




CAPÍTULO 2
CHLOE DUARTE
Com a curiosidade a mil, pego o celular pronta para descobrir quem é o dono do perfume delicioso quando as portas do elevador se fecham, um barulho estranho e o som do motor silenciando são ouvidos, e então a escuridão total preenche todo o espaço.
Um silêncio completo reina no escuro, ainda sem saber o que está acontecendo, respiro fundo tendo apenas a luz fraca do celular iluminando meu rosto.
Ah, merda! Ah, merda!
Mordo meu lábio inferior com força para conter um palavrão cabeludo em voz alta quando a bateria do meu celular fica fraca e logo também me abandona.
Pronto! Escuridão total!
“Ah, isso não pode estar acontecendo, não!”
Relaxar, é o que eu preciso agora, já que estou presa em um elevador no escuro, e para piorar, tenho quase certeza de que provavelmente só há nós dois neste maldito prédio.
Tentando não entrar em pânico trancada aqui, começo uma sequência de respiração controlada, vamos lá Chloe! Fique calma, você consegue!
Para começar, eu não deveria ter vindo, mas era obrigatório, então paro de me controlar e abro a boca para xingar meu maldito gerente e o CEO que planejou essa festa de merda.
Ok, eu tenho uma parcela de culpa nesta situação horrível, mas não quero me culpar ou vou surtar.
“CEO filho da puta, é podre de rico e não conserta essa droga de elevador!”, rosno sentindo o suor dominar meu corpo rapidamente.
Ouço uma risada vindo do desconhecido, e logo percebo meu erro, não sei quem é esse homem, talvez ele conte que eu estava xingando e falando mal do chefe para o Adam e tenho certeza de que o CEO vai me demitir.
“Você...”, antes que eu possa pronunciar outra palavra, ouço sons de movimento por perto, pulo quando sinto uma mão grande envolver minha cintura.
Está quente!
Uma forte descarga de energia percorre e irradia por todo o meu corpo, tremo toda sentindo seu aperto possessivo na minha pele sobre o vestido fino que estou usando.
“O que você está...”
“Shiiii”
Tremendo assustada com a aproximação repentina, ele solta o aperto da mão, mas permanece muito perto de mim.
Fico completamente em silêncio, apenas sentindo a respiração quente desse desconhecido, por longos e inteiros segundos ele não tenta nada, apenas continua me segurando perto de seu corpo, como se esperasse minha aprovação para continuar.
Percebendo que eu não o afasto ou nego, na escuridão sinto ele acariciar meu rosto com o dorso da mão, um toque firme, mas delicado e desejoso.
Minha respiração desacelera, ficando cada vez mais curta, mordo os lábios sentindo o efeito que apenas suas mãos podem me causar. É estranho, é desconhecido e talvez até proibido, mas eu não me afasto, não quero me afastar, quero mais!
Isso é loucura da minha parte? Talvez, sou tão louca a ponto de deixar um estranho continuar fazendo isso comigo, dentro da empresa e presa no elevador.
O medo que eu sentia de talvez o elevador cair estava dando lugar a uma nova sensação para mim, a adrenalina corre solta nas minhas veias e estou ficando viciada nisso.
Não sei por quê, mas ele parece o tipo de homem que toda mulher deveria evitar, mas não sei o que está acontecendo comigo, não consigo evitar.
Ofego quando sou empurrada contra a parede gelada do elevador sobre a pele exposta das minhas costas pelo vestido decotado, e sem perder tempo, sinto sua mão se aventurar de forma sexy na curva do meu quadril, enquanto seu peito firme e coberto se pressiona contra o meu, me deixando presa entre ele e a parede fria, mesmo sem poder ver, percebo que ele colocou uma das mãos ao lado do meu rosto e contra o elevador, não me deixando escapatória.
Sinto minhas pernas fraquejarem quando sinto sua outra mão descer pelo meu quadril até o início da minha bunda.
Meu Deus! Que homem é esse? Que me deixa rendida apenas com toques e sensações que ele me causa, sem ao menos me dizer uma única palavra.
Um gemido inesperado escapa dos meus lábios quando sinto os dele esmagando os meus com pura determinação, como se estivesse pronto para me devorar a qualquer momento.
Jesus, o que estou fazendo? Como se a razão voltasse para mim, reúno forças contra a pura tentação e pressiono minhas mãos contra seu peitoral, empurrando-o.
Desgraça! Minha consciência me pede para fugir desse homem, mas meu corpo traidor quer fazer o contrário, ele quer se aventurar e mergulhar de cabeça no proibido.
Não o afasto novamente quando sua boca me beija de novo, fico tonta, completamente tonta, sentindo uma mordida no meu lábio inferior, e gemo contra seus lábios buscando mais, ele parece entender a mensagem quando sorri contra minha boca antes de contornar meus lábios com a língua e depois enfiá-la na minha boca, onde nossas línguas se encontram e duelam uma contra a outra.
Meu corpo está fervendo, implorando por mais desse homem misterioso.
Intoxicada e embriagada por todo o seu ser, deixo o celular cair, ouvindo o som abafado do aparelho caindo aos nossos pés.
Deveria estar fazendo o que estou fazendo?
Mesmo no escuro, percebo sua cintura definida coberta por roupas quando tomo coragem e deslizo minhas mãos pelo seu corpo, subo pelo seu abdômen sentindo o tecido de um casaco longo e um botão, sentindo a atitude tomar conta de mim, solto o único botão apenas ouvindo o tecido deslizar e cair no chão.
Um longo suspiro de surpresa e um arrepio escapam dele enquanto minhas mãos aventureiras acariciam seu peitoral puxando sua camisa social, disposta a mais do que continuar, ele toca minha pele sob o vestido de noite. Presos dentro do elevador, não ouvimos nada além de nossas respirações e gemidos impacientes.
Deus, droga!
Eu não sou esse tipo de mulher, isso nunca aconteceu comigo antes, nunca na minha vida inteira transei ou fiz uma pegação quente e ousada com um estranho ou desconhecido no primeiro encontro. Sou do tipo cautelosa, prefiro conhecer bem a pessoa antes de iniciar um novo relacionamento, e gosto de estar preparada, mas ainda não sei o motivo dessa descoberta que estou vivendo bem aqui.
Como se tudo fosse parte de um sonho de mau gosto, os motores voltam a funcionar como mágica, e a luz do elevador retorna rapidamente em um flash que me força a fechar os olhos devido à clareza repentina.
Ainda com os olhos fechados e contraídos, me assusto quando as mãos do meu parceiro misterioso me envolvem e me seguram firmemente, em uma posição que me impede de ver seu rosto curioso.
Ainda sem entender muito bem o que acabou de acontecer aqui dentro, pisco os olhos várias vezes até me acostumar completamente com a luz, ofegante e meio perdida, percebo que minha mão ainda está espalmada em seu peito firme.
“Você vai descer neste andar... e isso vai ser nosso segredo, entendeu?”, sou surpreendida pela sua voz poderosa.
“Mas, quem é você?”, pergunto sentindo minha respiração lentamente se normalizar, com o rosto colado ao seu peito, percebo que ele sorri.
“Desculpe, mas você não vai saber quem eu sou...”
É isso! Ele está brincando comigo como se eu fosse uma peça de jogo que ele pode mover e manipular, usar quando for conveniente para ele, uma presa fácil nas garras de um caçador voraz.
Mas sua frase não causa o efeito esperado em mim, não me deixa abalada ou nervosa, é justamente o contrário, apenas desperta minha curiosidade e aumenta minha tentação de desligar meu lado racional e agarrá-lo aqui dentro novamente.