




Capítulo 1
"O que é isso?!"
O enorme braço se enrola ao meu redor. Olhei ao redor, ninguém passava por aqui porque estávamos atrás da cafeteria.
Droga!
"Me solta! Quem é você? O que você quer de mim? Já pagamos a dívida da minha tia! Você está enganado, eu não sou filha de um homem rico, me solta! Vai se ferrar!"
Usei toda a minha força para chutar e pisotear, tentando me soltar dos homens de terno preto. Eles tinham fones de ouvido, estavam até de óculos escuros, pareciam homens de preto. São seguranças!
Seguranças de quem?! Droga, a Carol e eu pagamos a dívida da tia para as gangues e os agiotas!
Fechei os olhos com força. Eles não vão vender meus órgãos, vão?
"Vocês não podem usar meus órgãos, eu não sou saudável! Não durmo direito. Gosto de coisas azedas e doces, então meu fígado está ruim!" Minha cabeça parecia que ia explodir e eu cuidaria disso em algum lugar.
Não parece que meu destino é ser vendida só por dentro? Crianças geralmente são, diferente de mim que tenho vinte e sete anos! Ainda posso vender o corpo, mas não a carne!
Droga, Leigh, o que estou pensando!
"Ei, por que vocês não me soltam?!"
"A pele dessa mulher." disse com nojo o homem que me segurava.
"Segura ela, o chefe precisa dela." disse outro.
"Por que vocês não me soltam! Seus animais! Me soltem!"
"Animais! O que vocês têm a--" Não terminei o que o homem ia dizer, ele cobriu minha boca.
"Droga. Que barulheira!" gritou ele, irritado.
Barulheira? Mordi o dedo que cobria minha boca para que ele me soltasse. Ele me soltou.
Pisei no pé dele. Chutei seu peito por trás, quando ele me soltou, corri.
Não tinha ido longe quando alguém agarrou meu pulso, me puxou. Lutei, mas os outros seguranças me seguiram e agarraram minha outra perna. Eles me seguraram.
Como sou magra, não consegui resistir.
"Quem são vocês para me soltarem! Eu não sou rica, vocês não vão conseguir nada de mim!"
"Filhos da mãe! Me soltem!" gritei, revoltada, quando eles não me soltaram.
A parte de trás da cafeteria parecia um terreno baldio com filmes condensados, por que ninguém podia ouvir meus gritos?!
Onde está a Chona?!
Quando eu preciso dela, ela some!
"Ria--" Não terminei de gritar, pois cobriram minha boca novamente com um lenço, havia um cheiro forte ali.
Entrou no meu nariz, em poucos segundos desmaiei. Eles afrouxaram o aperto em mim. Tentei lutar novamente, mas não consegui porque minhas pálpebras ficaram pesadas e tudo ao redor escureceu.
Fiquei chocada ao ouvir passos se aproximando. Mesmo com a visão turva, esfreguei os olhos para ver claramente onde estava e o que estava acontecendo.
Minha testa franziu ao ver o teto e as paredes cinzas. Olhei para a cama macia onde estava deitada. O cobertor e o travesseiro eram pretos. Olhei ao redor do quarto. Havia aparelhos modernos como armários, mesas, sofás e mais. Pelo aspecto, parecia caro.
Onde estou? Será que tudo foi um sonho? Droga. Isso não é um sonho porque nosso quarto não é tão bonito! A casa da tia não é assim!
"Finalmente, você acordou." disse uma voz abafada. Ele estava parado na porta, me encarando.
Olhei para ele. Sua camiseta preta era tão justa que cobria seu corpo musculoso. Seu cabelo cacheado estava um pouco bagunçado.
Seu nariz era afilado, seus lábios finos e vermelhos eram atraentes de se olhar. Sua mandíbula era bem definida. Meus olhos voltaram para seus olhos negros profundos. Parecia uma mistura de raças por causa das feições do rosto.
Não sei por que, mas consegui me sentar enquanto ele me olhava.
Engoli em seco quando ele lambeu os lábios depois de me examinar.
"Q-quem é você?" gaguejei a pergunta. Droga, por que minha voz amoleceu?
"Seu almoço chegará em breve, descanse." disse ele. Sua voz era baixa.
"E-espera! O que você quer de mim?! Eu não sou rica! Você não vai conseguir nada de mim!" parei e o examinei.
"E-ele não parece uma pessoa má ou um líder que vende carne."
Um sorriso fantasmagórico se formou em seus lábios.
Meus olhos se arregalaram quando ele se virou de costas para mim.
"O-o que?! Fale comigo!" gritei com toda a força dos meus pulmões.
"Minha tia te deve alguma coisa? Podemos conversar sobre isso! Eu pago! Não precisa acabar assim!"
Cobri minha boca quando ele se virou, ainda sorrindo.
Ele caminhou em minha direção. Eu o encarei o mais próximo possível. Esse homem é realmente alto, mais bonito de perto. E ainda por cima, cheiroso!
"Eu não preciso do seu dinheiro, sou milionário."
Minha testa franziu. "O-o que você quer de mim?"
"Você está aqui para me dar prazer." ele pausou.
"Precisamos que você nos dê prazer." ele corrigiu.
Quando ele terminou de falar, se virou e saiu do quarto. Me deixando perplexa.