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Capítulo 1: Encontro de uma noite

A chuva batia forte contra as grandes janelas do saguão do hotel, cada gota contribuindo para a cacofonia da tempestade que rugia lá fora. Mariam Reyes, uma jovem determinada e ambiciosa de 25 anos, afastou algumas mechas de cabelo molhado da testa e se aproximou da recepção. Seu voo havia sido atrasado devido à tempestade, e ela estava grata por finalmente estar em um lugar coberto, longe da fúria da natureza.

"Bem-vinda ao The Grand Astoria," a recepcionista a cumprimentou com um sorriso caloroso, embora um leve traço de estresse fosse evidente em seus olhos. O hotel estava lotado de hóspedes, muitos dos quais estavam presos devido ao mau tempo. "Como posso ajudá-la?"

"Reserva para Mariam Reyes," ela disse, sua voz firme, mas educada. Apesar do cansaço, ela mantinha um ar de profissionalismo.

A recepcionista digitou no teclado, seu sorriso vacilando ligeiramente. "Parece que temos um pequeno problema. Devido à tempestade, tivemos um aumento no número de hóspedes, e houve um erro nas reservas. Infelizmente, estamos com lotação esgotada esta noite."

O coração de Mariam afundou. Ela estava ansiosa por um banho quente e uma cama confortável. "Há algum quarto disponível?" ela perguntou, tentando manter a frustração fora de sua voz.

"Deixe-me verificar novamente." Os dedos da recepcionista voaram sobre o teclado. Depois de alguns momentos, ela olhou para cima, aliviada. "Temos um quarto disponível, mas parece que já há outro hóspede nele devido ao erro na reserva. Talvez você possa compartilhá-lo por esta noite?"

Mariam hesitou. Compartilhar um quarto com um estranho não era sua ideia de uma noite relaxante. No entanto, a alternativa—encontrar outro hotel na tempestade—era ainda menos atraente. "Tudo bem," ela concordou relutantemente. "Eu aceito."

"Obrigada por entender," disse a recepcionista, entregando-lhe o cartão-chave. "Quarto 204. Vou informar o outro hóspede."

Enquanto Mariam se dirigia ao elevador, sua mala rolando atrás dela, não pôde deixar de sentir um certo desconforto. A viagem de elevador parecia mais longa do que o normal, cada andar aumentando sua ansiedade sobre essa pessoa desconhecida com quem ela estava prestes a compartilhar um espaço. Ela respirou fundo quando as portas se abriram, e ela entrou no corredor, localizando rapidamente o quarto 204.

Respirando fundo, ela bateu na porta. Ela se abriu para revelar um jovem, provavelmente da sua idade, com cabelos escuros desgrenhados e olhos azuis penetrantes. Ele parecia tão surpreso quanto ela.

"Oi," ela disse, levantando o cartão-chave. "Eu sou Mariam. Houve um problema com as reservas, e parece que vamos compartilhar o quarto esta noite."

A surpresa inicial do homem se transformou em um sorriso acolhedor. "Marcelino Buno," ele se apresentou, dando um passo para o lado para deixá-la entrar. "Que tempestade, não é?"

Mariam entrou no quarto, olhando ao redor. Era espaçoso e elegantemente decorado, com duas camas queen-size, uma pequena área de estar e uma grande janela oferecendo uma vista da cidade castigada pela chuva. Ela colocou sua mala ao lado de uma das camas e suspirou. "Sim, que tempestade."

Eles conversaram um pouco enquanto Mariam se acomodava, ambos tentando aliviar o constrangimento da situação. Marcelino tinha 23 anos, era designer freelancer e estava na cidade para uma reunião com um cliente. Ele parecia amigável e descontraído, um contraste marcante com o comportamento frequentemente intenso e focado de Mariam.

À medida que a noite avançava, a tempestade não mostrava sinais de diminuir. Eles pediram serviço de quarto e compartilharam uma refeição, a conversa fluindo mais naturalmente à medida que se conheciam melhor. Marcelino tinha um humor rápido e uma habilidade para contar histórias, e Mariam se pegou rindo mais do que tinha rido em semanas.

"Então, o que te traz ao Grand Astoria?" Marcelino perguntou, recostando-se na cadeira com um olhar curioso.

Mariam sorriu, sentindo-se mais relaxada. "Eu tinha uma viagem de negócios que foi prolongada por causa da tempestade. Sou CEO de uma empresa de arquitetura."

As sobrancelhas de Marcelino se ergueram em admiração. "Impressionante. Como é dirigir uma empresa aos 25 anos?"

"É desafiador, mas gratificante," Mariam respondeu, seus olhos refletindo uma mistura de orgulho e exaustão. "Cada dia é diferente, e eu adoro ver nossos projetos ganharem vida."

Marcelino assentiu, claramente interessado. "Posso imaginar. Sou designer freelancer, então entendo a satisfação de ver seu trabalho se materializar. Embora, tenho certeza de que nossas escalas de operação são bem diferentes."

Eles continuaram conversando, compartilhando histórias de suas carreiras e vidas. Mariam ficou surpresa com a facilidade de se abrir para Marcelino. Havia uma sinceridade em seus olhos, um calor que a fazia se sentir à vontade.

À medida que a noite avançava, a conversa se tornou mais pessoal. Eles compartilharam histórias de seus passados, seus sonhos e seus medos. Mariam falou sobre seu novo papel como CEO de uma empresa de arquitetura, os desafios que enfrentava e suas ambições para o futuro. Marcelino falou sobre sua jornada como designer freelancer, os altos e baixos de perseguir sua paixão e seu desejo de se destacar.

Houve um momento de silêncio, o único som era o tamborilar constante da chuva contra a janela. Mariam olhou para Marcelino, seu coração batendo forte. A vulnerabilidade que haviam compartilhado, a tempestade lá fora, a intimidade do quarto mal iluminado—tudo isso criou uma sensação de conexão que ela não podia ignorar.

Antes que pudesse duvidar de si mesma, ela se inclinou e o beijou. Marcelino respondeu imediatamente, seus braços envolvendo-a. O beijo foi intenso, carregado com as emoções que ambos vinham reprimindo. Parecia o culminar de uma noite cheia de surpresas inesperadas, mas bem-vindas.

Eles se separaram, respirando pesadamente. "Desculpe," Mariam começou, mas Marcelino balançou a cabeça, seus olhos escuros de emoção.

"Não se desculpe," ele disse, sua voz rouca. "Eu queria fazer isso desde que você entrou."

Eles se beijaram novamente, a tempestade lá fora combinando com a intensidade de suas emoções. Eles se moveram para uma das camas, sua vulnerabilidade compartilhada e desejo os puxando juntos de uma maneira que parecia tanto natural quanto inevitável. Seus corpos se entrelaçaram, e a paixão entre eles se inflamou em uma noite de intensa intimidade. Cada toque, cada beijo, parecia elétrico, como se a tempestade lá fora fosse apenas um reflexo da tempestade dentro deles. Eles exploraram um ao outro com fervor, movidos por uma conexão não dita que parecia unir suas almas.

A noite passou em um borrão de paixão e intimidade. Mariam sentiu uma conexão com Marcelino que nunca havia experimentado antes. Era como se a tempestade tivesse lavado todas as pretensões, deixando-os expostos e reais.

Quando a madrugada se aproximou, eles estavam deitados nos braços um do outro, exaustos, mas contentes. Mariam adormeceu com a cabeça no peito de Marcelino, embalada pelo batimento constante de seu coração e pelos sons desvanecentes da tempestade.

Quando acordou, o quarto estava banhado pela luz suave da manhã. Marcelino havia ido embora, seu lado da cama vazio. Por um momento, ela se perguntou se tudo não tinha sido um sonho. Mas o calor persistente de seu toque e o leve cheiro de seu perfume lhe diziam que tinha sido real.

Mariam se sentou, uma mistura de emoções girando dentro dela. Sentiu uma profunda sensação de perda com sua ausência, mas também uma estranha sensação de esperança. A conexão que haviam compartilhado era inegável, e ela não podia deixá-la ir.

Determinada, ela se vestiu e fez o check-out do hotel. Enquanto se dirigia ao escritório, sua mente já estava correndo com planos. Ela era a CEO de uma empresa de arquitetura, com recursos e conexões à sua disposição. Encontrar Marcelino poderia ser um desafio, mas ela não era de recuar diante de um desafio.

A determinação de Mariam crescia a cada hora que passava. Ela entrou em contato com seus contatos, contratou um detetive particular e usou todas as ferramentas à sua disposição para rastreá-lo. Ela precisava vê-lo novamente, entender o que havia acontecido entre eles e explorar a conexão que havia surgido tão inesperadamente.

Os dias se transformaram em semanas, e ainda assim, não havia sinal de Marcelino. A determinação de Mariam nunca vacilou, mesmo enquanto enfrentava as demandas de seu novo papel. A memória daquela noite tempestuosa e a conexão que haviam compartilhado alimentavam sua determinação.

Finalmente, uma noite, enquanto estava saindo do escritório, seu telefone tocou. Era o detetive particular. "Eu o encontrei," ele disse, e o coração de Mariam deu um salto.

Ela ouviu atentamente enquanto ele dava os detalhes. Marcelino Buno havia começado seu próprio negócio de design freelance e estava ganhando reconhecimento por seu talento. Ele estava na cidade, não muito longe de onde ela estava.

Mariam agradeceu ao detetive e encerrou a chamada. Ela ficou ali por um momento, absorvendo a notícia. Marcelino estava ao seu alcance, e agora cabia a ela dar o próximo passo.

Com renovada determinação, ela se dirigiu ao endereço que o detetive havia lhe dado. Enquanto se aproximava do prédio, seu coração batia com uma mistura de excitação e nervosismo. Ela entrou no saguão e pegou o elevador até o andar onde o escritório de Marcelino estava localizado.

Parada do lado de fora da porta, ela respirou fundo e bateu. A porta se abriu, e lá estava ele—Marcelino Buno, o homem que havia compartilhado uma noite tempestuosa e deixado uma marca indelével em seu coração.

Ele parecia tão surpreso em vê-la quanto ela se sentira naquela primeira noite. "Mariam?" ele disse, sua voz cheia de espanto.

"Olá, Marcelino," ela respondeu, um sorriso se espalhando em seu rosto. "Precisamos conversar."

Enquanto entravam em seu escritório, Mariam sentiu uma sensação de antecipação. A tempestade os havia unido uma vez, e agora, ela estava determinada a ver aonde essa conexão inesperada os levaria.

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