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Quais são as chances

Nate caminhava pela calçada vazia de volta ao campus. O sol começava a se pôr atrás dos prédios, projetando sombras no chão. Ele pensava em tudo o que havia acontecido naquele dia. Charlotte esbarrando nele, como eles se sentiram conectados imediatamente, seus olhos lindos, sua apresentação no prédio de música e... Evan! O que diabos ele estava falando? "Eu a vi primeiro!", pensou Nate consigo mesmo. Então Nate parou abruptamente. O que ele estava pensando? Ele nunca teve planos para uma garota como Charlotte. Ele estava procurando uma garota que o ajudasse a chegar ao topo da escada social. Alguém de quem ele pudesse se beneficiar, se apegar com o plano de se alimentar de sua riqueza e prestígio para se tornar alguém importante.

Ele riu de si mesmo por ter se deixado levar tanto hoje. Charlotte será uma boa amiga, mas é só isso. Ele decidiu que, se ela se tornasse um obstáculo em seu caminho para a grandeza... ele a deixaria de lado completamente.

Quando chegou de volta ao dormitório, já estava escuro lá fora. Ele entrou e subiu até o quarto andar. Ao chegar à sua porta, ouviu música tocando lá dentro e lembrou-se de que ainda não havia conhecido seu colega de quarto. Ele abriu a porta despreocupadamente, esperando causar uma boa impressão no ocupante do quarto. Queria parecer legal e intocável, talvez ganhar um seguidor em seu novo colega de quarto.

Ao entrar, Nate levantou os olhos e encontrou seu colega de quarto sentado na cama, encostado nos travesseiros, com uma perna dobrada e a outra esticada, segurando uma guitarra na mão, sem prestar a menor atenção a Nate. Não só isso, mas Nate ficou chocado ao perceber que seu colega de quarto não era ninguém menos que Evan! Nate respirou fundo, suspirando pesadamente enquanto revirava os olhos. "Que inferno é esse!", pensou Nate. "Pelo amor de Deus! Você só pode estar brincando comigo!" Ele reclamou consigo mesmo.

Ele não podia acreditar que, de todas as pessoas com quem ele estaria preso durante o ano, seria Evan. Não bastava o fato de que só de pensar em Evan já o irritava! Agora ele teria que vê-lo dia após dia! Argh!

Sem dizer uma palavra, Nate pegou suas roupas da gaveta e uma toalha e foi para o chuveiro. Ele precisava de tempo para processar o que acabara de acontecer.

Evan esperou Nate fazer sua saída dramática antes de olhar para cima com um sorriso malicioso. Ele conhecia tipos como Nate. Entrando ali, planejando cada movimento até a roupa. Ele sabia que Nate estaria procurando uma garota de uma família rica para se apegar e se aproveitar para ganhar uma posição melhor. Sempre tentando ser alguém.

Evan vinha de uma família muito poderosa, com dinheiro antigo e prestígio. Respeito era dado à sua família e dinheiro não era algo que precisavam anunciar ao mundo.

A única parte que ele não conseguia entender era por que Nate estaria andando com uma garota como... Charlotte. "Sim, esse era o nome dela, Charlotte... meu inocente coelhinho."

Evan havia decidido por Charlotte e não deixaria Nate se aproveitar de sua inocência. Pensando nisso, os olhos de Evan escureceram e o quarto ficou mais frio. "O coelhinho é meu", disse ele profundamente, sua voz vibrando nas paredes.

Nate voltou para o quarto com a toalha sobre o ombro, seu corpo magro exibindo seus músculos. Ele estremeceu ao sentir um frio no quarto, mas não vestiu a camisa. Suas calças de moletom cinza descansavam casualmente em seus quadris. Ele se achava o máximo.

Ao retornar, Evan pegou suas calças e toalha e foi para o chuveiro. Nate aproveitou esse tempo para organizar seu lado do quarto, colocando cada uma de suas roupas de grife dentro do guarda-roupa. Alinhou seus sapatos na parte de baixo. Colocou seus relógios na prateleira de cima para combiná-los facilmente com suas roupas. Quando terminou, parou para se admirar no espelho de corpo inteiro que pendia na parte de trás da porta de entrada. Ele tinha orgulho de sua aparência e se achava o melhor.

Enquanto se admirava, a porta se abriu e lá estava Evan. Sua pele bronzeada brilhava à luz do corredor, tatuagens ao longo do peito, descendo pelos lados dos abdominais, desaparecendo nas calças de pijama que pendiam baixas em seus ossos do quadril. Seus músculos eram grandes e definidos. Ele fechou a porta respeitosamente e se virou para a cama para remover a guitarra. Suas costas eram largas na parte superior e se tornavam mais estreitas na cintura, parecendo um V visto de trás. Tatuagens alinhavam suas costas, dando a sensação de um guerreiro. Suas coxas fortes e musculosas preenchiam bem as calças.

"Humph!", pensou Nate. Ele zombou internamente, lutando com a inveja e se sentindo ainda mais desconfortável sabendo que esse seria seu companheiro de quarto. Nate subiu na cama e socou o travesseiro algumas vezes antes de resmungar para si mesmo e jogar a cabeça no travesseiro. Sua infelicidade era evidente.

Evan se virou para assistir à performance imatura antes de puxar o cobertor e se deitar na cama. Ele deitou de costas, olhando para o teto com um braço atrás da cabeça. Não se deu ao trabalho de vestir uma camisa e fechou os olhos lentamente.

Em seu sonho, Evan estava em uma sala de concertos e Charlotte tocava piano, as notas ganhavam vida em forma de luz e dançavam ao redor dela. Seus olhos roxos profundos refletiam cada subida e descida, brilhando com emoção. A cada passo que ele dava em direção a ela, seu corpo ficava mais quente e seu coração começava a acelerar. Ele podia sentir a fragrância floral do shampoo dela enquanto seu cabelo dançava ao redor dela na luz musical. Ele sentia que precisava se aproximar mais dela, ela não podia estar perto o suficiente. Ao chegar onde ela estava sentada, ele se inclinou, colocando os lábios ao lado do ouvido dela, sentindo o cabelo dela dançar contra seu rosto. Sentindo sua respiração, ela virou a cabeça, olhando profundamente em seus olhos. Seus lábios ligeiramente entreabertos compartilhavam a mesma respiração. O desejo em seus olhos o puxava para ir mais longe. Seu corpo em chamas se inclinava para capturar seus lábios, suas mãos em seu cabelo, sem nunca quebrar o contato visual com ele, ele se inclinava mais perto, quase tocando seus lábios macios... beep! beep! beep!, o alarme soou, acordando-o. Seu peito arfava, coração acelerado, desejo profundo. Ele nunca havia sonhado com nenhuma mulher, muito menos com alguém com a inocência e pureza dela. Passando as mãos pelo cabelo, ele se acalmou, debatendo se precisaria de um banho frio.

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