CORAÇÕES CIUMENTOS
PONTO DE VISTA DE ELENA
Como ousa aquele desgraçado tentar agir de forma possessiva comigo, quem ele pensa que é? Ugh, a audácia dele de dizer aquelas coisas para o Dan, ele é realmente irritante. Eu estava bem sozinha com o Dan, ele me fazia sentir segura, ele parecia um lar, mas aquele idiota teve que aparecer e estragar tudo.
Não há a menor chance de eu me casar com ele. Minha mãe e meu padrasto devem estar brincando seriamente se acham que esse casamento vai acontecer. Eu estava tão perdida na minha raiva interna que não ouvi Talon se aproximando até sua voz romper o silêncio ao nosso redor. "Elena, precisamos conversar," Talon disse, sua raiva palpável no tom e o fogo em seus olhos. Eu me virei rapidamente para confrontá-lo, meus próprios olhos ardendo com a mesma fúria.
"O que há para conversar, Talon?" Retruquei, meu tom afiado e desafiador. Olhei para o idiota parado na minha frente, me perguntando o que lhe dava a audácia de pensar que eu ouviria suas palavras. 'Eu nem escuto meus próprios pais, então por que deveria ouvir uma palavra sua?' Pensei comigo mesma.
Os olhos de Talon se estreitaram, sua irritação igualando a minha. "Escute aqui," ele disparou, sua voz gotejando frustração. "Eu não me importo se você está acostumada a fazer as coisas do seu jeito, mas nós vamos nos casar, goste você ou não. Então é melhor aceitar isso agora."
Cruzei os braços, inflexível. "Aceitar? Querido Talon, a única maneira de você se casar comigo é se eu estiver seis palmos abaixo da terra."
"Você me pertence, Elena, não aquele homenzinho. Você será minha noiva, não dele. Minha!," Talon rosnou, sua possessividade em plena exibição.
Minha raiva atingiu o ponto de ebulição enquanto eu cerrava os punhos ao meu lado, minhas unhas cravando nas palmas das mãos enquanto eu dava um passo mais perto de Talon, minha voz tremendo de fúria. "Ah, então você achou que estava marcando seu território sobre sua suposta noiva me perseguindo? Atacando seu irmão? Me questionando?" Minha acusação pairou pesada no ar.
Enquanto eu olhava nos olhos de Talon, eles não mostravam nenhum sinal de remorso ou culpa enquanto ele continuava a falar. "Eu estava preocupado com você, Elena. Eu te vi com Dan, e eu... eu fiquei com ciúmes. Eu não queria que ele te machucasse porque ele odeia seu povo," ele confessou, me fazendo querer socar aquela cara estúpida de ciúmes, mesmo sem Dan na história eu nunca iria querer ele. Será que ele não vê que eu não quero nada com ele? Pensei.
"Por favor, pare com essa besteira. Você não deu a mínima para ninguém se machucar naquela situação. Você só estava preocupado que ele estava 'marcando seu território.' Vocês, tipos Alfa, me dão nojo, nossa! Apenas fique longe de mim," eu gritei, minha voz cheia de ódio e desgosto.
Enquanto continuávamos nossa troca acalorada, nenhum de nós notou que alguém estava se aproximando até que ele emergiu da floresta, e eu soube imediatamente pelo cheiro quem era, involuntariamente um sorriso apareceu no meu rosto enquanto nós dois nos virávamos para encará-lo, ele tinha um olhar de malícia nos olhos como se tivesse vindo atrás de nós de propósito, talvez ele quisesse irritar Talon? Eu realmente não me importo, eu só gostava de estar perto dele.
"Está tudo bem aqui, Elena?" Dan perguntou, interrompendo nossa discussão e lançando um olhar ameaçador para Talon, que parecia prestes a arrancar sua cabeça.
"O que diabos você está fazendo aqui? Você não entendeu o recado de que eu não quero você perto dela? Ela é minha, Dan. Minha!" Talon gritou enquanto um rosnado escapava de seus lábios.
"Ela não é propriedade, Talon, ela é uma mulher adulta capaz de tomar decisões por si mesma. E não precisa de um homem crescido como você fazendo birra porque a viu conversando sozinha com outro homem," Dan disse enquanto um pequeno sorriso malicioso se espalhava pelo seu rosto enquanto seu olhar se movia de mim para Talon, "é bastante triste, na verdade, que você esteja se comportando de maneira tão incivilizada, você esqueceu que é um alfa?"
Quando a última frase saiu dos lábios de Dan, o rosto de Talon ficou vermelho de raiva, seus punhos cerrados enquanto ele dava um passo agressivo em direção a Dan. "Como você ousa falar comigo assim? Irmão ou não," ele rosnou, sua voz carregada de fúria. "Ela é minha, e eu não vou deixar você ou qualquer outra pessoa atrapalhar isso."
"Vamos lá, me dê um motivo para te derrubar," Dan disse, também assumindo uma posição defensiva enquanto enfrentava um Talon muito irritado.
Para ser honesta, eu gosto do Dan, mas já estava cansada dessa disputa ridícula sobre a quem eu pertencia ou não pertencia, então me coloquei entre eles, meus olhos obviamente cheios de uma mistura de frustração e raiva. "Talon, já chega," eu disse firmemente. "Estou farta da sua possessividade. Não vou ser controlada assim, e não vou me casar com alguém que não quer me amar, mas sim me possuir."
"Veja-" Dan estava prestes a dizer, mas eu levantei a mão no ar para interrompê-lo, "E você, eu não quero ser a razão pela qual você sempre quer brigar com seu irmão porque vocês não se dão bem," eu disse enquanto o rosto de Dan caía e ele desviava o olhar de mim, a culpa evidente em seus olhos.
Sim, ele pode parecer extremamente fofo agora, mas isso não era o problema, os dois estavam me irritando e eu queria me afastar deles o mais rápido possível.
A raiva de Talon se transformou em desespero enquanto ele implorava, "Elena, por favor, eu te amo. Não suporto a ideia de te perder."
Ouvindo suas palavras, me senti enjoada ao pensar que essa era a maneira dele de mostrar que me ama. E se nos casássemos e ele me pegasse conversando com outro homem, ele também o atacaria ou faria algo pior?
Balancei a cabeça, meu desgosto pelo comportamento dele crescendo enquanto eu falava. "Amor não é sobre posse, Talon. É sobre confiança, respeito e permitir que cada um seja um indivíduo. Eu preciso de espaço para respirar, para fazer minhas próprias escolhas. Se você não pode me dar isso, então isso é o fim, não que algo fosse acontecer entre nós porque eu nunca aceitaria sua proposta."
"Isso não é para você decidir, já foi acordado pelo seu padrasto e por mim," Talon disse enquanto um rosnado saía de seus lábios.
"Então vá e case com meu padrasto, porque só quando o inferno congelar eu me casaria com alguém como você," eu disse enquanto ouvia Dan rir ao meu lado.
"Não seria uma visão e tanto?" Dan disse.
"Fique fora disso!" Talon gritou.
"Você não precisa gritar, irmão, e se a dama quiser que eu vá, eu irei e nunca mais voltarei," Dan disse, fazendo a carranca de Talon se aprofundar. Eu juro que você poderia contar as linhas na testa dele se olhasse de perto.
"Ela não te quer aqui, Dan, então vá," Talon disse.
"Não tome decisões por mim, Talon. O problema não é ele estar aqui; é você," eu afirmei, minha frustração evidente na voz, ele não estava ouvindo nada do que eu estava dizendo?
A voz de Talon endureceu. "Elena, você não quer se opor a alguém como eu."
Minha raiva aumentou com suas ameaças indiretas, quem ele pensa que é? Pensei comigo mesma. "Você está recorrendo a ameaças agora, Talon? Porque pedir educadamente não parece funcionar, não é?" Eu fervia de frustração. "Sabe de uma coisa? Acho melhor eu ir embora, porque parece que nada do que estou dizendo está entrando nessa sua cabeça dura."
O maxilar de Talon se contraiu, e por um momento, houve um silêncio tenso no ar. Ele finalmente falou, seu tom firme e ainda cheio de inveja. "Elena, eu não quero que você vá. Eu só... estou tentando te proteger. Eu não confio nele, e não quero te ver machucada."
"Talon, eu aprecio sua preocupação, mas eu posso me proteger." Eu disse enquanto me virava para sair, "então, se me der licença, eu gostaria de me afastar de vocês dois agora."
Com isso dito, eu corri, deixando-os lidar com a rivalidade entre irmãos sem me arrastar para o meio novamente. Assim que eu chegar em casa, meu padrasto e eu vamos ter uma longa conversa sobre por que eu não posso me casar com esse idiota, porque parece que ele realmente não sabe com quem está lidando e até onde eu vou para acabar com esse casamento. Com ou sem Dan, eu nunca me casarei com Talon.