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4- Confrontando James

Eu saio atrás dela e abro a porta do passageiro. Jade está radiante, como uma modelo de revista.

  • Meu Deus, você vai se casar? Você está deslumbrante!

  • Obrigada, querida – diz Jade sorrindo. – Na verdade, quero a mesma reação dos olhos do Cameron.

  • Não se preocupe, ele vai ficar louco por você – digo a ela. Ela sorri.

  • Droga, esqueci minha identidade, deixei na minha carteira. Não quero entrar em casa de novo – explica Jade, dirigindo e falando comigo. – Meu pai disse que vai receber uma convidada hoje à noite. Não quero ver a nova namorada dele.

  • Minha mãe também está saindo com alguém e estou morrendo de curiosidade para saber quem é. Entendo melhor agora como você se sente – explico à minha amiga. Continuamos dirigindo e vejo as luzes das casas no condomínio onde moro.

  • Bem, somos opostas nisso. Não me importo nem um pouco com a vida amorosa do meu pai – diz Jade. – Definitivamente não quero conhecê-la.

  • Vick, você pode entrar no meu quarto e pegar minha identidade e carteira? – Ela pergunta enquanto dirige pelo bairro dela. Nesse momento, estacionamos em frente à casa de Jade.

  • Ok, espera aqui – saio do carro.

Entro na casa luxuosa de Jade, subo as escadas, entro no quarto da minha melhor amiga e pego a bolsa dela, onde estão sua identidade e carteira de motorista. Estou descendo as escadas quando ouço gemidos vindos do quarto ao lado. Não consigo resistir à curiosidade e, ao me aproximar, vejo pela porta entreaberta uma mulher nua, beijando o pai de Jade, minha mãe.

Saio da casa de Jade sem palavras e entro no carro.

  • Pronta? – pergunta Jess.

  • Sim – respondo, sem palavras.

Jade beija Cameron, e durante a noite eles não conseguem tirar as mãos um do outro. No restaurante, o ambiente é acolhedor e a música agradável, mas não consigo parar de pensar em James e minha mãe fazendo sexo. O que me incomoda mais: o pai de Jade ser o namorado da minha mãe ou o fato de ele ter uma namorada? Não digo uma palavra a Jade sobre o que vi.

  • Jade, você se importa se eu for embora? Podemos nos ver amanhã cedo, se você quiser?

Jade me olha surpresa, depois vira o rosto para Cameron, sorrindo levemente.

  • Tudo bem, você pode ir com meu carro, e Cameron me leva para casa.

  • Não precisa, posso chamar um táxi.

  • Não, leve meu carro – Jade insiste e me dá as chaves.

  • Ok, vejo você amanhã – digo, beijando-a na bochecha e me despedindo de Cameron com um leve sorriso.

Mas assim que entro no carro, não dirijo para minha casa, preciso confrontar a situação.

Ao chegar em casa, minha mãe não está mais na casa de Jade, mas o pai da minha amiga entende exatamente o que estou fazendo ali.

James me pede para não contar nada a Jade.

  • Não se preocupe, não direi uma palavra – respondo, agindo com raiva.

  • Vim aqui procurar minha mãe, mas vejo que ela não está mais aqui – digo, abro a porta e saio da casa.

  • Vicki, por favor, precisamos conversar – James me segue pelo jardim.

  • Não é da minha conta. Não importa – digo.

Saio da casa de Jess, mas pego o carro dela novamente. Não posso esperar por um táxi estando perto dele, e não consigo entender por que estou tão brava com ele. Dirijo até a lagoa e ele me segue.

  • Vicki, por favor, deixe-me falar com você – diz James, me seguindo assim que saio do carro, caminhando em direção à lagoa.

  • Não quero falar com você, não me importa o que você faz com minha mãe.

  • Você está errada, Vicki, está com ciúmes da sua mãe? – Ele diz, e eu congelo. Meu coração bate rápido e não consigo pensar direito, mas ele pega minha mão e vira meus ombros para me fazer olhar para ele.

  • Por que você está tão chateada? É porque ela é sua mãe? Ou é porque não é você?

  • O que você está tentando me dizer? – pergunto, confusa.

  • Estou com ela apenas porque ela me lembra você. Porque ela é a mais parecida com a sua beleza que eu posso ter – confessa James, tocando meus lábios. Ele me toca, à beira da paixão. Fecho os olhos e finalmente sinto o objeto dos meus desejos.

Quando o beijo, sinto meu coração bater rápido como sempre quis beijá-lo desde o momento em que o conheci. Só percebo isso agora, e sua pele é tão masculina, seu toque, o gosto de sua boca. Eu me perco em seus lábios e ele pode sentir o quanto eu o desejo, porque continua tocando minha cintura e me beijando com fúria e paixão, como se compartilhássemos o mesmo desejo de estarmos juntos. Esse desejo ardente que não consigo acreditar e nego totalmente a possibilidade de ele estar com outra mulher que não seja eu, mesmo que essa mulher seja minha mãe. Eu o quero para mim.

"Eu quero você" ele diz, como se pudesse ler minha mente. "Sempre quis você, só você, minha Vicki."

"É melhor que queira, porque agora você vai deixar minha mãe se quiser ficar comigo" digo a ele.

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