




A sensação
Revirei os olhos. É a Olive, a garota rude do clube. Eu gemi. "O que diabos você está fazendo aqui?"
Ela sibilou. "Eu é que deveria te perguntar isso," ela gritou.
Eu gemi. Essa garota é agressiva demais para o meu gosto. "Esta é a minha escola, ok? Se tem alguém novo aqui, tem que ser você."
Ella riu. "Vamos, Olive. É seu primeiro dia aqui. Você não deveria estar causando uma cena."
Revirei os olhos. Então ela é nova aqui. Olive me encarou perigosamente por um tempo. Eu não me deixei abalar pelo olhar dela. Encarei de volta. "Reze para que não nos encontremos de novo, porque se isso acontecer, eu vou te quebrar," ela disse. Meus olhos se arregalaram. Essa garota está me ameaçando? Ela passou por mim, me empurrando no processo. Senti um formigamento. Ela parou de se mover e me encarou. Meu lobo estava feliz e parecia que poderia pular para fora do meu corpo a qualquer momento. Revirei os olhos. Ela não pode ser minha companheira, certo? Estávamos ambos perdidos nos encarando e eu poderia jurar que vi faíscas nos olhos dela. Ella pigarreou, nos trazendo de volta à realidade.
Revirei os olhos. Ela me empurrou pela segunda vez, desta vez mais forte. Eu gemi. "Ei!!". Ela me ignorou e arrastou Ella com ela. Revirei os olhos. Há algo sobre essa garota que eu não consigo entender. Continuei olhando para ela até que ela desapareceu de vista. O cheiro dela ainda enchia minhas narinas. Suspirei. Nigel explodiu em gargalhadas e eu sibilei.
"De onde diabos você a conhece?" Ele perguntou.
Eu sibilei. "É uma longa história."
"Me conte todos os detalhes."
"Você vai ter que perguntar ao Google para isso," respondi e saí andando.
Ele correu atrás de mim. "Ei!!". Eu o ignorei e entrei na sala de aula. Algumas garotas acenaram para mim enquanto outras me olhavam.
Poucos minutos depois, Olive entrou na sala com Ella. "Oi, Nolan," Ella acenou.
Eu sorri e acenei de volta para ela. "Ela não é fofa?" Nigel sussurrou.
Franzi a testa. "Quem?"
"A garota Olive."
Eu sibilei. "E agressiva também."
Ele riu. "Você ainda não me contou como vocês se conheceram."
Revirei os olhos e peguei um livro. "O que temos agora?"
"Você está me ignorando? Hein?"
Levantei-me. "Acho que preciso pegar algo no meu armário," disse e saí da sala. Eu podia ouvir Nigel gemendo, mas não me importei.
**
Era hora do almoço. A maioria dos alunos estava fora da sala, deixando apenas eu, Nigel e Olive. Nigel estava ocupado com seu celular. Enquanto Olive escrevia algumas coisas. Pelo olhar no rosto dela, eu sabia que ela estava achando difícil o que quer que estivesse fazendo. Decidi oferecer ajuda. Levantei-me. Nigel levantou a cabeça. "Ei, para onde você vai? Não deveríamos esperar pela Bella?"
Revirei os olhos. Nigel e suas perguntas!! "Estamos esperando pela Bella."
"E para onde diabos você estava indo antes de eu te parar?"
Apontei para Olive. "Para ajudá-la."
Ele sibilou. "E desde quando você virou ajudante, Nolan?"
"Você não vê que ela está com dificuldade?"
"Eu sei. Posso ver claramente. Mas o que eu não entendo é como isso é problema seu?"
Revirei os olhos. "Só estou tentando ser legal."
Ele largou o celular na mesa. "Me diga. Tem algo que estou perdendo sobre essa garota? Você começou a ter sentimentos por ela?"
Eu ri. "Você está brincando comigo?". Sentei-me. "Olhe para a atitude dela. Ela é o tipo de garota que eu quero?"
"Não, isso é o que me surpreende. Nolan, o que está acontecendo?"
Eu ri. "Vamos lá, não é crime ajudar, certo?"
"Não, mas você tem certeza de que não está fazendo isso por algum motivo?"
Revirei os olhos. "Sim."
Ele me olhou desconfiado. "Sem segundas intenções."
Eu ri. "Nenhuma que eu possa pensar." Ele suspirou. "Posso ir agora?"
"Pode. Mas quando ela quebrar seu coração, não venha chorando."
Revirei os olhos. "Eu nunca disse que estava indo lá para convidá-la para sair."
"Eu também não disse isso."
"Tanto faz," murmurei. Deixei Nigel e fui até ela. "Oi." Ela levantou a cabeça. "Eu vejo que você está com dificuldade..."
Ela me interrompeu. "Eu nunca pedi sua opinião."
Eu gemi. "Você é sempre assim?". Ela franziu a testa. "Quero dizer, rude, atrevida..."
Ela colocou a mão na mesa e piscou os cílios. "Acho que você já passou do seu tempo aqui."
"O quê?"
"Você me ouviu e tenho certeza de que não é surdo." Revirei os olhos. "Saia!!" Ela gritou. Revirei os olhos. "Saia..."
"Você não precisa gritar, ok? Eu vou embora." Eu a deixei e fui encontrar Nigel, que estava nos observando. Eu sabia que ele ia rir. Era só uma questão de tempo. Ele não me decepcionou, pois começou a rir no momento em que cheguei ao nosso lugar. Eu o encarei.
"Eu te disse que era uma má ideia."
Eu sibilei. "Não é como se eu estivesse pedindo ela em namoro."
"Ela parece alguém que se importa?"
Eu gemi. "Nossa! Me sinto humilhado." Nigel riu. "Pare de rir. Não tem graça."
Ele fechou a boca com as mãos. "Eu simplesmente não consigo evitar."
Eu sibilei. "E onde está sua companheira?" Ele riu. "Ela já deveria estar aqui. O que está demorando?"
"Ei, não despeje sua raiva na minha companheira."
Eu sibilei. "Se ela não estiver aqui nos próximos cinco minutos, eu vou embora."
Ele riu. "Falando no diabo." Eu me virei para a porta. Bella estava vindo em nossa direção. Eu sorri. Essa é minha prima. Gosto do jeito que ela se comporta.
"Oi, primo. Oi, amor." Ela nos beijou, mas passou mais tempo beijando seu companheiro.
Eu gemi. "Tem solteiros aqui, lembra?" Eu olhei para Olive para ver sua reação. Surpreendentemente, ela também estava me olhando. Mas desviou o olhar quando eu me virei. Eu ri.
"Alguém está apaixonado?" Bella perguntou.
Franzi a testa. "Quem está apaixonado?"
Ela riu. "Você, claro. Viu como você estava olhando para o garoto ali. Não me diga..." Eu olhei para Nigel e começamos a rir. "O quê? Estou perdendo alguma coisa?"
"Ele é uma garota. Desculpe, ela é uma garota," Nigel respondeu. Eu estava ocupado demais rindo para pensar na melhor resposta para a pergunta dela.
Ela estreitou os olhos. "Você está falando sério?" Eu assenti. Ela riu. "Eu suspeitei quando entrei. Ela é muito fofa para ser um garoto."
Nigel revirou os olhos. "O que você quer dizer? Que garotos não são fofos?"
Eu ri e relaxei. Outra briga de casal está prestes a começar. "Não, eu só estava dizendo que ela parece uma garota..."
"Isso não justifica suas palavras."
"Vamos, amor. Eu não quis dizer desse jeito."
Revirei os olhos. Conversa chata de casal. Levantei-me. "Quando vocês terminarem de discutir, sabem onde me encontrar."
Nigel me chamou mentalmente. "Oi, Nolan. Não terminamos de conversar."
Eu sibilei. "Ela é sua companheira, não minha. Resolva isso."
**
O resto do dia na escola não foi como costumava ser para mim. Eu não conseguia me concentrar na aula. Passei a maior parte do tempo olhando para Olive. Ela me encarava a cada oportunidade que tinha, mas eu estava tão perdido olhando para ela que não me importava. Nigel continuava me cutucando. Quando chegou a hora de ir para casa, meu lobo choramingou. Ele não queria parar de olhar para nossa suposta companheira. Eu nem tinha certeza se ela era nossa companheira ainda. Mas esse sentimento que estou tendo agora me faz sentir que ela tem que ser minha companheira. "Chega de olhar, vamos para casa," Nigel disse.
Revirei os olhos e me levantei. "Eu não estava olhando."
"Estava sim."
Eu sibilei. "Me encontre no carro."
Ele me puxou de volta e eu o encarei. "O que você está escondendo de mim?"
Eu gemi. "Nada."
Ele sibilou. "Nolan, eu te conheço muito bem. Você está escondendo algo."
Revirei os olhos. Há muitas coisas escondidas de você, Nigel. "Não estou," respondi.
"Ela é sua companheira?"
Revirei os olhos. "Não."
Ele riu. "Ela é sua companheira."
"Ela não é."
"Sim, ela é." Ele apontou para o meu rosto. "Você vê esse olhar, eu ainda me lembro dele."
"Eu não sei do que você está falando."
Ele riu. "Dois anos atrás. Quando eu te ajudava a sair escondido da casa da alcateia." Eu gemi. "Eu não acho que ela sabe que você é quem ela salvou alguns anos atrás."
Eu sibilei. "Ela não é a mesma. Muita coisa mudou nela."
Ele riu. "Alguém finalmente aceitou a verdade."
Franzi a testa. "Que verdade?"
"Que ela é sua companheira."
Eu sibilei. "Ela é muito agressiva."
Ele riu. "Ela já sabe?"
"O quê?"
"Que ela é sua companheira." Eu balancei a cabeça. "Acho que você deveria contar a ela."
Eu sibilei. "Que diferença isso vai fazer?"
"Você nunca sabe."
"Eu não posso."
"Vamos, você pode."
"Acho que é uma má ideia."
"Não é, confie em mim."
Eu suspirei. "Eu confio em você. Vou contar a ela amanhã."
Ele riu. "Esse é o meu garoto."
**
Quando voltamos para a casa da alcateia, eu tive que ensaiar como vou contar a ela que ela é minha companheira. Fiquei andando de um lado para o outro no quarto tentando encontrar as palavras perfeitas para dizer. Eu podia ouvir um telefone tocando, mas não era o meu. "Tem que ser o outro que eu geralmente guardo no armário." Peguei o telefone e verifiquei quem estava ligando. Eu gemi. Acho que vou ter que ensaiar amanhã. Agora, o trabalho chama.