




9
Ximena era a única que restava na carruagem.
Ainda olhando ao redor de forma ingênua, ela segurava sua bolsa firmemente contra o peito e rezava para não ser vendida ou algo assim. Para onde estavam indo? Todas as outras pessoas já haviam descido em seus destinos; mas lá estava ela - ainda seguindo. Era assim que ela iria sobreviver? Sendo ingênua o tempo todo?
Seu coração começou a bater mais forte, especialmente quando a carruagem parou de se mover.
Espere; por que parou?
A próxima coisa que ouviu foram passos pesados e o rosto do cocheiro finalmente aparecendo diante dela.
"O que você acha que está fazendo, mocinha? Por que não desceu junto com os outros?" Ele resmungou.
Sério?? Esse era o melhor lugar que ele poderia parar para trazer à tona tal confronto? - Ximena pensou, percebendo o quão arborizado o lugar era.
"Uhm... Bem, você nunca me disse para descer?" Ela coçou a nuca, sabendo que sua resposta era tão fraca quanto um homem aleijado.
"Do que você está falando?" O homem gorducho zombou. "Tudo bem, agora, saia da minha carruagem. Agora!"
"O quê??" Ximena se assustou. "Você... você não pode simplesmente me deixar aqui... Quero dizer, eu não consigo ver uma única casa por perto."
"Isso não é da minha conta, mocinha. Sua viagem acabou. Agora, saia da minha carruagem antes que eu te tire à força. Tenho outro lugar para ir."
"Oh! Vamos, senhor. Se você me deixar aqui, não há como eu te pagar porque..."
"Eu não preciso mais do seu pagamento. Apenas saia da minha propriedade!" Ele gritou, e quando Ximena hesitou, ele subiu na carruagem e começou a puxá-la para baixo.
"Não!! Me solte!! Me solte!!" Ela tentou lutar com ele, mas foi inútil considerando sua força, e rapidamente, ele conseguiu puxá-la para fora.
"Seu canalha!" Ximena xingou. "Você é tão sem vergonha, sabia? Mostrando seu pequeno poder sobre uma mulher; vergonha de você!" Ela segurava sua bolsa firmemente contra o peito, com medo de que fosse roubada.
"O que você disser" o homem gorducho bufou e voltou ao seu assento, partindo com o cavalo imediatamente.
"Maldito seja!!" Ela gritou atrás dele. E quando terminou, estava ofegante como um cervo que acabara de escapar de um caçador.
Depois, ela olhou ao redor - seus olhos encontrando nada além de mato. Oh, Deus! O que ela faz? Para onde vai a partir dali?? Quem vai ajudá-la?
Ela começou a suar. E percebendo que não havia como voltar, decidiu apenas caminhar - caminhar até encontrar alguém - ou algo que pudesse ajudar.
Ximena teve que caminhar um longo caminho antes de ver uma trilha que parecia levar a algum lugar. Ela soltou um suspiro de alívio, limpando o suor que ocupava seu rosto. Ela nunca teve que caminhar tanto em toda a sua vida. Não era nada fácil.
Ela decidiu seguir a trilha e ver onde isso a levaria - talvez à casa de alguém ou a um lugar onde pudesse conseguir algo para comer. Ela continuou caminhando por ela, seus olhos vasculhando ao redor para ter certeza de que não seria mordida por algo que odiava.
Ela não podia acreditar que estava passando por tudo isso, apenas por causa do monstro que matou seus pais. Querido Deus; quanto ela o odiava! Agora, ela mal podia esperar para executar seus planos de ser a pessoa a cravar uma estaca em seu coração sombrio!
Depois do que pareceu uma eternidade para Ximena, ela finalmente viu algo diferente - algo que significava que estava perto de encontrar humanos...
Era um rio. Mas não apenas um rio; havia um rapaz sentado em frente a ele.
Ela parou, notando o humor sereno em que ele estava. Observando-o por trás, ele parecia quase como se estivesse em um mundo diferente - como alguém perdido em pensamentos. Quem era ele?
Ela pensou em ir embora, considerando o quão reservado ele parecia. Mas, igualmente pensando no esforço que teve para encontrar apenas um humano, ela reconsiderou.
Nir, por outro lado, soube no exato momento em que alguém parou atrás dele. E saindo de seus pensamentos, ele virou a cabeça para dar uma olhada.
Agora, a diversão está começando.
Amo vocês todos 💋💋💋