




Capítulo 3
Capítulo 3
Os olhos de Anna se abriram lentamente, e ela se deparou com um teto desconhecido. Sonolenta, ela se sentou, sua mente correndo para lembrar os eventos da noite anterior. À medida que as memórias voltavam, seu rosto se encheu de vergonha e arrependimento. Ela havia cedido aos seus desejos, entregando sua virgindade a um estranho.
A autocrítica a atingiu como um banho frio. "Como pude ser tão estúpida?" ela se repreendeu. "Eu não queria perder minha primeira vez com um cara qualquer!"
Anna apressadamente juntou suas roupas e se vestiu, evitando olhar para o rosto tranquilo do estranho. Ela não suportava olhar para ele, temendo ver um brilho de triunfo ou arrogância. Sem dizer uma palavra, ela fugiu do quarto de hotel, deixando para trás o estranho e sua inocência despedaçada.
Ao emergir na luz brilhante da manhã, Anna sentiu como se estivesse entrando em uma nova realidade, uma onde ela havia perdido uma parte de si mesma. Ela não conseguia se livrar do sentimento de arrependimento, sua mente repetindo os eventos da noite anterior como um pesadelo.
A cada passo, ela se castigava, sua voz interior ficando mais alta e implacável. "Você deveria ter esperado, Anna. Você deveria ter sido mais forte." As palavras ecoavam em sua mente como um mantra cruel, um lembrete constante de seu fracasso percebido.
Anna entrou em casa, ainda atordoada pelos eventos da noite anterior. Ela se sentia como se estivesse carregando um peso enorme, seu arrependimento e dúvida palpáveis. Depois de um banho rápido e se vestir em um estado de torpor, ela correu para o trabalho, já atrasada.
Ao entrar no escritório, seus colegas a cumprimentaram com alegres "bom dia", mas Anna mal conseguiu esboçar um sorriso fraco. Ela se dirigiu ao escritório do chefe, seu coração afundando a cada passo.
"Anna, você está atrasada de novo," seu chefe repreendeu, seu tom severo. "Esta é a terceira vez este mês. O que está acontecendo?"
Anna murmurou um pedido de desculpas, seus olhos voltados para baixo. Ela não conseguia suportar olhar nos olhos do chefe, temendo que ele pudesse ver a vergonha e a culpa estampadas em seu rosto.
"Se recomponha, Anna," seu chefe advertiu. "Espero mais da minha secretária."
Anna assentiu, sentindo como se estivesse afundando mais fundo em um poço de desespero. Ela não conseguia se livrar da sensação de que seu erro da noite anterior era visível para todos, como uma letra escarlate em sua testa.
"Anna, pare aí," seu chefe rosnou, sua voz baixa e ameaçadora. Seus olhos se estreitaram, seu olhar fixo no chupão que aparecia por trás de seu cabelo.
O coração de Anna afundou, seus olhos se movendo nervosamente para o rosto do chefe. Ela sabia que estava encrencada.
"Você acha que é tão inocente, não é?" seu chefe zombou, seu rosto avermelhando de raiva. "Mas eu sei a verdade. Você é apenas uma vadiazinha, não é?"
O rosto de Anna queimou de vergonha, seus olhos se enchendo de lágrimas. "Não, senhor, por favor..."
"Silêncio!" seu chefe latiu, sua mão cortando o ar. "Eu te ofereci uma chance de avançar na carreira, de dormir comigo, e você recusou. Mas agora vejo que você não é tão inocente quanto parecia."
Os olhos de Anna brilharam de raiva, mas ela mordeu a língua, sabendo que estava em uma posição precária.
"Você está demitida, Anna," seu chefe cuspiu, sua voz gotejando veneno. "Você não passa de uma vadiazinha, e eu não vou mais ter você trabalhando no meu escritório."
As palavras do velho cortaram fundo, seus insultos perfurando a alma de Anna como uma adaga. Ela sentiu uma sensação de ardor nos olhos enquanto as lágrimas começavam a cair, seu corpo tremendo de vergonha e raiva.
Anna saiu furiosa do escritório do chefe, seus olhos cheios de lágrimas. Ela foi recebida por um grupo de colegas que estavam escutando a conversa. Eles riram e sussurraram entre si, seus olhos cheios de diversão zombeteira.
"Bem, bem, bem, parece que alguém foi pega com as calças abaixadas," um de seus colegas homens zombou.
"É, e ela achava que era muito melhor do que nós," outro acrescentou.
"Acho que é isso que acontece quando você é uma vadiazinha," um terceiro colega se juntou, sua voz gotejando veneno.
O grupo explodiu em risadas, suas provocações e zombarias seguindo Anna enquanto ela apressadamente juntava suas coisas e saía do escritório.
"Ei, Anna, como é ser uma mulher caída?" um dos homens gritou, sua voz ecoando pelo corredor.
O rosto de Anna queimava de vergonha e humilhação enquanto ela acelerava o passo, seus olhos fixos na porta. Ela não via a hora de escapar dos olhares zombeteiros e das palavras cruéis de seus colegas.
Quando ela alcançou a porta, ouviu uma última provocação: "Não se preocupe, Anna, tenho certeza de que você encontrará outro otário para cuidar de você!"
A porta se fechou atrás dela, mas o impacto das palavras deles permaneceu, ecoando em sua mente como um refrão cruel. Anna sentiu como se estivesse saindo do escritório com uma letra escarlate estampada na testa, um lembrete constante de sua vergonha e humilhação.
Anna entrou no táxi, seus olhos fixos no chão, sua mente girando com os eventos do dia. Ela não via a hora de escapar do mundo e se esconder em seu quarto. Quando o táxi parou em frente à sua casa, ela pagou o motorista e saiu, seus pés pesados de vergonha.
Mas ao entrar em casa, ela ficou surpresa ao ver seu pai sentado no sofá, sóbrio e alerta. Ele olhou para ela com uma expressão séria, seus olhos perfurando-a.
"Anna, venha aqui," ele disse, sua voz firme, mas gentil.
Anna hesitou, seu coração batendo rápido com uma mistura de medo e curiosidade. Ela não via seu pai sóbrio há meses, e não sabia o que pensar disso.
"O que foi, pai?" ela perguntou, sua voz mal acima de um sussurro.
A expressão de seu pai ficou grave, seus olhos cheios de uma seriedade que fez o coração de Anna pular uma batida.
"Preciso te contar uma coisa, Anna," ele disse, sua voz baixa e misteriosa. "Algo que vai mudar tudo."
A mente de Anna se encheu de perguntas, mas antes que ela pudesse perguntar, a expressão de seu pai se tornou enigmática, e ele disse: "Mas primeiro, sente-se. Esta vai ser uma longa conversa."
E com isso, o mundo de Anna ficou em suspenso, deixando-a se perguntando quais segredos seu pai guardava e o que estava reservado para ela a seguir.