




Capítulo 9: Os arrependimentos de Arthur
Angelic Emperial estava em seu novo escritório no topo do prédio da Reyes Architectural Solutions.
O escritório era espaçoso, cheio de decoração moderna e uma grande janela que oferecia uma vista deslumbrante de Klympog.
Ela tinha percorrido um longo caminho desde a mulher que foi expulsa por seu pai, e agora ela comandava a empresa que um dia foi forçada a deixar.
Seu coração, no entanto, estava mais frio do que nunca, endurecido pelas traições que enfrentou.
A postura de Angelic havia mudado significativamente desde que assumiu a empresa.
Ela era implacavelmente eficiente, e sua língua afiada e disposição gelada a tornavam tanto temida quanto respeitada por seus funcionários.
As pessoas que antes a ridicularizavam agora abaixavam a cabeça em sua presença, receosas de incorrer em sua ira.
Uma tarde, os gêmeos de Angelic, Monic e George, se aproximaram dela com olhos ansiosos.
Eles tinham ouvido tanto sobre a empresa e queriam vê-la por si mesmos.
"Mamãe, podemos visitar a empresa hoje?" Monic perguntou, seus olhos brilhando de excitação.
"Por favor, mamãe?" George ecoou, igualmente entusiasmado.
A expressão severa de Angelic suavizou ao olhar para seus filhos. Ela assentiu. "Tudo bem, vamos. Mas lembrem-se, vocês devem se comportar e ficar perto de mim o tempo todo."
Os gêmeos comemoraram, empolgados com a aventura iminente.
Para eles, era mais do que apenas uma visita à empresa; era uma chance de ver o mundo que sua mãe havia construído.
Eles chegaram à Reyes Architectural Solutions, e a equipe os recebeu com uma mistura de respeito e curiosidade.
Era a primeira vez que os gêmeos visitavam a empresa, e sua presença trouxe um calor raro aos corredores frios do prédio.
Angelic guiou Monic e George pelos vários departamentos, explicando o que cada seção fazia.
Os gêmeos ficaram fascinados com tudo o que viram, desde os modelos intrincados no departamento de design até a atividade frenética no escritório de gerenciamento de projetos.
A alegria deles era contagiante, e até os funcionários não puderam deixar de sorrir com a empolgação inocente das crianças.
Enquanto continuavam o tour, Arthur Reyes, pai de Mariam, entrou no prédio.
Ele vinha lutando com suas emoções há semanas, dividido entre orgulho e arrependimento.
Ele sabia que precisava ver sua filha, pedir desculpas pela dor que lhe causou.
Seu coração estava pesado com o conhecimento de que arruinou o relacionamento deles, mas ele esperava uma chance de se redimir.
Arthur se dirigiu ao escritório de Angelic, seus passos lentos e incertos. Ele a viu de pé junto à janela, olhando para a cidade. Ela se virou quando ele entrou, sua expressão endurecendo.
"Mariam," Arthur começou, mas ela o interrompeu.
"Angelic," ela corrigiu friamente. "Meu nome agora é Angelic Emperial."
Arthur assentiu, aceitando a repreensão.
"Angelic, eu vim aqui para dizer que sinto muito. Sei que te machuquei mais do que jamais poderei reparar. Não espero seu perdão porque sei que não o mereço.
Mas quero que saiba que estou orgulhoso do que você conquistou. Você me superou de maneiras que eu nunca imaginei. Estou orgulhoso de você, apesar de tudo,"
ele admitiu.
Os olhos de Angelic se estreitaram; sua raiva mal contida. "Orgulhoso? Depois de tudo que você fez comigo, acha que dizer que está orgulhoso vai consertar as coisas?"
"Não, não vai," Arthur admitiu, sua voz falhando. "Eu só... me arrependo de tudo. Eu estava errado, e tenho pagado por isso todos os dias desde que você foi embora. Eu só queria te proteger, mas acabei destruindo o relacionamento mais importante da minha vida."
O coração de Angelic doía, mas ela manteve o rosto inexpressivo. "O que você quer, Arthur?"
"Eu queria te ver, para te dizer que estou me afastando. Esta empresa é sua agora, completamente. Proteja-a, faça-a prosperar. Sei que você pode fazer isso. Sei que não fui um bom pai, mas me arrependo profundamente. Proteja esta empresa, por favor."
Ele entregou a ela uma pequena caixa, suas mãos tremendo.
"Estas são fotos antigas de nós, de tempos mais felizes. Achei que você poderia querer."
Ele entregou a ela uma caixa cheia de fotos antigas de tempos mais felizes.
Enquanto Angelic olhava para elas, seu coração afundou. Ela estava tão focada na vingança que havia esquecido o amor e o vínculo que eles uma vez compartilharam.
O sincero pedido de desculpas de seu pai e as memórias despertaram uma mistura de emoções, mas ela não conseguia se perdoar ainda.
Angelic pegou a caixa, suas emoções em tumulto. Ela não queria mostrar qualquer fraqueza, mas a visão das fotos antigas trouxe de volta memórias de dias melhores.
Lágrimas encheram seus olhos, mas ela piscou para afastá-las.
"Obrigada," ela disse, sua voz fria. "Você pode ir agora."
Arthur assentiu, aceitando sua dispensa. Enquanto ele se virava para sair, sussurrou, "Sinto sua falta, minha filha."
O coração de Angelic se despedaçou, mas ela não o chamou de volta. Ela o observou se afastar, suas lágrimas finalmente caindo enquanto olhava para as fotos.
Ela estava tão focada na vingança que havia esquecido o amor que uma vez teve por seu pai.
Enquanto isso, Monic e George estavam explorando o saguão, maravilhados com a grandiosidade do prédio. Monic tropeçou e caiu, arranhando o joelho.
Ela começou a chorar, e antes que alguém pudesse reagir, Arthur estava lá, ajudando-a a se levantar.
"Você está bem, querida?" ele perguntou gentilmente. "Tenha mais cuidado da próxima vez."
Monic fungou e assentiu, grata pela ajuda. "Obrigada, senhor."
Arthur sorriu, embora com um toque de tristeza. "Qual é o seu nome?"
"Monic," ela respondeu. "O nome da minha mamãe é Angelic, e ela é dona desta empresa."
Os olhos de Arthur se arregalaram de choque. "Sua mãe é Angelic Emperial?"
Monic assentiu orgulhosamente. "Sim, ela é."
Nesse momento, George veio correndo. "Monic, precisamos voltar para dentro. Mamãe está esperando."
Os gêmeos agradeceram a Arthur e correram de volta para dentro. Arthur ficou ali, atônito. Ele percebeu que as crianças que acabara de conhecer eram seus netos.
Seu coração doeu com o peso de seus erros e arrependimentos.
Lá dentro, Angelic se recompôs e se preparou para sair. Ela não percebeu o breve encontro dos gêmeos com seu pai.
Enquanto caminhavam de volta para o carro, Angelic sentiu um estranho vazio. Ela havia alcançado seu objetivo, mas a um grande custo.
Arthur os observou partir, seu coração pesado de arrependimento. Ele havia perdido sua filha e perdido a chance de conhecer seus netos.
A realização de que ele havia causado tanta dor era quase insuportável.
Enquanto Angelic dirigia, ela não conseguia se livrar da sensação de perda.
Ela havia construído um império, mas a que custo? Ela olhou para seus filhos no retrovisor, seus rostos inocentes lembrando-a do que realmente importava.
Pela primeira vez em anos, Angelic permitiu-se sentir a dor de seu passado.
Ela estava tão focada na vingança que havia esquecido o amor e o calor que uma vez preencheram sua vida.
Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de se curar, por ela e por seus filhos.
A jornada à frente seria difícil, mas Angelic estava determinada a encontrar um equilíbrio entre sua ambição e o amor que ainda guardava no fundo do coração.
Ela havia chegado até aqui, e não desistiria agora.
Enquanto dirigia rumo ao futuro, Angelic sabia que sua história estava longe de terminar.
Ela enfrentaria novos desafios, encontraria novas forças e, talvez, apenas talvez, encontraria uma maneira de se reconciliar com seu passado.