




A mamãe
8 horas em ponto.
O excêntrico CEO e bilionário, Conrad Knight, chega ao seu escritório às oito da manhã sem falta. Em ponto. Nem um minuto atrasado, nem um minuto adiantado. Se há algo que sua secretária deve saber sobre ele, é o fato de que o homem de trinta e dois anos é fanático por pontualidade.
Andrew Sterling trabalha como secretário de Conrad há cinco anos e já se acostumou com os caprichos do chefe, até mesmo com seus acessos de raiva. Hoje é um grande dia para a PharmaKnight Incorporated. Não só estão se tornando globais, como também têm investimentos multimilionários para serem assinados no mesmo dia.
A PharmaKnight é uma das principais empresas farmacêuticas do país. É a criação do brilhante empreendedor, filho de um magnata dos negócios mundialmente renomado que tornou os avanços tecnológicos acessíveis e baratos para as pessoas comuns. A nova empresa, que carrega o mesmo famoso sobrenome "Knight", fez o mesmo avanço no mundo farmacêutico.
Conrad é filho único e, entre seus muitos empreendimentos na vida, sua maior prioridade era fazer um nome para si mesmo. Ele seguiu sua vocação como bioquímico e farmacologista. Depois de se formar com as mais altas honras em Harvard, com a ajuda dos recursos disponíveis e acesso à riqueza geracional, ele fundou sua própria empresa e nunca parou de surpreender o público com suas habilidades de gestão, humildade e brilhantismo. Ele também é um católico devoto, um aspecto que o diferencia de seus colegas jovens empreendedores. Sua boa aparência é apenas um bônus.
Conrad Knight já estampou a capa de todas as revistas de negócios desde criança. Seu pai fez questão de que ele estivesse presente em todas as sessões de fotos, estabelecendo a presença do jovem Knight na mídia. Seu charme e inteligência são irresistíveis e o número de mulheres atrás do jovem bilionário é insano. Mas Conrad, na sua idade, nunca namorou publicamente. Muitas mulheres já se apresentaram com alegações de terem tido breves casos com ele, mas essas alegações permanecem como alegações até hoje. Sua publicitária, em parceria com sua mãe, estava pronta para varrer tudo para debaixo do tapete, longe dos olhos e da escrutínio de todos.
"Andrew, me dê algo para animar meu dia." Conrad acena para seu assistente sem fazer contato visual. "Preciso de algo forte."
Andrew se levanta em atenção. "Bom dia, senhor, sua agenda já está na sua mesa. Sim, senhor."
Uma mulher alta e loira, na casa dos sessenta anos, seguiu Conrad até seu escritório, sem prestar atenção em Andrew. Ela é Anastasia Knight. Sua mãe, que é como sua sombra. Conrad pode ser velho o suficiente para casar e se estabelecer, mas sua mãe está sempre por perto, tornando o namoro quase impossível para o homem. Para Anastasia, ninguém é digna de ser sua nora. Muitas tentaram colocar o pé na porta, mas a mãe rígida com um coque impecável estava lá para garantir que ela pudesse chutar esse pé para fora em pouco tempo.
Ela ergueu o queixo. "Certifique-se de que nenhum paparazzi barulhento esteja presente na festa de encerramento esta noite, e também certifique-se de que tenhamos cópias das fotos e que qualquer foto para divulgação passe pela nossa equipe de relações públicas. A última vez foi uma experiência horrível, Andrew."
Andrew abaixou a cabeça. "Sim, dona Anastasia."
"Bom. Você sabe como odiamos o barulho e a última foto que tiraram me fez parecer três anos mais velha e nem me faça começar a falar sobre as linhas finas visíveis. Ugh." Anastasia sorriu e notou a camisa desabotoada dele. Suas sobrancelhas franziram. "Por favor, arrume sua camisa. Isso é um pouco... perturbador e antiético. Você deveria vir à nossa igreja, claramente falta orientação."
O homem seguiu o olhar dela e imediatamente abotoou a camisa com embaraço. "D-desculpe, senhora..."
Vendo isso, a mulher caminhou até o escritório de espera. No momento em que as portas pesadas se fecharam, ela gentilmente colocou sua bolsa Hermes preta na poltrona macia no canto do escritório elegante, com tema preto e branco, de seu filho.
Conrad já estava em sua mesa, ocupado analisando a agenda do dia. Sem tirar os olhos do papel com as atividades impressas para o dia, ele suspirou. "Mãe, não vejo por que você tinha que estar aqui quando poderia ir com suas amigas para Cabo. E pare de recrutar pessoas para nossa igreja. Este é um país livre."
"Eu só estava dizendo ao seu secretário que ele precisava de uma mudança de coração. Cabo, e o quê? Para você se desviar de novo?"
"Se você não percebeu, eu tenho trinta e dois anos. Se eu me desviar, sou capaz de voltar. Estou dirigindo minha própria empresa agora. Você está dirigindo a do papai. Só não entendo por que você tem que estar aqui de vez em quando."
"Deixe-me ver se entendi, Conrad Knight Jr. Você está reclamando?"
"Não. Não. Esse não é o meu ponto, mãe. O que estou tentando dizer é que já provei meu valor. A PharmaKnight ganha mais agora do que a sua empresa e a do papai juntas."
Anastasia ri sarcasticamente, depois de se fartar de suas risadas histéricas, ela limpa os cantos dos olhos com seu lenço de seda. Conrad observa sua mãe de sua mesa. Ele ama sua mãe, afinal, ela é tudo o que ele tem agora. Após a morte de seu pai, Anastasia não tinha mais ninguém além de seu filho.
"Essa foi boa, Conrad." Ela ajustou sua postura e re-ajeitou sua saia. "Por um momento, você soou como seu pai, arrogante e cheio de si. Esses são apenas números, querido."
Conrad dá de ombros. "O que posso dizer? Sou filho do meu pai. Qual era aquele ditado? Hmm... a maçã não cai longe da árvore."
"De fato. E veja o que a arrogância dele trouxe. Nenhuma quantia de dinheiro foi capaz de salvá-lo de sua morte instantânea." Havia dor e algo mais em sua voz. O pai de Conrad morreu em um acidente de carro que custou sua vida instantaneamente.
Ele tinha vinte e quatro anos na época e seu pai estava preparando-o para ser seu sucessor. Conrad, por outro lado, sempre foi muito vocal sobre não ter desejo de assumir os negócios da família. Além do fato de que não era sua paixão e interesse, ele estava convencido de que, uma vez que pudesse mostrar ao mundo e provar à sua mãe que ele é mais do que apenas um herdeiro em formação, ele é mais do que capaz de tomar decisões por conta própria.
"A propósito, temos que estar na igreja às cinco."
"A festa de encerramento começa às seis, mãe." Ele respondeu calmamente.
"Filho, você é o chefe."
Conrad riu. "Sou? Isso é novidade. Todos pensam que você é a chefe aqui."
"Não aja como se fosse esperto demais comigo. Eles esperariam por você. Deus não." Anastasia disse firmemente.
Mais do que orientação, Anastasia Knight adora controlar seu filho. Para ela, os filhos devem obedecer aos pais, independentemente de sua idade ou status social e financeiro. Conrad é seu filho e ela é a força motriz por trás de seu sucesso. Ele está destinado a se curvar a ela, não o contrário.