Elizabeth
"Corre, Dena!" Eu gritei enquanto eu e minha melhor amiga Radena corríamos por nossas vidas. Olhei para trás e vi Dena diminuindo o ritmo, e foi então que eu o vi. Ele estava segurando uma arma e seus olhos estavam sombrios, ele parecia pronto para matar e estava se aproximando.
"Lizzie, corre, pelo menos uma de nós pode sair viva," ela gritou e sorriu para mim.
"Não, não, não," eu gritei. Eu sabia o que aquele sorriso significava, então corri de volta, sem me importar com o fato de que ele estava perto e segurando uma arma. Eu tinha que chegar a Dena rápido. Nós duas temos que sair deste lugar vivas. Juntas.
"Espera, Dena, estou chegando!" Eu gritei para ela, mas ela apenas ficou parada, sem se mover um centímetro do lugar, ainda sorrindo para mim. Eu já podia sentir sua presença se afastando de mim. Eu só precisava correr mais rápido do que estou correndo agora, eu posso alcançá-la... eu posso alcançá-la.
"Elizabeth, vai embora! Por favor, vai embora! Eu vou tentar atrasá-lo enquanto você sai daqui," ela gritou alto.
"Não! Eu não vou te deixar aqui. Eu sempre estarei lá por você. Eu prometo que nada vai acontecer com você. Estou chegando," eu gritei de volta e então vi um brilho de esperança nos olhos dela. Ela começou a correr também e eu não queria esperar muito, então também corri novamente. Quando nós duas estendemos as mãos uma para a outra... TIROS!!
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"Não!!" Eu gritei enquanto acendia o abajur da cama, mais um pesadelo. Mamãe disse que um dia isso vai passar. Eu podia sentir meu coração batendo forte contra o peito enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas.
"Querida!" Minha porta se abriu de repente, revelando minha mãe ainda de camisola. Ela tinha o olhar aterrorizado que tem todas as noites depois que eu acordo de um dos meus pesadelos. Ela não esperou antes de se enfiar na minha cama, me abraçando bem forte.
"Mãe, eu a matei... eu a matei," eu sussurrei enquanto as lágrimas escorriam dos meus olhos. Eu estava tremendo toda enquanto minha mãe ainda me segurava firme.
"Não, você não matou ninguém, Elizabeth. Você não fez nada," ela disse, a voz quase se quebrando.
"Não, eu tenho certeza que a matei, mãe, eu a matei," eu gritei, agora berrando alto, tenho certeza de que nossos vizinhos podiam nos ouvir. Ela acariciou suavemente a parte de trás da minha cabeça.
"Não, querida, é só um sonho, apenas mais um pesadelo. Você não matou ninguém, você não matou. É só um sonho, não é verdade, está tudo bem," ela disse, tentando não desmoronar.
"Mãe, não deixe ele me levar, ele está vindo me buscar," eu chorei enquanto finalmente jogava meus braços ao redor da minha mãe, soluçando profusamente. Suas mãos me envolveram, mais apertadas do que antes.
"Não, querida, você está segura. Ninguém está vindo te buscar," ela disse enquanto me balançava como um bebê. Eu estava tremendo toda. Eu realmente queria acreditar nela.
"Ninguém vai te machucar. Eu prometo," ela disse. Eu não respondi. Apenas segurei firme na roupa dela e chorei, mas uma coisa era certa, eu simplesmente não conseguia acreditar nela.
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ADAM:
"Querido, você precisa se apressar ou vai se atrasar para a escola," eu podia ouvir minha mãe gritar da sala de estar. Eu me desvencilhei da cama e fui na ponta dos pés lentamente até o banheiro. Droga, eu odeio a escola! Coloquei a escova de dentes na boca enquanto escovava todo o hálito matinal. Não quero cheirar a qualquer coisa que tenhamos comido na noite passada.
"Adam!" Agora a voz da minha mãe estava perto, muito perto. Era como se ela estivesse bem no quarto comigo. Eu pensei.
"Estou no quarto com você agora, apresse-se e tome seu banho. Cheryl está esperando lá embaixo," disse minha mãe. Então eu franzi a testa.
"Mãe, eu te disse para não entrar no meu quarto de qualquer jeito ou a qualquer hora que você quiser. E se eu estivesse nu?" Eu perguntei, franzindo a testa para ela.
"Não é como se fosse algo que eu nunca tivesse visto. Agora se apresse e saia para não perder o ônibus para a escola," ela disse antes de sair.
"Aargh! Eu tenho dezoito anos. Respeite minha privacidade," eu gritei enquanto entrava na banheira.
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Tirei o fone de ouvido quando Cheryl e eu entramos no ônibus. Você deve estar se perguntando quem é Cheryl. Bem, ela é minha irmã mais nova, tem dezessete anos e sim, vamos para a mesma escola. Acenei para meus amigos quando os vi. Então, caminhei até o fundo e me sentei com eles.
Todos nós temos carros... É só que garotas descoladas pegam o ônibus, além disso, meu carro foi confiscado pela minha mãe por causa de algo. E também eu pego o ônibus por causa de uma garota... Ela é minha garota misteriosa.
"Ei, Adam," Shawn, meu melhor amigo, disse enquanto nos cumprimentávamos com um toque de punhos e então eu me sentei entre ele e Cole. Cole era um dos nossos amigos. Somos apenas cinco no nosso grupo: Cole, Curt, Shawn, Kelvin e eu. Somos melhores amigos desde a pré-escola. Não quero entrar em detalhes de qualquer maneira.
"Então, como foi a festa na sexta à noite?" Curt nos perguntou porque ele não foi, já que teve que ir a um jantar de família, tão chato, né?
Passar o fim de semana inteiro com um bando de esquisitos que você nem sabe que são seus parentes. Quero dizer, é super chato, eu não quero enfrentar isso.
"Sério, Curt, você perdeu muita coisa. Além disso, Harleen estava lá," disse Cole. Harleen era a segunda garota mais gostosa da nossa escola e também era líder de torcida, e seus pais também eram ricos. Cole tem uma grande queda por ela desde a sétima série. Fim da história, essa é a vida de Cole.
"Foi muito legal e, como Cole estava dizendo, Harleen estava nadando pelada," Kelvin interrompeu as palavras de Cole e sorriu. Kelvin era o jogador malvado.
"Shawn?" Curt perguntou, então Shawn deu de ombros. Como de costume, eu sempre tinha que arrastar Shawn para essas festas malucas todas as sextas à noite. Quero dizer, que cara prefere ficar em casa na sexta à noite só para assistir Netflix? Garotas fazem isso e eu ainda acho estúpido, mas por que meu melhor amigo quer se comportar como uma maricas... É sem graça.
"Tanto faz, Shawn, você é tão chato," Cole disse batendo no ombro de Shawn. Então Shawn apenas sorriu para ele.
"Acho que vocês estão esperando o que eu achei da festa?" Eu perguntei e todos eles assentiram.
"Bem, para mim, foi épico, mas como de costume. Eu só tenho duas palavras para isso," eu disse sorrindo.
"Sexo quente," os quatro disseram enquanto reviravam os olhos. Eu ri.
"Sim, sexo quente," eu disse admitindo o que eles disseram. Quero dizer, por que você iria a uma festa se não fosse para transar? Bem, eu sei que você pode dançar, andar, ficar chapado, ficar bêbado, ficar com qualquer um e também dar uma rapidinha no banheiro, mas o mais importante é transar.
"Uma festa nunca é uma festa até você transar," eu disse e aparentemente os quatro disseram ao mesmo tempo que eu.
"Vocês poderiam, por favor, me deixar dizer minhas falas?" Eu perguntei enquanto explodíamos em risadas. Eu estava rindo tanto que podia sentir as lágrimas nos olhos. Foi quando o ônibus parou.
E ela entrou...