




Capítulo 5 A conspiração revelada
Mesmo que ficar com George não fizesse parte dos seus planos, Emma não conseguia se livrar da culpa que sentia naquele momento.
Anna estava deitada nos braços de George, parecendo toda inocente e frágil. Ela olhou para Emma com mágoa nos olhos e sussurrou: "Emma, se você gosta do George, poderia ter me contado. Eu não teria brigado com você por ele. Mas por que você teve que fazer isso pelas minhas costas?"
"Anna, não fui eu..." Emma tentou explicar.
"Se não foi você, então quem foi?" Jerry gritou.
Jerry balançou uma cadeira com raiva no quarto do hospital, e Emma instintivamente se encolheu, suas mãos protegendo a barriga.
"Saia agora! Quer apanhar aqui?" A voz fria de George cortou a tensão.
Jerry congelou, e Emma evitou por pouco um golpe feio.
Emma estava em agonia, tanto física quanto emocionalmente, com as palavras duras de Olivia ecoando em sua mente. Pelo canto do olho, ela viu George segurando Anna ternamente, o que só aumentou sua dor.
Ela lutou para se levantar e se dirigiu à sala de emergência para tratamento, na esperança de clarear a mente.
Depois de ser enfaixada, a dor física diminuiu um pouco, mas a dor emocional só aumentou.
Ela saiu da sala de emergência e foi ao banheiro, onde acidentalmente ouviu uma conversa baixa em uma das cabines. As vozes eram fracas, mas familiares, fazendo-a parar no meio do caminho.
"Se eu não tivesse ido para o quarto errado naquela noite, eu estaria com George! Como aquela caipira teve tanta sorte? Só de pensar no George com ela me dá nojo!" Era a voz de Anna, cheia de raiva e ressentimento.
'Caipira? Ela está falando de mim?' Emma ouviu em silêncio.
"Isso realmente me irrita! Planejei tudo tão cuidadosamente, colocando algo na bebida do George e chamando a mídia na manhã seguinte para nos pegar juntos, forçando Charles da família Russell a concordar com nosso casamento. Mas eu errei o número do quarto e acabei com um bandido, enquanto Emma teve sorte!" Anna bufou.
"Não se preocupe, George só tem olhos para você." A risada fria de Olivia seguiu. "Se não fosse pela medula óssea dela ser compatível com a sua, nunca a teríamos adotado. Ela é um ninguém. Como ela ousa competir com você por um homem."
Emma sentiu como se uma faca tivesse sido cravada em seu coração enquanto ouvia do lado de fora da porta. Chocada e magoada, as memórias daquela noite horrível voltaram à tona. Ela queria continuar ouvindo, mas o medo quase a paralisava.
"Eu vou fazer George se divorciar dela!" A voz de Anna, carregada de raiva e arrependimento, perfurou o coração de Emma.
"Anna, você precisa se acalmar," Olivia disse suavemente. "Temos muito tempo. Mais cedo ou mais tarde, faremos ela perder tudo. Você viu como George tratou Emma com desprezo mais cedo. Está claro que George só se casou com Emma por causa de Charles. Assim que tiver a chance, George definitivamente se divorciará dela e se casará com você."
"Sim, eu vou fazer ela entender que George só me ama." O tom de Anna ficou mais determinado.
As mãos de Emma se fecharam inconscientemente. Ela de repente percebeu que os laços familiares nos quais confiava eram tão falsos. Até mesmo seu casamento era resultado das maquinações de outra pessoa.
"A propósito, Anna," a voz de Olivia veio novamente, "mais tarde, ligue para George e diga que depois que ele saiu, Emma veio ao hospital e agiu com arrogância. Você precisa fazer George sentir pena de você, para que possa ganhar o coração dele e se tornar sua esposa."
Esses esquemas e armadilhas fizeram Emma se sentir tonta. A dor e o desespero corroíam sua determinação, quase a dominando. Lágrimas ameaçavam cair de seus olhos, mas a raiva fervendo em seu coração as mantinha afastadas.
Já que a família Jones não se importava com ela, por que ela deveria se importar com esses laços familiares? Ela não tinha mais preocupações e falou diretamente, com dureza, "Anna, enquanto eu estiver viva, você nunca se tornará a esposa de George!"