




Capítulo 2 Um ômega misterioso
"Ajude-me... por favor..." A voz da loba Ômega é necessitada e suave, seus lábios como pétalas manchadas de mel, entreabertos e cheios à luz do luar. A Ômega se parece tanto com a Alfa da Alcateia do Pôr do Sol, exatamente igual. Isso choca Landry.
Mas uma Alfa não agiria de forma tão vergonhosa e lasciva, especialmente uma Alfa como a que Landry conhece tão bem das batalhas que lutaram juntos. Aquela Alfa é forte e poderosa, diferente da loba que está no chão à sua frente.
O cheiro da Ômega se intensifica e Landry fica cativado. Ele está intoxicado pelo aroma de morango com leite da Ômega, e sua boca fica seca ao ver o corpo dela, se contorcendo na areia, iluminado apenas pela lua cheia. Seus mamilos estão eretos e um brilho úmido aparece em suas coxas.
Landry se abaixa para pegar a Ômega em seus braços fortes, encaixando-se perfeitamente ao redor do corpo dela. Os braços dela se enrolam em seu pescoço, a pele fria como a de uma cobra, fazendo Landry ficar momentaneamente cauteloso. Ele se pergunta se um espécime tão bonito é uma armadilha armada pelos vampiros ou ursos, mas não pensa nisso por muito tempo.
A Ômega geme enquanto sua pele roça contra Landry, e o batimento selvagem do coração do macho Alfa toma conta, como o trote de muitos cavalos selvagens. Parece um tambor de guerra no ar. O cheiro dela é intenso e Landry não consegue mais suprimir seus instintos de Alfa.
Com a Ômega em seus braços, é fácil deslizar seus dedos pela pele nua dela, tão bonita e perfeitamente alva à luz da lua cheia. Ele toca a curva dos seios dela, belisca seu mamilo, depois desce mais.
Dedos longos e habilidosos são brutalmente enfiados nela, explorando seu interior, implacáveis. A Ômega solta um grito que só pode ser chamado de satisfeito, contorcendo-se no aperto de Landry enquanto ele começa a mover os dedos para dentro e para fora dela, cada vez mais rápido, seus sucos cobrindo os dedos dele e o cheiro dela intoxicante.
Ele está devastando a Ômega, mas não consegue deixar de pensar na esguia Alfa Loba branca com quem lutou lado a lado. Ele lutou inúmeras batalhas com a Alfa ao seu lado e o relacionamento deles nunca mudou, mas agora...
Ele está mergulhando os dedos para dentro e para fora da Ômega, sem se importar com os gritos de prazer dela. Não é a Ômega que ele está imaginando – ele está, em vez disso, imaginando como a Alfa fêmea da Alcateia do Pôr do Sol ficaria na mesma posição, enquanto ele a preenche com seus dedos largos, enquanto ela ofega e geme, seus sucos jorrando a cada investida.
Ele rosna. Neste momento, ele usa o corpo da Ômega para imaginar o relacionamento mudado que poderia ter com a Alfa loba. É o corpo dela que ele está devastando, o rosto dela, tão lânguido à luz do luar, que ele vê. O cheiro de morango com leite é forte no ar ao redor deles e Landry o inala, ofegando intensamente enquanto força seus dedos mais fundo, mais profundamente.
Quando a Ômega atinge o clímax com um grito que ecoa na noite ao redor deles, Landry só consegue deixá-la cair no chão e alcançar seu grosso e enorme pau. Ele mantém a imagem da Alfa fêmea em sua mente enquanto se masturba, rápido e forte, até atingir o clímax.
Seu gozo espirra no ar, caindo no rosto da cadela Ômega, mas ele não se importa. A Alfa está em sua mente, é ela quem ele violou e devastou esta noite, pelo menos em sua cabeça. Ele inclina a cabeça para trás ao gozar e ruge o nome da Alfa intoxicante que tomou conta de sua mente.
"Bernice!"
A loba Ômega no chão, coberta pelo gozo de Landry, está chocada.
O calor que me tomou é tão intenso que dói. Meu orgasmo só aliviou a dor por um momento, e depois de recobrar os sentidos com o cheiro forte da essência de Alfa me cobrindo, percebo o que Landry disse.
Foi um alívio alcançar meu clímax completo, mas preciso sair daqui.
Porque quando o Alfa gritou por Bernice, percebo... ele não sabe que Bernice sou eu.
A Alfa fêmea da Alcateia do Pôr do Sol.
Aquela com quem ele lutou ao lado por anos.
Ele não sabe que eu sou secretamente uma Ômega, escondida apenas pelo meu medicamento especial que mascara minha verdadeira natureza, protegendo meu lugar na alcateia. Isso me permite ser uma Alfa para a Alcateia do Pôr do Sol, mantendo-os seguros enquanto outras alcateias se fragmentam e se desintegram, mas tem um custo.
Eu não posso mais encontrar meu par, a droga tirou essa habilidade. Também drenará minha vida – tenho até os 25 anos antes de morrer.
Anos lutando contra os vampiros e ursos para proteger minha alcateia me fizeram perder a noção do tempo. Eu não sabia que já se passaram 24 anos. Tenho menos de um ano antes de morrer – morrer como uma Alfa, como tenho me apresentado.
Este calor prova que minha morte está se aproximando. Estremeço ao saber que, se o Rei Landry não tivesse vindo ao meu resgate esta noite, minha morte poderia ter sido naquele momento, estuprada até a morte por lobos renegados.
Estou feliz que ele estava aqui, mesmo que apenas para evitar esse destino, mas preciso ir.
Me levanto e visto as roupas que havia arrancado, feliz que o Alfa não me reconheceu. Enquanto me preparo para sair, porém, Landry fala.
"Bernice... fique aqui."