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Eu gosto de mulheres ferozes

Em uma cadeira alta, estava sentado um homem de tez escura. Ele não era outro senão Lorde Apollyon, o Senhor dos Demônios, que agora era o Rei do Reino de Azuria. As franjas em sua cabeça estavam trançadas e contas douradas adornavam o final de cada trança.

Apollyon parecia ocupado lendo um pergaminho. Ele havia decidido permitir que os humanos fizessem parte da administração em Azuria. No entanto, os demônios teriam a vantagem sobre eles. Azuria prosperou depois que passou a ser governada pelos Demônios.

Ele colocou o selo no pergaminho e o deixou de lado na mesa.

"O Rei Conrad do reino vizinho enviou uma mensagem para Sua Majestade," informou Karin.

"Leia!" ordenou Apollyon.

"Saudações ao Rei Apollyon,

Aqui é o Rei Conrad do Reino de Obrason. Para fortalecer a relação entre os dois reinos, ofereço a mão de minha filha em casamento ao Rei Apollyon. Com este casamento, a relação política entre os dois reinos se fortalecerá. Aguardarei ansiosamente a resposta do Rei Apollyon."

Karin dobrou o pergaminho e abaixou a mão. "Sua Majestade, é uma grande oportunidade para termos controle sobre o Reino de Obrason," disse Karin com um sorriso.

"Conrad sabe que eu estava prestes a tomar seu reino, então decidiu propor um casamento político. Recuse. Não estou interessado na filha dele. Já tenho alguém," ordenou Apollyon, deixando Karin perplexo.

"Perdão, Sua Majestade. Mas posso saber quem é a mulher?" perguntou Karin, curioso.

"Lilith," respondeu Apollyon.

"Aquela mulher!" Karin ficou chocado ao ouvir isso. Quando viu o olhar de Apollyon, pediu desculpas. "Ela é insolente em seus atos, Sua Majestade. Ela até usou uma adaga contra mim e chamou o nome de Meu Senhor. Tal mulher não é digna de ser a esposa de Meu Senhor," opinou Karin, mostrando a mão a Apollyon.

"Eu gosto de mulheres ferozes," respondeu Apollyon. "Além disso, não pedi sua opinião sobre minha esposa. Da próxima vez, pense bem antes de falar." Seu tom era severo e firme. Karin pediu desculpas.

"Como está a investigação sobre a misteriosa morte de Sauron?" Apollyon perguntou, recostando-se na cadeira alta.

"É o mesmo feitiço que foi usado para nos selar, demônios, milhares de anos atrás," respondeu Karin. Apollyon assentiu e entrelaçou os dedos.

"Sua Majestade, como fomos libertados?" perguntou Karin.

"Isso importa?" Apollyon questionou de volta, deixando Karin perplexo. "Eu acordei e isso foi suficiente para os demônios," afirmou. "Envie a mensagem a Conrad de que ele deve se render a nós. Não aceitarei sua filha em casamento. Portanto, ele deve abdicar como Rei," instruiu Apollyon, e Karin se curvou e saiu.


Lilith terminou seu café da manhã em silêncio. Ela havia tentado persuadir Zoey a levá-la até Apollyon, mas seu conhecimento sobre ele era limitado.

"Senhorita Lilith, fui recentemente designada ao palácio interno. Anteriormente, trabalhava no palácio externo. Como mencionei antes, Sua Majestade me puniria severamente se eu permitisse que você saísse," respondeu Zoey calmamente. Lilith cessou seus esforços, percebendo que não tinha outra opção a não ser esperar.

Após uma pausa, ela perguntou, "Você conhece Karin?"

"Sim, Senhorita Lilith. Mestre Karin é o braço direito de Sua Majestade," respondeu Zoey. Lilith percebeu que Karin também era um demônio. Ele tocou sua testa e ela desmaiou. Depois de matar Apollyon, ela faria o possível para matar Karin também. Ela queria uma adaga para se sentir segura. Ainda não tinha visto o Senhor dos Demônios.

Se Karin podia fazê-la desmaiar com um toque de dedo, então Apollyon devia ser mais forte que ele. Mas ela não tinha medo. Alguém tinha que pagar pela morte de seu pai, mesmo que fosse um demônio.

"Apollyon tira vidas ocasionalmente?" Lilith perguntou, continuando sua busca por informações.

"Se alguém conseguir irritar Sua Majestade, então sim," respondeu Zoey. No entanto, Zoey rapidamente advertiu Lilith, dizendo, "Senhorita Lilith, é melhor não mencionar o nome de Sua Majestade. Falar dele pode incorrer em sua ira."

Lilith riu e bateu as mãos na mesa redonda. "Quem tem medo dele? Eu não. Ele não é o Rei aos meus olhos. Ele assassinou o Rei anterior e sua família para tomar o Reino. Eu vou matá-lo e libertar o povo de seu medo," declarou Lilith. Zoey ficou espantada ao ouvir as palavras de Lilith. Ninguém jamais ousou falar sobre Apollyon dessa maneira. O pensamento disso fez Zoey estremecer.

Zoey não queria que Lilith perdesse a vida, então decidiu fazê-la entender. Afinal, elas eram humanas e tinham que permanecer quietas sob o domínio dos Demônios.

No entanto, antes que pudesse falar, a porta gigante se abriu. Lilith e Zoey se viraram para olhar em direção à porta.

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