Ele tem uma amante?
POV de Maggie
Eu tinha ouvido o som do cavalo que Octavier tinha montado de volta da cerimônia de acasalamento com Leah, e Aaron e eu saímos do nosso quarto para saber o resultado do que tinha acontecido.
Nossos ouvidos estavam ansiosos para ouvir que nossa filha tinha encontrado um parceiro. Ela nos contou sobre o sonho que teve, e pedimos que ela encontrasse um parceiro. Tanta importância era colocada no resultado da cerimônia de acasalamento. Seria bom se ela tivesse encontrado um parceiro.
“O que aconteceu com ela?” perguntei a Octavier.
Leah estava fraca e quase à beira de desmaiar. A dor atravessou meu peito ao vê-la daquele jeito. Nunca foi o que esperávamos.
“Ela encontrou um parceiro,” disse Octavier.
O que ela disse não fazia sentido para nós, era irracional. Como encontrar um parceiro poderia estar relacionado ao seu estado ruim?
Aaron carregou Leah para o quarto dela para que ela descansasse, e ao mesmo tempo, mandei chamar um dos médicos da nossa alcateia, Logan, para vir rapidamente até nós. Na verdade, não quis correr riscos.
“O que aconteceu na cerimônia de acasalamento?” perguntei a Octavier.
“Eu não entendo muito bem,” ela disse, “ela ficou assim no momento em que encontrou seu parceiro.”
Isso não podia ser! As informações de Octavier não ajudavam. Chegamos ao ponto de começar a sentir que ela estava tentando esconder tudo o que aconteceu de nós.
Octavier era filha do Gamma Roshan, e ela tinha formado uma forte conexão com Leah. Elas estavam sempre juntas, até mesmo treinando sob o mesmo instrutor. Com esse tipo de relacionamento próximo, como seria possível ela esconder informações cruciais de nós?
Isso era improvável. Concluímos que ela estava muito confusa para saber. Isso poderia ter acontecido, não poderia?
“Eu realmente não sei o que aconteceu,” ela disse.
Seu rosto mostrava tanta sinceridade. Não pressionamos mais.
Cerca de uma hora depois, Logan apareceu, carregando uma bolsa que geralmente estava cheia de remédios.
Ele fez uma leve reverência para cumprimentar Aaron e eu. “Onde ela está?”
Ele nos seguiu até o quarto de Leah. Octavier ainda estava conosco, ela não iria para casa a menos que tivesse certeza de que Leah ficaria bem.
Logan a examinou e, quando terminou, deu-lhe um sedativo.
“Como ela está?”
Eu estava ansiosa para ouvir que minha filha estava bem.
“A frequência cardíaca dela está alta.”
Percebemos que ele estava curioso para saber o que tinha causado a alta frequência cardíaca em uma jovem de dezoito anos, no entanto, Aaron havia aconselhado que ninguém mais soubesse o que estava acontecendo.
“Quanto tempo ela levará para melhorar?” perguntei para encobrir a curiosidade dele.
“Assim que ela descansar o suficiente.”
Ele fez uma leve reverência para sair.
“Há algo que possamos fazer para ajudá-la a se recuperar?”
Meu coração batia tão alto que Logan quase podia ouvir. Poderia ser que ele deveria me examinar da mesma forma que fez com Leah, mas eu não estava pronta para isso.
“Faça-a dormir, você pode dizer algumas palavras encorajadoras,” ele disse, “isso aliviará qualquer dor que ela possa estar sentindo.”
Octavier saiu depois, mas eu disse a ela para se juntar a nós no café da manhã. Eu tinha certeza de que Leah se sentiria melhor ao vê-la pela manhã.
Eu estava sozinha no quarto de Leah, tentando fazê-la dormir depois de alimentá-la. Mas então, ela confirmou o que Octavier nos tinha dito.
“O parceiro que encontrei é o mesmo homem que vi no meu sonho.”
Ela adormeceu imediatamente, pois o sedativo já estava começando a fazer efeito em seu corpo. Eu não podia acordá-la para fazer minhas perguntas.
Saí do quarto dela com tantos pensamentos, como o que ela disse poderia ser verdade?
Voltei para a mesa de jantar para comer.
“Ela me disse que o homem que encontrou como parceiro é o mesmo homem do sonho dela.”
Aaron franziu o rosto, a colherada de comida que estava perto de sua boca caiu no prato.
“Como ela sabe disso?”
Coloquei minhas duas mãos na mesa. "Ela não contou."
Relacionamos duas coisas juntas, o homem dos sonhos dela e sua fuga do salão. Mesmo assim, ainda achávamos difícil entender.
"O parceiro dela não pode ser o mesmo homem do sonho."
O que ele disse fazia sentido, pelo menos para mim. Tudo o que precisávamos fazer era ajudá-la a se libertar do sonho.
A noite passou rapidamente, mas eu não conseguia dormir. A cada hora, eu ia ao quarto de Leah para ver como ela estava.
Quando amanheceu, preparei o café da manhã e fui ao quarto dela chamá-la, mas ela insistiu em comer no quarto. Eu tinha pensado que seria ótimo para o humor dela se comêssemos juntos como família.
Contei a Aaron sobre isso, e foi um alívio ele já ter uma solução.
"Devemos levar as cadeiras e uma mesa para o quarto dela, ela não se importaria, não é?"
Eu estava cética. "Como isso pareceria?"
"Um café da manhã em família para ajudar a curar nossa filha."
Ah... Faríamos qualquer coisa por Leah.
"Não podemos ignorar a questão da cerimônia de acasalamento." Ele esfregava as mãos como se estivesse se preparando para enfrentar um julgamento difícil.
O caso de Leah poderia ser comparado a isso.
"Devemos falar com ela sobre isso, acredito que o medo teve um papel na visão dela."
A ideia de falar com Leah sobre sua experiência na cerimônia de teste de parceiro parecia abrir feridas frescas para mais sangue derramar.
Começamos a refeição no quarto dela, e ela não se opôs. Não era como se Aaron e eu estivéssemos realmente comendo, ficávamos observando-a para saber quando trazer o assunto à tona.
"Conte-nos sua experiência no salão." Aaron teve a coragem de começar.
Esperei para ver a primeira reação.
Não foi fácil para ela falar, mas ela lutou consigo mesma para nos dar a narrativa perfeita.
Octavier entrou no quarto para se juntar a nós. Precisávamos que ela participasse da conversa.
A narrativa de Leah nos fez pensar, mas não acreditaríamos.
"Mãe, você já ouviu falar de alguém cujo sonho decidiu seu destino, superá-lo?"
Ela nos fez pensar, e por um momento, o quarto ficou em silêncio. Nenhum de nós dizia nada.
"Eu nunca ouvi." Aaron quebrou o silêncio no quarto. "Mas as coisas podem ser feitas de maneira diferente. Sempre há uma primeira vez para quebrar uma regra."
Leah abaixou a cabeça.
O quarto se transformou em um campo de disputa, e paramos de comer. A tensão no quarto se transformou em pressão sobre todos nós.
"O medo tem influência." Levantei-me da cadeira e coloquei minhas mãos nos ombros dela. "Ele embaça a visão."
Ela olhou para mim.
"Você pode apontar o homem que viu no seu sonho se os olhos dele estivessem fechados?"
Ela me deu um leve 'não'.
Deixei-a pensar, uma vela de cada vez.
"Os olhos foram a mensagem do meu sonho."
"É possível que os olhos do seu parceiro não sejam de cor vermelha."
Isso era provável.
"O medo embaçou sua visão."
Eu podia ver que ela estava pensando no que eu disse.
"Talvez sim, talvez não."
Isso era progresso, e fiquei atrás dela, massageando seus ombros, esquecendo da minha refeição que não terminei. Mas então, tive que parar quando uma das empregadas bateu na porta do quarto.
Eu tinha uma ideia do que era, e disse a Octavier para não se preocupar com isso. Saí do quarto para encontrá-la.
"Alfa," ela disse.
"Leo fez suas investigações, o nome dele é Grimes, e ele é o alfa da alcateia Crescent."
"Você está falando do parceiro de Leah?"
Queria confirmar, mesmo já sabendo.
"Sim, ele também tem uma amante."
Outro quebra-cabeça surgiu.
"Ele tem uma amante?"