Read with BonusRead with Bonus

Capítulo 3

Carlie leu o endereço listado em seu celular mais uma vez. 'Eu não perdi isso.'

Jonathan Austin. Depois de procurá-lo por dois dias sem parar, Carlie ficou chocada com uma coisa. Um homem tão famoso, como Avoni disse, não tinha muitas informações espalhadas por aí. Mesmo em sites ilegais, seu nome era raramente mencionado.

Será que ele era realmente tão forte quanto Avoni dizia? Carlie começou a duvidar dele.

Mas mesmo assim, Emma ainda insistia em dizer a Carlie para ter cuidado. Mesmo na primeira vez que os subordinados de Carlie conseguiram encontrar o endereço de Jonathan Austin, Emma pediu com firmeza para que ele não fosse até lá e deixasse os subordinados de Carlie processá-la diretamente.

'Mas é claro, eu queria resolver isso sozinha.'

Carlie tirou os óculos de sol, colocou-os no painel de seu Bugatti vermelho e saiu de seu carro favorito. Três guarda-costas a seguiam. Fortes e corpulentos. Pareciam intimidadores por trás dos óculos escuros.

Euphoria Bar. Um nome estranho para um homem cruel. Em uma área montanhosa, deserta, bastante remota e geralmente apenas atravessada por caminhões de carga entregando mercadorias pela cidade, Jonathan Austin aparentemente montou um bar de luxo e, como a inteligência previu, ele deveria estar aqui hoje e Carlie veio confrontá-lo.

"Com licença, senhorita. O bar está fechado hoje e não pode ser visitado," as palavras de um homem, o barman, pararam Carlie em seu caminho. Carlie olhou para ele pelo canto dos olhos, examinando-o. Ele era um homem de meia-idade, parecendo frágil em vez de corpulento. Ele não parecia se encaixar no trabalho do dono do bar que o contratou.

"Deixe-me entrar," Carlie ordenou. "Desculpe, senhorita. Nós não podemos-"

Tarde demais. Pobre coitado. O guarda-costas de Carlie o fez refém primeiro. Colocando uma arma em seu pescoço, não deixando-o se mover. Carlie pegou as chaves que o homem tinha na cintura e caminhou distraidamente em direção à porta.

"Minhas palavras não são um pedido, mas uma ordem," Carlie sibilou para o homem de meia-idade que agora gritava de medo, implorando para não ser levado. Carlie olhou para ele indiferente. "Você espera aqui e venha ao menor sinal. Entendido?"

"Sim, Madame," os três disseram quase simultaneamente. E Carlie, sem nem olhar para trás, entrou no bar.

Vermelho. Isso foi o que ela viu quando entrou pela primeira vez. Minha cor favorita. Uma cor que é ao mesmo tempo quente e mortal. Ardente, como um inferno. Todas as luzes, os sofás, as mesas do bar e até os postes de dança no palco eram de um vermelho profundo.

Se ela estivesse aqui para se divertir, este lugar sem dúvida seria seu bar favorito. Mas agora, a raiva dentro de Carlie havia se inflamado. A ira e o ressentimento eram espessos. Portanto, não havia como Carlie sentir nem um vislumbre de atração.

'Não importa quem você seja, eu não vou te perdoar por tirar meu prêmio. Jonathan Austin.'

'Vou fazer você se arrepender de ter lidado com Madame Eloise.'

É estranho ver um bar que não está cercado por músicas pulsantes. Ainda mais estranho, não havia uma única pessoa aqui que Carlie pudesse ver. Todas as portas dos quartos estavam abertas, mas estavam vazias. A pista de dança não estava tão viva como de costume. Todo o bar não tinha sinais de vida.

Exceto por uma sala VIP que aparentemente estava ocupada por alguém. E Carlie sabia imediatamente que era para lá que ela precisava ir.

O cheiro de álcool era forte na sala. Era desagradável e nojento. Mas mesmo assim, Carlie não perdeu tempo entrando, abrindo a porta que aparentemente não estava trancada.

Como se dissesse, você está convidada a entrar.

E suas expectativas nunca estavam longe. Na sua frente agora estava sentado um homem. Ele era alto e bem construído, sentado como um rei em seu trono, desfrutando de seu tempo de lazer.

Sua mão direita segurava um copo de vodka, e a esquerda girava os dardos que ele segurava. A chegada de Carlie conseguiu chamar a atenção do homem e quando seus olhos se encontraram, Carlie sentiu uma sensação de intimidação que nunca havia sentido antes.

Seu olhar era incrivelmente afiado e, ao mesmo tempo, assustador.

Seu rosto era muito mais bonito do que Carlie esperava, e suas feições eram muito mais encantadoras do que uma mera foto da Internet. Seu carisma gritava poder e as imagens espalhadas pela Internet não eram nada comparadas ao Jonathan Austin que ela agora via.

Carlie franziu a testa e olhou para o homem de perto, com seu olhar assassino.

"Jonathan Austin."


Os aplausos irromperam, enchendo a sala com um rugido alto. O homem à sua frente olhou para Carlie com um sorriso de 'sarcasmo' estampado no rosto. Seus olhos observavam Carlie, como se ele estivesse assistindo ao show divertido que estava apreciando.

Carlie mordeu o lábio com força, segurando sua raiva, que parecia estar sendo provocada. O rosto desse homem na primeira vez que o encontrou foi suficiente para deixar Carlie furiosa. Carlie soube imediatamente que realmente não gostava de Jonathan Austin.

"Está tão solitário que a chegada de uma mulher te conforta mais do que deveria?" Carlie sibilou, afiada como uma lâmina. "Pare de aplaudir. Você não está assistindo a um circo."

O homem à sua frente, Jonathan Austin, riu roucamente. Com uma risada que Carlie instantaneamente odiou também. "Bem-vinda, Carlie Eloise Heston. Eu estava esperando pela sua chegada."

Carlie franziu a testa. "Madame Eloise para você. Não chame meu nome com sua boca imunda."

Mas aparentemente, nem mesmo a raiva de Carlie poderia intimidar o homem. "Madame. O título que você se dá é uma forma de respeito para alguém te chamar assim," o homem disse, rouco e sinistro, como um criminoso.

"Mas se eu não te respeito, não há necessidade de te chamar assim, certo?"

Carlie rosnou de desgosto. "Que idiota," ela rosnou. Carlie nunca tinha encontrado alguém que ousasse falar com ela assim, além de seu pai e seu irmão gêmeo, e isso conseguiu aumentar ainda mais sua raiva.

"Espero que você não se arrependa de me dizer isso, Austin," Carlie disparou, afiada como uma adaga. "Mas tudo bem, vou deixar passar por agora. Porque não estou aqui para discutir isso com você."

O homem à sua frente deu um gole na sua vodka. Deixando o copo esvaziar, ele o colocou na mesinha à sua frente. "A vitória de Tiffanny. Você veio para recuperar seu prêmio?"

Carlie estreitou os olhos. "Quando eu trouxer um advogado para sua presença, você está acabado, Austin."

O homem riu mais uma vez. Desdenhoso. "Eu não temo o governo. A lei não intimida meu sangue."

Carlie observou enquanto o homem se endireitava no sofá e aprofundava seu olhar em Carlie, intensamente. 'Seus olhos eram sinistros, como os de um predador que não perderia sua presa.'

"Estou mais interessado em falar sobre quem foi a pessoa que vazou para você sobre mim—que você soube que a trapaça no show foi obra minha."

Austin ficou em silêncio por um momento. "Rodriguez, certo? Ele veio até você antes e depois do evento," ele disse.

"Você estava me vigiando."

"Eu sabia que você viria atrás de mim depois que soubesse que aqui está a filha destemida dos Heston e espionar você não foi nem de longe tão difícil quanto sua alta reputação," Carlie rangeu os dentes de exasperação. "Eu deveria ter atirado naquele velho idiota com sua família quando o vi pela última vez."

Carlie lançou um olhar afiado para o homem. Fiel à palavra de Avoni, ele era um assassino. Lembre-se disso, Carlie?

"Mas estou honestamente impressionado. Você me encontrou em apenas dois dias. Isso é impressionante, Eloise," Austin disse. Mais uma vez, ele bateu na mão dela. "Mas infelizmente, a sorte não está do seu lado hoje."

Carlie franziu a testa. "O que você quer dizer?"

Carlie seguiu o olhar de Austin enquanto ele desviava o olhar para a parede à sua esquerda. Lá estava um relógio que marcava 14h59, contando os segundos até a hora virar três.

"Onze... Dez... Nove..." Austin contou lentamente.

Carlie rosnou. "O que você quer!?"

O homem, no entanto, colocou o dedo na frente dos lábios dela. Como se dissesse a Carlie para fechar a boca. "Sete... seis... cinco... quatro..."

O sorriso no rosto dele floresceu ainda mais. "Três, dois, e um," Austin riu. Seu sorriso se alargou de forma cruel. "É hora da festa."

Carlie achou o homem à sua frente estranho—um pouco fora de si para um homem que contava as horas sem motivo. Mas o que ela ouviu, logo após as palavras de Jonathan Austin, fez Carlie gritar o mais alto que pôde.

"AH!" seu grito foi estrondoso.

Junto com o som de uma explosão alta, bem na entrada fechada do bar.

E antes que ela pudesse se mover, dissipando os ventos de força de furacão da explosão, uma mão agarrou seu pescoço, cravando uma faca bem em suas veias.

Carlie ficou paralisada de surpresa, mas o homem que a mantinha refém fez a mesma expressão. "Você, não é Jonathan Austi-"

Dorr!

Mais uma vez, o grito de Carlie encheu o ar.

Aquele homem. Jonathan Austin. Ele atirou no homem que de repente fez Carlie refém, bem na cabeça. Até que sua cabeça foi perfurada por uma bala e sangue espirrou no corpo de Carlie, o conteúdo de seu cérebro derramado no chão.

Jonathan Austin o matou. Sem pensar duas vezes.

"Você estava tão envolvida na raiva que nem percebeu até alguém te fazer refém," as palavras de Jonathan Austin se aproximando, ouvidas primeiro, do que a consciência ainda embutida de Carlie, a chocaram pela visão que ela estava encarando.

Os passos do homem pararam na frente de Carlie e seu sorriso se expandiu ali.

"Você veio na hora errada, senhorita," ele disse rouco. "Este é o lugar que eu deliberadamente arranjei com meu inimigo para lutar hoje."

"E infelizmente. Você terá que se envolver em um banho de sangue que, tenho certeza, você não vai gostar."

Previous ChapterNext Chapter