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Capítulo 6

O som agudo da munição sendo lançada reverberou alto. Cortando o vento, atravessando o ar em um instante, terminando na testa de um homem, perfurando a pele, carne e crânio. Que som assustador. Mas para Jona, era como um zumbido. O som de uma cabeça vazando, sangue escorrendo para o chão—uma vida perdida em um instante.

Soava melodioso e satisfatório.

O mesmo som zumbiu duas vezes mais. Mais duas peças de munição cortaram o ar. Penetrando o abdômen do homem, assim como seu coração. Destruindo o núcleo de seu corpo. Decisivamente, tirando sua vida.

Respingos de sangue, sujando o chão.

Não só o chão, mas algumas das pessoas que estavam lá também. Jona tinha certeza de que todos os seguranças ao seu redor estavam cobertos com o sangue do companheiro. Só que eles foram lentos.

O choque os impediu de se mover. Alguns segundos se passaram despercebidos, preenchidos com calafrios silenciosos. Eles ficaram surpresos ao receber um tiro inesperado da mulher que pensavam não ter garras. E essa pausa sem movimento foi mais do que tempo suficiente para Jona pegar a arma de dentro de sua meia.

Uma faca dobrável. Uma que é especialmente afiada para cortar a carne de seus inimigos.

A arma que Jona estava escondendo.

"Ah!"

Foi o grito que os despertou.

De repente, todos se viraram para Jona, não mais olhando para o homem que agora estava quase sem cabeça no chão frio. Mas seus reflexos não foram rápidos o suficiente.

Antes que pudessem desviar, Jona primeiro colocou a faca no pescoço de cada um deles, cortou cada nuca, espirrou sangue como um chuveiro após as veias serem cortadas, e um por um os humanos sem vida caíram seguindo o anterior.

"Ah! Socorro-"

Tarde demais. O último homem, Jona, conseguiu deitar no chão. Ele empalideceu enquanto uma poça de água se formava sob sua cabeça.

E por último, mas não menos importante...

"Desgraçado! Ah!" O grito de Edgar ecoou no topo de seus pulmões. Expressando a dor insuportável enquanto a faca de Jona cortava seu globo ocular, dividindo-o em dois. Errou. Jona na verdade queria cortar o pescoço de Edgar como fez com seus subordinados, matando Edgar sem pensar. Mas esse homem era melhor em desviar do que Jona pensava.

Ele deu um passo para trás pouco antes de Jona poder empurrá-lo para o inferno e com passos rápidos, pânico e gritos de medo, ele disparou para trás. Ele estava procurando seu carro. "Você vai se arrepender disso, Rey!" ele gritou, soando patético em vez de assustador. "Espere pela minha vingança!"

E com isso, o homem foi embora, deixando para trás seus subordinados, que já estavam completamente frios e desceram da área da colina, desaparecendo tão rápido quanto um raio.

E claro, Jona estava muito preguiçosa para persegui-lo.

"Chefe," uma chamada fez Jona virar a cabeça. Devan é seu braço direito. O homem que se infiltrou sem ser notado pelos subordinados de Edgar veio ajudar. Ele foi quem apertou o gatilho com Carlie.

"Devemos ir atrás dele?" ele perguntou.

Jona congelou por um momento, olhando para a estrada que se estendia à sua frente. Então suspirou. "Não, deixa pra lá. Não é melhor deixá-lo sofrer um pouco com os olhos meio cegos?" perguntou Jona, despreocupada.

Devan sorriu. "Você tem razão," ele disse. Ele se virou para Jona, observando todo o seu corpo. "Você está machucada?"

Jona levantou uma sobrancelha. "Eu pareço alguém que está machucado?"

Devan riu. "Não," ele disse.

"Só fiquei bastante surpreso. Quando me aproximei, você estava de repente cercado por 10 dos fracos subordinados de Edgar brincando," Devan esboçou um sorriso que cresceu ainda mais—seu sorriso divertido. "Faz anos que não vejo você de cara no asfalto."

Jona riu sem graça. "Ah, isso," ele riu. "Isso porque-"

"Jonathan Austin, seu desgraçado!"

O sorriso no rosto de Jona naquele momento também floresceu, tão largo que a felicidade ficou claramente estampada em seu rosto. Um grito histérico veio de trás dele, das cordas vocais de Carlie. Havia medo, pânico e frustração. Sua voz era lamentável.

E Jona sabia que ele era a causa dos gritos histéricos de Carlie.

"Você pode matá-los sozinho, seu desgraçado!" ela gritou alto. Jona virou a cabeça. Ele não pôde deixar de pensar que ela ficaria sem voz depois disso. "Você poderia ter se levantado sozinho e matado todas aquelas pessoas sem a minha ajuda!" ela continuou. "Mas por quê?

"POR QUE VOCÊ ESTÁ AGINDO TÃO FRACO QUE EU TENHO QUE SUJAR MINHAS MÃOS!?"

O som é triste. Havia uma mistura de destruição ali.

O sorriso de Jona estava gravado com satisfação. "Não é minha escolha matá-los ou não?" ele perguntou desafiadoramente. Ele adorava quando a mentalidade de alguém desmoronava diante dele. Ele ficava feliz quando matava a alma de alguém. Especialmente quando uma pessoa 'santa' percebe que matou seu semelhante.

Isso é muito satisfatório.

"Como se sente, Eloise? Ter suas mãos cobertas com o sangue de alguém?" ele perguntou.

"Merda!" gritou Carlie, seu desespero óbvio. "Isso tudo é por sua causa! Eu nunca quis fazer isso!"

"EU NÃO QUERO MATAR NINGUÉM NA MINHA VIDA! EU NÃO QUERO ACABAR COM A VIDA DE NINGUÉM!"

"E você, demônio!" gritou Carlie descontroladamente. "Você me fez fazer isso! Você me fez acabar com aquele homem, com munição nas minhas mãos, quando todo o meu coração gritava que eu não faria isso!"

Jona riu. "Culpar-me assim vai mudar o fato de que você acabou com a vida de alguém? Aceite. Você fez isso, você o matou," o sorriso de Jona era tão largo e perverso. "Você é uma assassina agora, Eloise."

O maxilar de Carlie se contraiu, nem mesmo lágrimas estavam ameaçando agora. Suas lágrimas estavam realmente fluindo. Uma mistura de pânico e raiva. "Eu não sou," ela murmurou fracamente. "Eu não sou uma assassina, droga!"

"Então de quem é a culpa?" desafiou Jona novamente. "Não é sua?"

A morte mental de alguém—a destruição da mente de alguém—é muitas vezes mais satisfatória do que a morte física. Era como ler uma história. E agora ele estava no auge de sua fantasia. Perdido em êxtase.

E as lágrimas que Carlie emitia—o medo, a escuridão, a frustração e os gritos de arrependimento—trouxeram Jona ao auge de sua série. Ele estava emocionado ao vê-la, a mulher forte, gritando de medo.

"Devan," Jona chamou. Devan virou a cabeça rapidamente. "Chame nossos subordinados para limpar essa bagunça. Não os do bar, tenho certeza de que todos já foram," Devan assentiu obedientemente.

"E também pegue o álcool, depois faça a mulher perder a consciência," Jona continuou. "Vamos levá-la juntos de volta para o bunker."

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