Capítulo 3 Você não é bem-vindo
A neta do cara mais rico de Eldoria? Dinheiro fácil, mas era um tédio. Adeline só deu de ombros. "Não, deixa pra lá."
Depois de riscar todos os itens da sua lista de afazeres, Adeline tomou um banho, pegou uma Coca na geladeira e se jogou na cama, pronta para começar sua noite divertida.
'Em famílias como os Livingstons, os herdeiros são moldados desde o primeiro dia, com médicos particulares cuidando da dieta e saúde deles. Que tipo de doença esquisita ele tinha?' Quanto mais Adeline pensava nisso, mais animada ficava. Ela vivia para trabalhos difíceis como esse.
Eldoria estava bombando este mês. O cara mais rico estava à procura de sua neta, e o herdeiro de uma família importante estava procurando um médico. Todo mundo estava correndo para se aproximar deles.
Diziam por aí que um médico milagroso estava escondido em Eldoria.
As histórias sobre o médico eram lendárias. Quase ninguém o tinha visto, e as histórias eram meio vagas. Mas mesmo assim, o pessoal em Eldoria estava empolgado.
Depois de aceitar o trabalho na noite anterior, Adeline se levantou ao amanhecer, pegou uma bicicleta compartilhada e pedalou até o Caesar Hotel. Ela achava que tinha terminado com a Família Martinez depois que eles a dispensaram ontem, mas acabou encontrando-os novamente.
Uma voz familiar soou ao seu lado. "O que você está fazendo aqui?"
Era sua mãe adotiva, Angela Jones, cheia de desdém, nem se dando ao trabalho de chamá-la pelo nome.
Adeline olhou e viu um monte de gente parada por perto.
Lá estava seu pai adotivo, Henry Martinez, alguns parentes da família Jones e Stella, que tinha acabado de ser trazida de volta. Todos estavam ao redor dela.
Stella estava ajudando um senhor, falando toda doce.
O velho parecia muito satisfeito com Stella, acariciando sua mão como um avô elegante.
Angela claramente não queria que o grupo atrás dela visse Adeline, então se colocou na frente dela. "Estou perguntando; o que você está fazendo aqui?"
Angela tentou manter a calma, mas sua voz traiu seu nervosismo.
"Adeline, nós deixamos claro para você ontem. Seus pais biológicos estão no interior. Por que você não vai encontrá-los? O que está fazendo no Caesar Hotel?" Ela achava que Adeline os tinha seguido e estava rondando, esperando que eles aparecessem.
"Se você acha que dez mil não é suficiente, posso te dar mais." Os olhos severos de Angela se fixaram em Adeline, que estava vestindo uma camiseta simples e jeans, sem maquiagem, e uma mochila solta pendurada no ombro.
Angela pensou, 'É assim que ela está vivendo depois de sair da Família Martinez? Está sem dinheiro?'
Angela respirou fundo e baixou a voz. "Eu entendo. Você não quer voltar para o interior porque está acostumada com a vida boa, mas não precisamos mais te sustentar. Aqui está um cartão com cinquenta mil. Pegue e suma."
Adeline olhou para ela, tentando cortar os laços. Com uma mão no guidão da bicicleta, ela levantou uma sobrancelha casualmente, prestes a falar.
"Angela, quem é essa? Você a conhece?" Sara Cooper, uma senhora de cabelos prateados, se aproximou, seus olhos cheios de dúvida e escrutínio.
Angela rapidamente disfarçou, "Ela é apenas uma parente distante. Nos encontramos por acaso. Achei que ela era só uma criança e quis ajudar."
Sara assentiu, satisfeita, e então olhou para Stella. "Ela também é uma boa menina."
Stella deu a Angela um olhar triste, querendo dizer algo, mas permanecendo em silêncio, apenas abaixando a cabeça gentilmente. "Mamãe sempre me ensinou a ajudar os outros. É a coisa certa a fazer."
"Muito bem." Sara ficou ainda mais satisfeita e apontou para Henry. "Você tem uma boa filha."
Henry estava pensando se deveria revelar a identidade de Adeline.
Mas depois de ouvir o elogio de Sara, Henry não hesitou. "Stella aprendeu bem."
Henry caminhou até Angela e disse, "Eu cuido disso. Você vai para dentro. Não se preocupe com os parentes."
Angela olhou para Adeline e suspirou. "Tente fazer Adeline entender. Essa menina teve uma vida difícil."
Ela parecia simpática, mas seus olhos gritavam que Adeline não era bem-vinda e deveria sair o mais rápido possível.