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Capítulo 2 Ela está grávida

Yvette se revirava na cama, incapaz de dormir, sua mente consumida por pensamentos sobre a pessoa em quem não deveria pensar. Ela não pôde deixar de zombar de si mesma, 'Você ainda acha que não está sendo ridícula o suficiente?'

Na manhã seguinte, quando Yvette acordou, o aroma do café da manhã preparado por sua mãe, Lassie Orlando, enchia a casa. Seu irmão, Wayne Orlando, e sua família já haviam terminado a refeição e saído. No entanto, o cheiro convidativo da comida fez Yvette sentir náuseas, e ela correu para o banheiro, vomitando.

Sentindo-se um pouco melhor, Yvette encontrou Lassie parada na porta do banheiro, franzindo a testa. "Você não está grávida, está?" Lassie perguntou.

Yvette negou veementemente, e Lassie foi embora. Uma onda repentina de medo tomou conta de Yvette. Seu ciclo menstrual sempre fora regular, mas desta vez, parecia estar mais de dez dias atrasado.

No hospital, para um check-up, Yvette rezou para não estar grávida. No entanto, quando viu os resultados do teste exibindo um nível de HCG de 8000, a dura realidade a atingiu como uma tonelada de tijolos, forçando-a a encarar a verdade de frente.

Albert sempre tomava precauções, mas naquela última noite, ele parecia ter perdido o controle, suas ações intensas, como se quisesse esmagá-la. Depois que tudo acabou, ela percebeu que algo havia dado errado, mas estava exausta demais e adormeceu.

Ela nunca esperou que um momento de descuido levasse à gravidez.

O pior de tudo era que Yvette experimentava fortes enjoos matinais, e Lassie logo descobriu sobre sua gravidez.

"Eu lembro que você não tem namorado, então como você ficou grávida?" Lassie chorou, "Eu esperava que você se casasse com um homem rico que pudesse ajudar seu irmão e Kyle no futuro, mas agora, você... está grávida fora do casamento. Esse homem ainda vai querer se casar com você? Ele vai nos dar dinheiro? Ele vai te abandonar quando souber que você está grávida?"

Yvette não suportava a aparência de Lassie e não pôde deixar de retrucar, "Meu casamento é só sobre dinheiro aos seus olhos?" Ela cerrou os punhos e disse desafiadoramente, "A criança é do meu namorado. Ele não vai me abandonar. Já planejamos nos casar. Não me amaldiçoe!"

Yvette não tinha contatado Albert há quase um mês. Quando finalmente arranjou para encontrá-lo, ele não perguntou nada, apenas confirmou o local do encontro.

Yvette escolheu um restaurante e reservou a mesa no canto, perto da janela, para ele. Ela pensou, 'Se eu fizer isso, ele não deve conseguir fugir.'

Albert chegou logo depois. Ele estava vestido com um sobretudo preto, sua figura alta complementada por seu rosto esculpido. Ele parecia distante, tornando difícil para ela se aproximar dele. Ele era completamente diferente de como era na cama. Quando ele a abraçava, seus olhos sempre eram afetuosos e focados, como se fosse apaixonado por ela, sempre capaz de cativá-la.

Albert sentou-se à sua frente, comendo em silêncio. Ela tinha pouco apetite e comeu um pouco.

Yvette teve que admitir que se sentia um pouco envergonhada. Foi ela quem disse que não deveriam se ver novamente, mas agora ela havia tomado a iniciativa de encontrá-lo.

Enquanto ainda contemplava como abordar o assunto, ouviu Albert perguntar, "Para onde vamos depois?"

"O quê?" ela perguntou.

"Você marcou nosso encontro muito tarde, e não há quartos disponíveis no hotel."

Ao ouvir isso, ela percebeu o que ele queria dizer. Quando ele a via, tudo o que conseguia pensar era em ser íntimo dela. Talvez, aos olhos dele, ela fosse apenas uma ferramenta.

Yvette sorriu para Albert. "Na verdade, eu queria te contar uma coisa."

"Vá em frente."

"Não é uma boa notícia, então esteja preparado." Ela tirou o relatório de teste amassado do bolso, cuidadosamente o desdobrou e alisou as dobras. "Estou grávida."

Vendo seu silêncio e sua expressão congelada, ela mordeu o lábio e disse suavemente, "Aquele dia, ele quebrou. Você se lembra?" Ela fez uma pausa. "É seu. Eu... eu não estive com mais ninguém."

"Eu nunca duvidei disso," ele respondeu.

"Isso é bom." Ela suspirou de alívio e olhou para Albert, que estava sentado à sua frente.

As sobrancelhas de Albert se franziram. Talvez a notícia fosse muito repentina, fazendo-o perder sua compostura habitual. Finalmente, ela viu uma expressão humana em seu rosto.

Depois de um momento de reflexão, Yvette disse solenemente, "Eu quero essa criança. Se eu decidir mantê-la, ela precisará de uma identidade legal." Ela sentiu que não podia ser muito impositiva e acrescentou, "Claro, eu não posso te forçar. Se você não quiser, eu vou encontrar uma maneira."

Yvette se arrependeu de sua decisão de fingir magnanimidade e dar tempo a Albert para refletir.

Nove dias se passaram sem resposta de Albert, mas ela soube de uma grande notícia por Sylvia — Albert estava se casando com Violet.

"Então, Albert é o herdeiro da North Airlines, e seu avô é Hayden Valdemar, o líder da North Airlines. Eu costumava pensar que ele gostava de Violet por causa do status dela, mas na verdade ele é quem tem o status mais alto. Não é à toa que Violet se tornou piloto por causa dele," disse Sylvia.

Yvette reprimiu o desconforto no estômago e pressionou um lenço contra os lábios.

"Ouvi dizer que a amante secreta de Albert também é da nossa empresa. Fico imaginando como ela se sente ao ouvir essa notícia. Ela dormiu com Albert, mas não pôde ficar com ele. Que pena," continuou Sylvia.

Yvette não conseguiu segurar mais e vomitou.

Os voos de Albert estavam totalmente reservados recentemente, e ele estava fora há mais de uma semana. Ele voltou hoje, mas não teve tempo de responder a Yvette.

Ele jantou com seus colegas da mesma tripulação e estava prestes a pagar a conta, então não podia sair mais cedo.

Estava ficando tarde, e Albert continuava verificando o telefone, se perguntando a que horas o centro médico fechava, sem saber se conseguiria encontrar Yvette.

Eles dormiram juntos por dois anos, mas essa foi a primeira vez que ele percebeu que não a conhecia como pessoa, apenas os pontos sensíveis do corpo dela.

Albert abaixou a cabeça, contemplando se deveria ligar para Yvette, quando ela de repente apareceu na frente dele.

Ela estava jantando com um homem, sentada no degrau ao lado direito de Albert. Devido ao ângulo, ela não percebeu que Albert estava a menos de três metros dela.

Yvette havia aplicado uma maquiagem delicada, mas sutil, destacando seus traços faciais. Ela usava um casaco branco que acentuava sua figura esbelta, fazendo-a parecer elegante e charmosa. Assim que se sentou, quase todos os homens próximos instintivamente lançaram olhares para ela.

O homem à sua frente era de aparência mediana, até um pouco desagradável, e seu olhar para ela estava cheio de ganância indisfarçada.

Eles estavam conversando bem ao lado de Albert.

"Por que você pensou em mim? Eu costumava te convidar, mas você nunca veio."

Ele provocou, "Você de repente percebeu que eu sou melhor, então veio me procurar?"

Ela disse suavemente, "Posso?"

A mão de Albert apertou o copo.

O homem ficou em silêncio. Ela pode ter ficado ansiosa, pois sua fala acelerou. "Ouvi dizer que sua família quer que você se case o mais rápido possível. Você pode se casar comigo? Estou em uma situação complicada agora; estou grávida e preciso me casar. Sei que esse pedido é irracional, e é absurdo para um homem. Eu realmente não quero me casar. Você só precisa me ajudar a lidar com minha mãe. Tenho um carro novo em meu nome, que vale dezenas de milhares de reais. Se você estiver disposto a me ajudar, estou disposta a transferir a propriedade para você como compensação..."

Ao ouvir isso, Albert não pôde mais ficar calmo.

A temperatura em Luken havia caído drasticamente naquela semana, com ventos frios e chuva fina lá fora, roçando contra Yvette. Ela estava de pé no cimento molhado e frio, tremendo, incapaz de falar.

Ela nunca esperou encontrar Albert ali, muito menos que ele a chamasse de repente. Olhando para sua figura alta, ela sentiu um desconforto no peito.

Albert nunca foi realmente dela — não, ele nunca pertenceu a ela. Mesmo com seu filho crescendo dentro dela, ele não a queria.

Depois de um tempo, Albert, que estava de costas para ela, finalmente se virou. Ele estava alto, e quando falava com ela, olhava para baixo, fazendo-a sentir-se um pouco oprimida. Yvette involuntariamente encolheu os ombros.

Depois de um longo tempo, Albert, que estava de costas para ela, finalmente se virou. Ele era alto, e quando falava com ela, olhava para baixo, fazendo-a sentir-se um pouco oprimida. Yvette não pôde deixar de encolher os ombros.

"Então, é isso que você quis dizer com encontrar uma solução?" ele zombou. "Você está grávida do meu filho e planeja se casar com outra pessoa casualmente? E quer dar um carro para ele?"

Yvette ficou surpresa ao perceber que ele tinha ouvido todas as suas palavras, e instantaneamente corou de vergonha. Ela piscou e mordeu o lábio, parecendo desamparada e indefesa.

Depois de uma longa pausa, ela finalmente falou em voz baixa, "Eu tenho que encontrar uma maneira de resolver isso."

Albert franziu a testa, abaixou a cabeça e disse em uma voz calma, "Vamos nos casar."

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