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Capítulo 5

Capítulo 5

Anna acordou com um senso de propósito, sua mente clara e resoluta. Ela tomou um banho revigorante, depois vestiu um vestido confortável, sentindo uma sensação de conforto e força. Ao descer as escadas, seu pai se aproximou dela, seus olhos cheios de uma mistura de esperança e desespero.

"Anna, você pensou sobre nossa conversa de ontem à noite?" ele perguntou, sua voz carregada de urgência.

"Sim, pensei," Anna respondeu, seu tom firme, mas educado. "E minha resposta ainda é não. Não vou mudar de ideia e me casar com aquele homem."

O rosto de seu pai caiu, seus olhos se nublando de decepção. "Anna, por favor, reconsidere. Esta é a única maneira de nos salvar," ele implorou.

Mas Anna permaneceu firme, sua determinação inabalável. "Eu entendo isso, pai," ela disse, sua voz suavizando ligeiramente. "Mas não posso sacrificar minha própria felicidade e futuro pelos seus erros. Eu mereço melhor, e não vou me contentar com menos."

O Sr. Anderson, pai de Anna, ficou furioso e olhou para a mãe de Anna antes de sair. Anna não entendeu o gesto entre eles, mas viu várias mulheres entrando com grandes caixas nas mãos.

Ela olhou para sua mãe e perguntou, "Mãe, quem são elas?"

A Sra. Anderson olhou para as pessoas e respondeu, "Elas estão aqui para te preparar para o seu casamento."

Os olhos de Anna se arregalaram de choque e descrença enquanto as palavras de sua mãe pairavam no ar. "Casamento?" ela repetiu, sua voz cheia de horror. "Você não pode estar falando sério!"

A expressão de sua mãe era resoluta, seus olhos frios e distantes. "Sim, Anna, estamos falando sério. Você vai se casar com este homem, e vai fazer isso com um sorriso no rosto."

O olhar de Anna percorreu a sala, observando as mulheres desempacotando caixas e montando o que parecia ser um salão de beleza improvisado. Seu coração disparou de pânico ao perceber a extensão da traição de seus pais.

"Não," ela sussurrou, sua voz trêmula. "Eu não vou fazer isso. Eu não vou me casar com ele."

O rosto de sua mãe endureceu, sua voz severa. "Você não tem escolha, Anna. Você fará o que dizemos, ou sofrerá as consequências."

Os olhos de Anna encontraram os de sua mãe, uma determinação feroz queimando dentro dela. "Eu não vou fazer isso," ela repetiu, sua voz firme. "Eu não serei um peão no seu jogo. Eu não serei vendida como um pedaço de propriedade."

Anna lutou e chutou, mas as mulheres eram muito fortes. Elas a arrastaram para seu quarto, seu aperto inflexível. Elas a forçaram a entrar no banheiro, onde a despiram de suas roupas e começaram a banhá-la. Anna se sentia como uma prisioneira, seu corpo tremendo de medo e raiva.

Enquanto a banhavam, elas conversavam e riam, suas vozes irritando seus nervos. Elas a vestiram com um elaborado vestido de noiva branco, o tecido pesado e sufocante. O vestido era adornado com rendas intrincadas e diamantes brilhantes, mas para Anna, parecia um sudário.

Elas estilizaram seu cabelo em um elaborado coque, entrelaçando flores delicadas e pérolas. Pintaram seu rosto com maquiagem pesada, o cheiro de base e batom a sufocando. Anna se sentia como uma boneca, um mero objeto a ser vestido e exibido.

As mulheres então a levaram para o quarto, onde a forçaram a sentar na cama. Elas deslizaram em seus pés um par de sapatos de salto alto, as tiras machucando sua pele. Prenderam em seu pescoço um pesado colar de ouro, o pingente pressionando contra sua garganta.

Os olhos de Anna se encheram de lágrimas enquanto ela olhava seu reflexo no espelho. Ela viu uma estranha, uma mera casca de seu antigo eu. Sentia-se como uma prisioneira em seu próprio corpo, presa em um pesadelo do qual não conseguia despertar.

Quando cobriram seu rosto com um véu, Anna sentiu uma sensação de sufocamento, como se estivesse sendo apagada. Estava presa em uma prisão de seda e cetim, sua identidade escondida atrás de uma máscara de opulência.

Enquanto a levavam para o carro, um fantasma negro elegante e ameaçador, o coração de Anna disparou de medo. Sentia-se como uma cativa, um peão em um jogo que não queria jogar. Os assentos de couro macio a envolviam, uma armadilha luxuosa que parecia engoli-la por completo.

Enquanto o carro deslizava pelas ruas, a mente de Anna corria com pensamentos de fuga. Sentia-se como uma noiva em fuga, mas sem uma rota de escape à vista. O véu obscurecia sua visão, mas sua imaginação corria solta com cenários de rebelião e liberdade.

O silêncio no carro era opressivo, o único som era o suave ronronar do motor e o farfalhar de seu vestido. A respiração de Anna vinha em curtos suspiros, seu peito apertado de ansiedade. Sentia-se como um cordeiro sacrificial, sendo levado ao altar do matrimônio contra sua vontade.

O carro parecia se mover em câmera lenta, os minutos passando como horas. Os pensamentos de Anna eram uma mistura confusa de medo, raiva e desespero. Ela era uma prisioneira em sua própria vida, e não sabia como escapar.

Quando a porta do carro se abriu, o coração de Anna afundou. Ela foi levada para fora do carro e até a praia, o som das ondas quebrando em seus ouvidos. O arco de casamento se erguia diante dela, adornado com flores e fitas. Ela viu seu noivo, igualmente vestido em um elegante smoking, seu rosto obscurecido pelas sombras.

O padre começou a falar, suas palavras um borrão enquanto a mente de Anna corria de pavor. Ela repetiu seus votos mecanicamente, sua voz mal audível. Quando o padre os declarou marido e mulher, seu noivo ergueu a mão para levantar seu véu.

O coração de Anna parou quando seus olhos se encontraram. Os olhos esmeralda que ela nunca havia esquecido, os olhos que assombravam suas memórias, a encaravam de volta. Sentia-se como se estivesse vivendo um pesadelo, presa em um filme de terror do qual não conseguia acordar.

O homem a quem ela havia dado sua virgindade, o homem que a usou e descartou, agora estava diante dela, um sorriso presunçoso no rosto. A mente de Anna girava em choque, seu corpo entorpecido de descrença. Sentia-se como se estivesse vivendo em um sonho surreal, um sonho do qual não conseguia escapar.

O homem se inclinou para beijá-la, seus lábios frios e calculistas. O coração de Anna estava congelado em seu peito, sua alma gritando em protesto. Ela estava presa, casada com o único homem que jurou nunca mais ver. A ironia não passou despercebida, o destino cruel que a trouxe de volta ao homem que arruinou sua vida.

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