




Capítulo 11: Primeiro encontro (2)
★SELENA★
Minha raiva borbulhava como uma tempestade tempestuosa enquanto o barman fazia sua saída apressada, deixando meu copo vazio e meu desejo por mais uma tequila insatisfeito. Apesar de já ter consumido oito copos da potente bebida, eu me via ansiando por mais. A tequila havia se tornado meu refúgio, uma fuga temporária das preocupações que me assombravam.
Eu havia entrado no clube com um único propósito – afogar minhas preocupações em um mar de álcool, e a tequila era a única tábua de salvação capaz de alcançar isso. No meu estado um tanto embriagado, eu permanecia consciente e ciente do meu entorno, meus sentidos aguçados pelo álcool que corria em minhas veias.
Meu olhar se deslocou lentamente para o jovem que, com suas promessas, me convenceu a soltar a gola do barman. A mera visão de seu rosto alimentava a raiva ardente dentro de mim. Cerrei os dentes, suprimindo o inferno que rugia dentro do meu peito, e fechei as mãos em punhos, os nós dos dedos ficando brancos de tensão, mas meu desconforto físico pouco importava naquele momento.
O barman havia escapado, e isso se devia à interferência desse estranho tolosamente bonito. Se eu não tivesse sido influenciada por sua garantia equivocada, o barman sem dúvida teria enchido meu copo com uma nona dose de tequila. Mas agora, o barman havia desaparecido na noite, deixando-me sem a única coisa que momentaneamente aliviava o peso dos meus ombros.
Brinquei com a ideia de pegar uma garrafa de álcool do balcão, mas o design do clube frustrou minhas intenções impulsivas. O balcão era construído de uma forma que impedia os clientes de acessarem as bebidas diretamente, reservando esse privilégio exclusivamente para o barman.
Meu desejo por mais tequila era inegável, uma coceira que exigia ser coçada.
"Rapaz!" Chamei com raiva, minha mão agarrando firmemente a jaqueta do homem.
"Si... sim?" Ele respondeu, seu olhar caindo para minhas mãos, que seguravam sua jaqueta com força.
"Eu avisei explicitamente antes de soltar a gola daquele maldito barman. Eu disse que se ele não enchesse meu copo com tequila, eu te daria três tapas, não disse?" Interroguei, meu tom transbordando indignação. Ele assentiu em reconhecimento.
"Sim... sim... você disse isso," ele murmurou, sua mão coçando nervosamente a nuca.
"Então agora é hora de você enfrentar as consequências," declarei, uma nota de finalidade na minha voz. Sem lhe dar a chance de dizer uma palavra, desferi um tapa estrondoso que virou sua cabeça para o lado.
Antes que ele pudesse recuperar a compostura ou levantar o olhar para encontrar o meu, desferi mais dois tapas ardidos em sua bochecha esquerda, uma punição calculada que deixaria uma marca indelével.
A essa altura, uma pequena multidão havia se reunido, atraída pelo espetáculo. Alguns tiravam fotos com seus smartphones enquanto outros gravavam vídeos do drama que se desenrolava.
O jovem acariciava delicadamente sua bochecha avermelhada, sua expressão uma mistura de choque e descrença enquanto me olhava. A raiva emanava dele como uma aura palpável, enquanto ele ousava me desafiar.
"Por que diabos você me deu um tapa?!" ele exigiu, seu tom transbordando indignação. Soltei uma risada alta, não impressionada com sua audácia.
"Você realmente acabou de me fazer essa pergunta absurda, não foi?" retruquei, minha voz carregada de sarcasmo. Ele me lançou um olhar que poderia cortar aço.
"Quem diabos você pensa que é para me dar um tapa?!!" ele cuspiu, fechando a distância entre nós com um olhar ameaçador nos olhos.
"Eu sou Selena, e te dei um tapa por se meter em assuntos que não te dizem respeito," retruquei, minhas palavras pingando sarcasmo. Ele cerrou os dentes de frustração, uma reação que só aumentou minha satisfação. Sorri, estreitando os olhos para ele enquanto cruzava os braços sobre o peito.
Enquanto ele se aproximava, exibiu um sorriso perfeito, me deixando sem fôlego com sua proximidade. Sua raiva era palpável, evidente no lampejo de indignação que brilhava em seus olhos.
"E quem diabos te deu o direito de colocar sua mão imunda no meu rosto?" ele cuspiu, sua pergunta cheia de raiva.
Eu ri, inclinando a cabeça para o lado. "Você, é claro."
"Eu?" ele perguntou, uma expressão perplexa cruzando seu rosto.
"Sim, você me deu o direito de te dar um tapa," expliquei com um toque de zombaria. "Ou você convenientemente esqueceu o aviso que dei quando você intercedeu na minha disputa com aquele barman imbecil?" Pausei, enfatizando meu ponto. "Eu avisei explicitamente que se o barman não enchesse meu copo, eu te daria três tapas. Então, veja bem, você mereceu plenamente os três tapas que eu dei."
Ele riu sombriamente, enfiando as mãos nos bolsos das calças. "Você acabou de cometer o maior erro da sua vida ao me dar um tapa."
"Mesmo?" retruquei, minha risada zombeteira, o que parecia apenas aumentar sua raiva.
"Eu juro por Deus, Selena, ou seja lá como você se chama," ele fervia, "da próxima vez que nossos caminhos se cruzarem, eu garanto que você vai pagar por ousar me dar um tapa. Pode anotar minhas palavras." Com isso, ele saiu furioso.
Eu bufei desdenhosamente enquanto ele se afastava. "Perdedor," murmurei sob minha respiração.
Enquanto eu ficava ali, observando o homem furioso e ainda assim bonito se afastar, não pude deixar de sentir uma mistura de diversão e satisfação. Dar-lhe um tapa tinha sido impulsivo, mas foi inegavelmente o ponto alto desta noite de outra forma monótona.
"Boneca!" ouvi a voz de Tatiana atrás de mim.
"Que bom que você me abandonou aqui," brinquei sarcasticamente.
"Eu não te abandonei, boneca," ela protestou. "Você disse que queria pegar umas bebidas quando chegamos aqui, então fui para a pista de dança com aquele cara gostoso." Ela gesticulou com a cabeça em direção a um cara parado em um canto.
"Então é muito bom da sua parte me abandonar aqui só porque encontrou um cara bonito," provoquei, acrescentando um revirar de olhos brincalhão.
Tatiana balançou a cabeça, seu cabelo escuro caindo sobre os ombros. "Eu não te abandonei, boneca," ela protestou. "Você disse que queria pegar umas bebidas quando chegamos aqui, então fui para a pista de dança com aquele cara gostoso." Ela inclinou o queixo em direção a um cara parado em um canto mal iluminado, um cara que parecia igualmente encantado com Tatiana.
Não pude deixar de rir. "Tá bom, justo," concedi, sabendo muito bem que Tatiana tinha um talento para encontrar companhia interessante em uma noite fora. "Mas já tive drama suficiente por uma noite. Vamos sair daqui."
Tatiana concordou com um aceno, entrelaçando seu braço no meu enquanto nos dirigíamos para a saída. A música pulsante, as luzes fracas e a cacofonia de vozes lentamente desapareceram ao fundo enquanto saíamos para o ar fresco da noite.
Vi o homem que eu tinha esbofeteado alguns minutos atrás, parado no estacionamento com uma mulher, então fiz um gesto obsceno para ele antes de sair com Tatiana.
As ruas da cidade estavam movimentadas mesmo a essa hora tardia. Placas de neon piscavam em um ritmo hipnótico, lançando um brilho sobrenatural no pavimento. O cheiro de comida de rua pairava no ar, misturando-se com a ocasional fragrância de perfume e colônia usados pelos transeuntes.
Enquanto caminhávamos pela calçada lotada, não pude deixar de pensar no drama dentro do clube. O estranho que eu tinha esbofeteado – ele era indiscutivelmente bonito, com seu queixo afiado e olhos penetrantes. Mas havia algo nele que me irritava. Talvez fosse sua arrogância, sua interferência, ou simplesmente o fato de que ele me privou da tequila que eu tanto desejava.
Encontramos um café aconchegante nas proximidades, com seu exterior adornado com cordões de luzes de fada que brilhavam como estrelas. Decidimos tomar um café noturno, buscando refúgio do caos do clube. A atmosfera acolhedora e o aroma de café recém-preparado nos envolveram enquanto nos acomodávamos em uma cabine de canto.
"Então, qual é a história com aquele cara da pista de dança?" perguntei a Tatiana, finalmente quebrando o silêncio.
Ela sorriu, claramente encantada por ter a chance de falar sobre seu novo companheiro. "Ah, ele é um charme," respondeu. "O nome dele é Ethan, e ele é designer gráfico. Temos conversado, e ele é realmente muito doce."
Eu ri, tomando um gole do meu cappuccino. "Parece promissor."
Nossa conversa fluiu sem esforço a partir daí, cobrindo tópicos que iam do trabalho aos nossos planos futuros. Tatiana sempre foi a mais extrovertida, formando conexões facilmente onde quer que fosse. Suas histórias de escapadas românticas e encontros memoráveis frequentemente me entretinham, e esta noite não foi exceção.
À medida que as horas passavam, não pude deixar de me sentir grata por momentos como esses – o calor da amizade, o conforto das risadas compartilhadas e a certeza de que os dramas da vida poderiam ser deixados de lado, pelo menos por um tempo.
★IVAN★
Em frustração fervente, saí do bar, meus passos pesados de irritação. A música pulsante e a multidão dançante não faziam nada para aliviar meu humor enquanto eu atravessava o clube. Logo encontrei a Sra. Meyer, perdida nas ondas de uma dança selvagem na pista de dança lotada.
"Temos que ir embora, Eliza," declarei, estendendo a mão para segurar sua mão esquerda. Ela arqueou uma sobrancelha inquisitiva, seus movimentos desacelerando.
"Mas não passamos nem trinta minutos aqui," ela protestou.
Suspirei, meu tom curto, "Vamos embora. Estou cansado."
Eliza concordou relutantemente, e juntos nos enveredamos pelo labirinto de festeiros em direção à saída do clube. Minha raiva fervente era palpável, meu humor havia despencado.
No estacionamento, a tensão ainda era espessa no ar. Eliza, sempre observadora, notou meu mau humor e parou de repente.
"Espera, Ivan!" ela exclamou, e eu parei, virando-me para encará-la.
"O que foi?" perguntei, minha expressão questionadora.
Ela olhou para mim, a preocupação evidente em seus olhos. "Você parece muito bravo, Ivan. Aconteceu alguma coisa com você?"
Não pude deixar de desabafar, "Uma mulher me irritou," minha voz fervendo de ressentimento enquanto eu bagunçava meu cabelo em frustração.
"Ei, querido, calma," ela murmurou, me envolvendo em um abraço reconfortante. Seu toque gentil era uma tentativa de acalmar a tempestade que rugia dentro de mim.
Enquanto eu abraçava a Sra. Meyer, meu olhar vagou, e avistei a mulher que me esbofeteou mais cedo. Ela estava à beira da estrada com outra companheira, e seu olhar na minha direção foi acompanhado de um gesto obsceno antes de ambas se afastarem.
Cerrei os dentes, minha raiva reacendendo com a lembrança da humilhação. Contemplei correr atrás do táxi, querendo confrontá-la por sua audácia. A ideia de processá-la passou pela minha mente, mas me contive, em parte porque estávamos em um clube e em parte porque eu era avesso à violência contra mulheres.
Minha voz baixou para um rosnado enquanto eu murmurava, "Ela tem sorte de estarmos em um clube. Se nossos caminhos se cruzarem novamente, ela vai pagar caro por isso."
Depois de cinco minutos que pareceram uma eternidade, a Sra. Meyer finalmente desfez o abraço, sua preocupação gravada em suas feições. Ela segurou minhas mãos, olhando para mim com afeição.
"Você ainda está bravo, querido?" ela perguntou, seus olhos buscando os meus.
Soltei um suspiro, minha raiva diminuindo, mas não completamente. "Sim, ainda estou bravo, mas não tanto quanto antes," admiti, e um sorriso sedutor curvou seus lábios, insinuando as distrações que ela tinha em mente para aliviar minha irritação.
"Eu conheço uma maneira melhor de acalmar sua raiva, querido," ela ronronou, sua voz carregada de sedução. Com um movimento gracioso, ela pegou seu telefone de sua bolsa elegante, seus dedos perfeitamente manicurados discando um número com facilidade. O aparelho foi pressionado gentilmente contra sua orelha esquerda enquanto ela esperava uma resposta.
"Oi, Joshua. Venha para o novo clube na Eastway Street o mais rápido possível," ela ordenou ao telefone. Depois de transmitir suas instruções, ela desligou a chamada e voltou sua atenção para mim, seus olhos cativantes fixos nos meus.
"Vamos passar a noite em um hotel exclusivo. Vamos apenas esperar meu motorista chegar para levar meu carro para casa," ela me informou com um ar de extravagância casual.
"Tudo bem," concordei, acenando com a cabeça enquanto me encostava despreocupadamente no meu carro, meu olhar incapaz de resistir ao encanto de sua forma voluptuosa.
"A propósito, quem te deixou bravo?" ela perguntou, sua curiosidade aguçada. Involuntariamente, a imagem da mulher que me esbofeteou surgiu em minha mente, e não pude deixar de sorrir maliciosamente.
"Uma louca que eu vou ensinar uma lição amarga na próxima vez que nos encontrarmos," respondi, meu sorriso assumindo um tom diabólico.