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Capítulo Oito

Sabrina desembarcou no Aeroporto de Villafranca, em Verona, e foi recebida pelo motorista-chefe de Montgomery, que havia recebido uma descrição de Sabrina por Scarlet. Enquanto Scarlet esperava por ela, decidiu descobrir algo que a estava incomodando. Na última semana, todos a deixaram sozinha, dando-lhe tempo para aceitar a notícia de seu noivado. Ela permaneceu em sua ala da mansão, refletindo sobre as coisas. Ela também se recusou terminantemente a falar com qualquer pessoa, especialmente com seu pai. Ela estava magoada.

Ela caminhou descalça até a parte da mansão de Mario, que ficava perto dela. Ao chegar à porta do apartamento dele, bateu, e a porta se abriu quase imediatamente, como se Mario estivesse esperando por ela. Mario agarrou sua irmã e a abraçou apertado. Ele sabia exatamente o que ela estava passando. Papai havia contado a ele sobre o noivado dela alguns anos atrás e o fez jurar segredo. Todos estavam juntos nessa, mas a única diferença era que ele sabia com quem iria se casar, enquanto Scarlet não.

"Sinto muito, mana, pela sua dor". Ele confortou a irmã, ainda a abraçando.

Ele não suportava vê-la sofrendo. Eles só tinham um ao outro e sempre dependeram de si mesmos.

"Espera, Mario, você está tentando dizer que já sabia o que estava acontecendo e nunca disse nada?" Scarlet disse, tentando avaliar a expressão no rosto do irmão. Mario, inquieto, olhou para Scarlet com uma expressão desolada.

"Eu sabia, mana, mas não podia te contar. Você tinha que descobrir por si mesma". Scarlet olhou para o irmão, horrorizada. "Então eu sou a única no escuro nesta casa. Como pôde, Mario? Eu te conto tudo—meus segredos mais sombrios. Eu até te contei sobre o Alless!" Scarlet continuou despejando sua mágoa enquanto Mario permanecia em silêncio, ouvindo-a sentir toda a sua dor. Eles eram tão conectados. Ele tentou levá-la para dentro, mas Scarlet resistiu. "Você tem algo a me dizer sobre o tal noivado e sobre esse novo ser que sinto dentro de mim?"

"Desculpa, não posso, mana; você tem que descobrir por si mesma porque você é a escolhida." Mario disse com um tom de firmeza na voz, espelhando a expressão de Leonard.

Este não é o irmãozinho que conheço. Ele cresceu, e há algo desconhecido nele agora. Scarlet refletiu e continuou olhando silenciosamente para Mario. "Nesse caso, te vejo mais tarde. Sabrina já deve estar aqui. Te vejo lá embaixo". Scarlet deixou o irmão parado na porta com um aceno de mão. Este era Mario; ela não conseguia ficar com raiva dele. Ela mascarou sua expressão e saiu.

Mario permaneceu parado na porta depois que Scarlet saiu com uma expressão estranha no rosto. Oh, minha irmã, eu queria poder tirar essa dor. Mas você tem que suportá-la sozinha. Esta é a única maneira. Mario voltou para dentro de seus aposentos para se preparar para o jantar.

Enquanto isso, Sabrina acabava de ser conduzida pelos portões da mansão de Montgomery. Com ela estava outra pessoa que o motorista não conhecia. Um jovem muito bonito e distinto que a Srta. Sabrina havia pedido para trazer junto.

Olhando ao redor dos terrenos da mansão, Sabrina sorriu. Que imagem! Era exatamente como Scarlet havia descrito. Ela sentiu como se já tivesse estado ali antes.

Ela saiu do carro e se inclinou para sussurrar algo para o homem dentro. O homem acenou com a cabeça e permaneceu sentado no carro.

Scarlet e Nana eram as únicas presentes para receber Sabrina na varanda. Ao avistar Sabrina, Scarlet correu e a encontrou no meio do caminho, dando-lhe um abraço de urso.

"Oh, querida, você conseguiu. Estou tão feliz."

"Querida, estou aqui agora; tudo vai ficar bem." Sabrina abraçou Scarlet emocionada.

Ela amava essa garota e não suportava vê-la triste. Afastando-se uma da outra, Scarlet apresentou Nana a Sabrina. "Dra. Sabrina Fox, eu sei quem você é. Minha Scarlet não para de falar sobre você. Venha aqui." Sabrina foi para o abraço acolhedor de Nana. "Uma amiga de Scarlet também é minha filha. Bem-vinda à família".

"Obrigada, Nana. Estou feliz por finalmente conhecê-la."

"Querida, vamos entrar; todos estão esperando!" "Nana, você poderia nos dar alguns minutos? Tenho algo para mostrar a Scarlet no carro". "Vão em frente e entrem rápido". Nana acenou para elas e ajudou o motorista com as bagagens.

"Querida, o que você tem para me mostrar?" Scarlet perguntou rindo para Sabrina, que a estava levando pela mão até o carro à espera. "Você não precisava trazer nada". "Apenas me siga." Elas continuaram até chegarem ao carro aberto. O homem no veículo saiu do carro, abotoando o paletó com uma mão no bolso. Scarlet ficou parada, vendo o homem. "Alless!" "Scarlet!" Eles exclamaram juntos. As semanas sem se verem estavam se dissipando. A pura alegria em seus rostos convenceu Sabrina de que ela havia feito a coisa certa.


No Aeroporto de Villafranca, Sabrina esbarrou em Allessandro. "Ei, olha por onde anda!" "Você que olhe por onde anda". Alless estava apenas observando seu parceiro dos EUA embarcar no avião quando viu uma garota muito bonita, uma estrangeira, esbarrar nele. "Allessandro Rossi!" Ele ficou surpreso quando a garota exclamou seu nome. "Nós nos conhecemos?" Alless perguntou defensivamente. Embora fosse popular nos círculos de negócios internacionais, ele gostava de ser anônimo quando estava em Verona. Ele odiava a publicidade e os olhares adoradores das mulheres que sabiam o quão rico ele era. Então, aqui em Verona, ele se vestia moderadamente e, na maioria das vezes, saía sem seu séquito. Mas essa garota? Como ela o reconheceu?

"Claro que eu te reconheceria em qualquer lugar! Você é exatamente como ela disse que você era!" "Ela?" "Sim, minha melhor amiga, Scarlet Montgomery!" Ao ouvir o nome de Scarlet dessa estranha, Alless sentiu uma dor surda no coração. "Você conhece a Scarlet? Onde ela está? Eu tenho procurado por ela há semanas." Alless implorou para segui-la para ter ao menos um vislumbre dela, e Sabrina, que ouviu muitas histórias sobre Allessandro de sua amiga, achou que trazer Alless seria o melhor presente que poderia oferecer à sua amiga agora. Ela estava certa. Vendo o olhar de adoração em seus rostos.

"Hmmmm", Sabrina tossiu. "Desculpe interromper o transe; acho que vocês dois devem continuar daqui. Eu fiz minha parte. Querida, te vejo mais tarde."

Scarlet tirou os olhos de Alless e olhou para sua amiga timidamente. "Obrigada, querida; te vejo mais tarde."

Quando Sabrina os deixou, Alless e Scarlet continuaram a se olhar. Alless tomou a iniciativa. Ele puxou Scarlet para dentro do carro e assumiu o volante, mesmo não sendo seu carro. Ele não se importava. Ele dirigiu rapidamente para fora dos portões da mansão. O motorista, que viu o que estava acontecendo, se moveu para parar o carro, mas Sabrina o interceptou. "Deixe-os." "Ok, Srta. Sabrina, se você diz."

Quando saíram dos muros de Montgomery, Alless diminuiu a velocidade, mas continuou dirigindo. Depois de dirigir por dez minutos, ele parou o carro sob a sombra de árvores. Desligando a ignição, ele se virou e olhou para Scarlet, que estava em silêncio durante toda a viagem. "Eu senti sua falta. Por que não consegui te encontrar? Onde você estava?" Alless, enquanto falava, passava as mãos pelo rosto de Scarlet, tocando seus lábios, seu cabelo e seus olhos. Scarlet olhou para os olhos azuis que tinha visto tantas vezes em seus sonhos e deu um grito! Colocando suas delicadas mãos ao redor de Alless, ela o abraçou apertado e começou a chorar. "Eu senti tanto a sua falta; sonhei com você todos os dias. Por favor, me segure; nunca me deixe ir."

Ela continuou chorando. Alless a segurou e deixou que ela desabafasse. "Deixe-me olhar para você", Alless desfez os braços dela de seu pescoço e viu que seu rosto estava um desastre, mas em vez de se sentir repulsado, seu coração se revirou ao ver seus olhos verdes, que começavam a emitir um tom amarelado. Meu Deus, esta é a mulher que eu estava procurando! Ele não pôde se conter; inclinou-se e deu-lhe um beijo profundo na boca. Com um gemido, ele aprofundou o beijo, e Scarlet abriu a boca e respondeu. O beijo parecia durar para sempre. Enquanto ainda se beijavam, os olhos azuis de Alless começaram a brilhar enquanto o âmbar nos olhos verdes de Scarlet se tornava mais profundo. Eles não sentiram as mudanças porque estavam completamente perdidos um no outro.

Ainda agarrados um ao outro, ambos exclamaram! "Eu te amo!" Eles se separaram e se olharam. Alless, olhando para o rosto adorável dela, disse: "Eu te amo, Scarlet. Desde a primeira vez que te vi. Sonhei tanto com você que parece que estamos juntos a vida toda". Scarlet olhou para Alless incrédula. "É exatamente assim que me sinto. Também sonhei com você. Se eu te contar o que sonho, você não vai acreditar". Scarlet disse timidamente. "Você sonha com nós dois nos braços um do outro? Fazendo amor e outras coisas incríveis?" "Como você sabe disso? Não me diga que teve exatamente os mesmos sonhos." Alless riu da expressão dela. "Você não precisa ficar assim, meu amor; era real; eu estava em todos os sonhos que você teve. Tudo o que fizemos nos sonhos era verdade, e eu estava lá! Eu sei exatamente como você é e tudo, e acredito que você também sabe tudo sobre mim. Embora não tenhamos sido fisicamente íntimos, esse relacionamento foi consumado. Eu não sei como, mas sinto isso em cada fibra do meu ser." Com um acordo tácito, eles voltaram para os braços um do outro. Segurando-se firmemente. E ficaram assim, respirando o cheiro um do outro. "Mas Alless", Scarlet começou, "o que vamos fazer? Estou noiva!" Ao ouvir isso, Alless olhou para Scarlet com apreensão. "Você também? Eu também estou noivo."

Eles se olharam com medo. "O que vamos fazer?" Exclamaram em uníssono.

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