "Ok, ok, eu vou sair primeiro. Termine de comer; estarei esperando no carro," ela instruiu, seu tom transmitindo tanto impaciência quanto preocupação.
Marcus: "Tão cedo? Ainda não provei mais comidas deliciosas."
Arielle Reynolds levantou as sobrancelhas, um toque de diversão dançando em seus olhos. "Você não come comida deliciosa todos os dias?"
Marcus balançou a cabeça, sua expressão séria. "Não, é diferente."
Arielle Reynolds arqueou uma sobrancelha. "Como é diferente?"
Marcus sorriu maliciosamente, seus olhos brilhando com humor. "É de graça."
Arielle Reynolds ficou sem palavras após ouvir a resposta de Marcus.
Quando Arielle Reynolds saiu, não conseguiu encontrar Kyler Young em lugar nenhum. Sentiu uma pontada de decepção, pensando que ele já havia partido. Mas quando estava prestes a abrir a porta do carro, ouviu passos atrás dela.
Ela se virou e viu Kyler Young caminhando em direção ao carro estacionado ao lado do dela.
Aproveitando a oportunidade, ela o cumprimentou novamente com um toque de empolgação. "Oi, senhor, nos encontramos de novo."
Kyler Young acenou em reconhecimento. "De fato, nos encontramos novamente, Srta. Arielle."
Arielle Reynolds continuou, "Quando eu estava saindo, olhei ao redor e não te encontrei em lugar nenhum, então pensei que você já tinha ido embora."
Enquanto falava, ela caminhava em direção a ele, mas naquela noite ela estava usando um vestido longo. Quando estava prestes a alcançá-lo, de repente escorregou. Arielle Reynolds imediatamente fechou os olhos, antecipando uma queda. No entanto, em vez de bater no chão, sentiu algo firme embaixo dela—braços, para ser exata. Ela abriu os olhos e encontrou Kyler Young olhando atentamente para seu rosto.
Enquanto Arielle estava ali, Kyler não pôde deixar de notar os detalhes de suas feições iluminadas pela luz fraca. Seus olhos amendoados cor de avelã, salpicados de tons de verde e dourado, tinham um brilho de travessura e curiosidade, cativando-o em suas profundezas. Seus lábios, macios e cheios, lembravam as delicadas pétalas de uma rosa vermelha, convidativos e sedutores. A curva suave de sua mandíbula e o arco gracioso de seu pescoço acrescentavam à sua beleza etérea. Sua tez, iluminada pelo brilho suave das luzes, parecia radiante e impecável, acentuando seu charme natural. Kyler se viu momentaneamente perdido em admiração, impressionado por sua presença cativante, apesar da situação inesperada.
Com um suspiro profundo, ela se estabilizou, sentindo-se grata pelos reflexos rápidos de Kyler.
"Obrigada," murmurou, as bochechas coradas de vergonha.
"Por que você tem esse hábito estranho de cair?" ele perguntou, a preocupação misturada com diversão em sua voz.
Arielle Reynolds, sentindo-se envergonhada, retrucou, "Eu não tenho esse hábito!"
Kyler Young riu suavemente. "Não tem? As duas vezes que te encontrei, você estava caindo."
Arielle Reynolds se defendeu, "Não, não, a primeira vez foi um acidente, e agora é por causa deste vestido e dos saltos."
Kyler Young provocou gentilmente, "Então quem te mandou usar o que você não consegue manejar?"
Arielle Reynolds defendeu sua escolha, dizendo com um toque de desafio, "Eu gosto."
Kyler Young ofereceu um conselho prático, "Então aprenda a andar com isso," seu tom suavizando com compreensão.
Enquanto Kyler Young dizia isso e estava prestes a se afastar, Arielle Reynolds falou apressadamente, sua voz tingida de urgência, "Ei, lembra que eu disse que te trataria? Já que você me salvou de novo, vou dobrar o tratamento. Então, quando você está livre?"
Kyler Young balançou a cabeça, sentindo um pouco de relutância. "Não há necessidade."
"Por que não? Com certeza há necessidade! Uma grande!" Arielle insistiu, sua voz carregada de determinação, seus olhos brilhando sob as luzes.
Kyler Young permaneceu sem palavras, seu olhar fixo no rosto dela, sem saber como responder à sua persistência.
"Eu já decidi. Vou te tratar neste domingo," Arielle declarou audaciosamente, sua confiança inabalável.
"Eu ainda não concordei," Kyler lembrou-a, seu tom firme, mas gentil.
"Se eu ficasse esperando você concordar, não teria que esperar pela eternidade?" O tom de Arielle Reynolds carregava um toque de brincadeira, mas também uma sinceridade, uma pitada de impaciência suavizada por um toque de vulnerabilidade. Ela entregou-lhe um papel com seu número escrito e o colocou no bolso do paletó dele. Ao tocar o bolso do peito, sentiu o batimento cardíaco acelerado dele.
Ela olhou para ele, olhos arregalados de curiosidade. "Ei, senhor, por que seu coração está batendo tão rápido?"
Kyler, tentando desviar o olhar dos olhos dela, respondeu, "Você me assustou agora há pouco, por isso," ele mentiu baixinho.
"Entendi, me ligue no domingo. Eu vou te buscar. Ah, certo, qual é o seu número? Se você esquecer de ligar, pelo menos eu posso te encontrar," ela acrescentou.
Kyler Young ficou em silêncio.
"Ah, certo, você ainda não me disse seu nome," Arielle acrescentou, seu tom tingido de curiosidade e um toque de diversão.