




Capítulo 2
Um olhar cansado estava estampado no rosto de Noemi e Jacob. Eles estavam sentados no consultório do médico da família, esperando o resultado do exame realizado. Estavam impacientes, mas por quê exatamente? Então chegou a Dra. Jane Avalon. Seu rosto não estava radiante, mas também não era rude.
"Aqui está - o resultado do seu exame." Ela entregou um papel para Noemi. Jacob o abriu porque Noemi se recusou a fazê-lo.
"É bom ou ruim?" Jacob parou no meio de abrir o papel para perguntar.
"Por favor, continue," a Doutora o incentivou.
"O que isso significa?" ele não entendeu nada do que estava escrito no papel.
"Sua esposa tem uma obstrução na trompa de Falópio," começou a Dra. Jane Avalon. "Há uma chance de oito por cento de que ela não consiga conceber um filho para você."
O olhar frio se espalhou pelo rosto de Noemi como um incêndio na floresta. Ela não podia acreditar no que acabara de ouvir.
Eles, Noemi e Jacob, estavam casados há quinze meses sem nenhum problema. Jacob precisava da garantia de ter um herdeiro. Ele precisava saber que haveria alguém para seguir seus passos quando ele se fosse; assim como ele, seu pai.
"Calma, querida." Jacob tentou consolar Noemi.
"Como você espera que eu fique calma?" Noemi disse com lágrimas nos olhos. "Como?" ela perguntou novamente, em dor.
"Ainda há tratamentos clínicos que você pode fazer, mas suas chances de conceber um filho continuam pequenas," a Doutora também disse.
"Vamos para casa," Noemi disse com uma voz muito trêmula, quase cedendo às lágrimas.
Noemi ainda decidiu buscar opiniões de especialistas. Ela não queria desistir tão facilmente. Noemi sabia que, sem um filho, Jacob ainda a valorizava, mas com um filho, ele a respeitaria mais. Pelo menos, era o que ela pensava.
Duas semanas depois, ela voou para Washington, onde iria se encontrar com um especialista na área e também aumentar suas chances de conceber um filho.
"Ding Dong!" "Ding Dong!" Jacob ouviu a campainha tocar.
"Lisa?" ele perguntou com um toque de surpresa nos olhos.
"Sim, sou eu." Ela molhou os lábios com a saliva e deu uma piscadela penetrante para ele.
"Por que você está aqui?" Jacob perguntou.
"Eu só vim dizer oi e ver como você está." Ela entrou apesar da leve recusa de Jacob.
Ela caminhou ao redor dele e tocou cada parte do seu corpo de forma sedutora. "Você gosta de mim, não é?" ela sussurrou atrás dele, em seu ouvido.
"Por favor, pare com isso," ele pediu a ela com uma voz muito fraca. Jacob já estava sentindo um arrepio na espinha. O que o fazia homem já estava chamando pelo que Lisa tinha a oferecer.
"Eu - eu - eu simplesmente não posso..." "Shh!" ela o silenciou.
"Apenas se renda a mim agora." Ela puxou sua gola e sugou sua língua. "Ela é tão travessa assim?" Ela o olhou com olhos cheios de luxúria.
"Por favor, vamos parar com isso." Mas ele estava subindo as escadas com Lisa, indo para seu quarto. Ela tirou sua camisa e beijou seu corpo de uma maneira muito apaixonada. A língua dela em seus mamilos era como o paraíso na terra.
"Gostoso?" ela perguntou a ele. A essa altura, eles já estavam na cama, sem roupas. Ele acariciava os seios dela e ouvia com prazer seus gemidos suaves.
"Essa é a melhor musa que você já ouviu." Lisa soava tão confiante em seus sussurros no ouvido dele, e isso foi suficiente para selar tudo. O ato foi consumado, ambos compartilhavam a culpa. Eles nunca mais falaram sobre isso.
Em uma semana, Noemi voltou com esperanças renovadas. Ela começou a tomar alguns medicamentos que o médico aconselhou para aumentar suas chances.
"Oi, amor," ela beijou Jacob.
"Bem-vinda, amor," ele a abraçou forte, junto com o beijo que compartilharam.
"Você sentiu minha falta?" Ela o abraçou e beijou por trás.
Jacob estava sendo consumido pela culpa. Ele não conseguia suportar olhar nos olhos dela. Em todas as oportunidades, ele tentava evitar o contato visual com ela. "Sim, senti." Ele respondeu eventualmente.
"Precisamos fazer como o ginecologista me disse," ela falou, ainda o segurando por trás.
"Precisamos? Ou você só quer que eu esteja dentro de você?" Jacob falou, sorrindo descaradamente como alguém inocente.
De qualquer forma, Jacob já havia decidido que não faria isso novamente. Ele se sentia realmente envergonhado de si mesmo.
"No que você está pensando?" Noemi perguntou depois de notar que Jacob estava distraído enquanto conversavam na cama após um momento glorioso.
"Eu só espero que isso funcione," Jacob disse.
"Vai funcionar, amor, vai funcionar." Noemi tinha muita fé. Ela queria que funcionasse mais do que qualquer outra pessoa. O Sr. Lionel Gareth já havia ligado para expressar seu apoio a eles, especialmente a Noemi.
"Você parece tão confiante, amor," Jacob sorriu para ela. Ela estava deitada ao lado dele, com a cabeça em seu peito. Ele beijou sua cabeça com muito carinho:
"Vamos superar isso muito em breve, amor," ele disse a ela. "Vamos confiar em Deus."
"De onde isso está vindo?" ela olhou para ele com surpresa. Ele não era muito religioso, sempre dizia que as coisas acontecem porque devem acontecer e não por intervenção divina.
"Por favor, prometa que nunca vai me deixar," ele disse a Noemi.
Soou um pouco estranho, também por causa de como sua voz vacilou quando ele falou. Noemi ainda disse para satisfazê-lo:
"Eu prometo te amar para sempre." Ela disse isso com muito amor.
"Vroom! Vroom!" O telefone de Jacob tocou.
"Com licença, por favor," ele pediu privacidade para atender a ligação. Quem era? Lisa.
"Preciso discutir algo com você, Jacob." Ela soava tão urgente ao telefone.
"O que é?" Jacob perguntou com a maior curiosidade.
"Preciso te contar pessoalmente, cara a cara." Ela ainda o deixou em suspense.
"Quando?" ele perguntou, espiando para fora do banheiro.
"Amanhã, no mesmo lugar. Vou te mandar o horário por mensagem."
"Ok," Jacob concordou.
O que Lisa iria dizer a ele, e por que era tão importante que ela quisesse dizer pessoalmente e não pelo telefone?