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Capítulo 1

"Senhorita Sethi, você terminou sua apresentação?" perguntou um dos meus colegas.

"Sim, está quase pronta," respondi, com os olhos fixos na tela do computador. Este acordo é crucial para nossa empresa, e hoje marca nossa primeira reunião com a Khurana Industries.

"Finalmente terminei," exclamei, levantando-me da minha mesa e indo para a sala de reuniões. Todos nos reunimos, esperando ansiosamente enquanto a antecipação enchia o ar. De repente, um dos nossos funcionários entrou na sala, ofegante, e nos informou: "Chefe, eles chegaram."

A atmosfera estava carregada de excitação e nervosismo enquanto nos preparávamos para encontrar a Khurana Industries. A sala estava cheia de expectativa, todos ansiosos para causar uma impressão duradoura. As apostas eram altas, e sabíamos que essa reunião poderia potencialmente moldar o futuro da nossa empresa.

Quando a porta se abriu, nossos corações dispararam. Os representantes da Khurana Industries entraram na sala, exalando uma aura de confiança e autoridade. Nós os cumprimentamos com sorrisos calorosos, tentando esconder nosso próprio nervosismo.

Eu me preparava para fazer minha primeira apresentação. Mas não era qualquer apresentação, era para a Khurana Industries, uma das maiores empresas do setor. Fala sobre pressão!

Eu sentia uma mistura de nervosismo e excitação, tentando manter a calma. E então, do nada, minha gerente, a Sra. Mittal, percebeu meu nervosismo e veio até mim. Ela me deu um tapinha reconfortante no ombro e disse: "Você consegue, garota. Mostre do que é capaz." Suas palavras instantaneamente aumentaram minha confiança, e eu estava pronta para arrasar.

Quando tomei meu lugar na frente da sala, a antecipação aumentou. De repente, a porta se abriu, e duas figuras entraram. Toda a sala se levantou, mostrando respeito. E adivinhe quem entrou? Ninguém menos que o próprio grande chefe! Meu queixo praticamente caiu.

Fazia cinco longos anos desde a última vez que o vi, e aqui estava ele, fazendo uma entrada triunfal. As memórias vieram à tona, e eu não pude deixar de sorrir. Era como uma viagem ao passado, e eu nunca esperava cruzar com ele novamente. A sala estava fervilhando de urgência, e eu mal podia esperar para ver o que aconteceria.

Enquanto eu estava ali, as palavras "nerdinho" escaparam dos meus lábios, quase inaudíveis para qualquer um além de mim. Meus olhos inesperadamente se encheram de lágrimas, pegando-me de surpresa. Eu não conseguia desviar o olhar dele, sentindo-me atordoada em sua presença. Mas então, algo mudou. Notei seus olhos cheios de raiva, direcionados diretamente para mim. Doeu ver aquela raiva, e rapidamente desviei meus olhos cheios de lágrimas, não querendo que ele visse minha vulnerabilidade. Mas, no fundo, eu sabia que ele já tinha notado.

A tensão na sala era palpável enquanto minha gerente os recebia com um gesto educado. "Bem-vindos, senhores. Por favor, sentem-se," disse ela, com um tom de formalidade. Eles acenaram em reconhecimento, sua presença comandando atenção.

"Seher, vá em frente e comece sua apresentação," minha gerente instruiu, quebrando o silêncio. Eu assenti, convocando toda a coragem dentro de mim.

A apresentação começou, e eu respirei fundo, pronta para mostrar nosso trabalho árduo e dedicação. Cada slide foi meticulosamente elaborado, cada palavra cuidadosamente escolhida para transmitir nossa expertise e capacidades. Enquanto eu falava, podia sentir a sala sendo cativada pela visão que havíamos pintado.

A reunião progrediu, perguntas foram feitas e respostas foram dadas com o máximo de profissionalismo. Engajamos em uma discussão frutífera, trocando ideias e explorando possíveis colaborações. A energia na sala mudou de nervosismo para um senso de sinergia e possibilidade.

Eu não conseguia afastar a sensação de seu olhar fixo em mim. Isso fazia meus nervos aumentarem, ameaçando desviar meu foco. Mas eu continuei, determinada a mostrar meu trabalho árduo. A sala estava cativada, impressionada com o que eu havia preparado.

Finalmente, o momento chegou. Era hora de assinar o contrato, selando o acordo. O ar estava carregado de antecipação enquanto eu aguardava nervosamente a decisão deles.

Quando seu assistente apresentou o contrato, não pude deixar de sentir seu olhar penetrante em mim. A intensidade de seu olhar me fez instintivamente desviar, evitando qualquer contato visual direto. A verdade é que me faltava coragem para encará-lo. Parecia que seus olhos tinham um poder que poderia me desmoronar.

De repente, sua voz quebrou o silêncio, cortando a tensão como uma faca. "Vamos cancelar. Não quero fazer negócios com sua empresa," declarou, seu tom cheio de frustração e irritação. A sala caiu em um estado de confusão, com todos inclinando a cabeça curiosamente, tentando entender sua decisão inesperada.

Desesperada para salvar a situação, minha gerente implorou a ele, sua voz cheia de urgência. "Senhor, cometemos algum erro? Por favor, nos avise. Este acordo é incrivelmente importante para nós." No entanto, ele parecia indiferente aos seus apelos, seu foco fixo em mim. Seu olhar parecia como punhais, como se ele quisesse me aniquilar com apenas um olhar.

A atmosfera ficou pesada com incerteza, deixando todos nós tensos.

Enquanto a gerente persistia em perguntar o motivo do cancelamento do acordo, ele permaneceu em silêncio, recusando-se a fornecer uma explicação. O suspense na sala aumentou, deixando todos nós ansiosos para entender seus motivos.

Então, ele direcionou sua atenção para mim, pronunciando meu nome com um tom gelado. "Sra. Mittal, se você quer fazer negócios conosco, terá que demitir sua funcionária," disse, apontando diretamente para mim. A acusação repentina surpreendeu tanto a mim quanto a gerente, nossos olhos se arregalando de incredulidade.

Mas a gerente, determinada a me defender, falou com convicção. "Senhor, ela é uma funcionária incrível e trabalhadora. Não posso simplesmente demiti-la sem uma razão válida," implorou, sua voz cheia de sinceridade e lealdade.

No entanto, ele parecia imune às suas palavras, sua raiva palpável. "Não me importa quem ela é ou o que ela faz. Se você quer prosseguir com este acordo, deve demiti-la. Caso contrário, você sabe as consequências," rosnou, com os dentes cerrados. Com isso, ele saiu da sala de reuniões, deixando para trás o som ecoante de uma porta batida com força.

A tensão no ar era sufocante, deixando todos nós atordoados e incertos sobre o que aconteceria a seguir.

Enquanto me levantava da cadeira, uma mistura de determinação e medo percorria minhas veias. "Gerente, eu preciso me demitir," declarei, minha voz tremendo levemente. Mas minha gerente, abençoada seja, se recusou a me deixar ir sem lutar. Ela me tranquilizou, colocando uma mão reconfortante no meu ombro, prometendo confrontá-lo e até mesmo desistir do acordo, se necessário. Seu apoio inabalável me deu um vislumbre de esperança neste momento sombrio.

"Está tudo bem, Gerente," respondi, engolindo o nó na garganta. "Eu entendo a gravidade deste acordo para a empresa. Se me deixar ir garantir isso, então que seja." No fundo, eu sabia que havia mais em sua vingança contra mim, mas não conseguia me abrir para minha gerente ainda.

Sua confusão era palpável enquanto ela questionava nossa conexão. Tínhamos algum tipo de história? Hesitei, não pronta para revelar o doloroso segredo que existia entre nós. Em vez disso, ofereci um sorriso fraco e balancei a cabeça, mantendo minhas emoções bem guardadas.

Naquele momento, senti uma onda de determinação. Eu não deixaria essa situação me quebrar. Enfrentaria o que estivesse por vir com resiliência e força, mesmo que isso significasse sacrificar minha própria posição. O palco estava montado, e a tensão aumentava enquanto eu me preparava para navegar pelo caminho traiçoeiro que me aguardava.

Ao entregar minha carta de demissão, uma mistura de emoções me inundou. A tristeza em sua voz e nos seus olhos mostrava o quanto esse acordo estava nos afetando. Compartilhamos um momento agridoce, tentando aliviar o clima com um pouco de brincadeira. Eu ri e a provoquei sobre ser doce, mas ela protestou de forma brincalhona. No fundo, eu sabia que ela era um amor, e seu sorriso confirmou isso.

Saindo do escritório pela última vez, não pude deixar de refletir. Esta empresa tinha sido minha casa nos últimos dois anos, um lugar onde eu coloquei meu coração e alma no trabalho. Agora, eu tinha que dizer adeus. Mas, em meio à nostalgia, uma pergunta pairava em minha mente: por que ele voltou para minha vida? O que ele queria agora?

Perdida em meus pensamentos, virei à esquerda e, em uma reviravolta inesperada do destino, colidi com o peito sólido de alguém. Olhando para cima, me vi cara a cara com ele. O ar crepitava com tensão enquanto nossos olhos se encontravam, deixando-me a imaginar o que esse encontro traria.

"Mayank," ao pronunciar seu nome, lágrimas encheram meus olhos. Eu queria nada mais do que abraçá-lo apertado e derramar todos os sentimentos que mantive engarrafados por tanto tempo. A saudade e a dor de sentir sua falta me consumiam. Mas, ao olhar em seus olhos, vi algo além da raiva. Havia um toque de ódio, e isso me aterrorizou. Eu não queria que ele me odiasse.

Sentindo uma onda de medo me invadir, dei um passo para trás, pronta para fugir desse encontro doloroso. Mas antes que eu pudesse escapar, seu aperto se apertou ao redor dos meus braços, impedindo-me de sair. Sua voz, carregada de frieza e dentes cerrados, perfurou o ar, "Como você ousa cruzar meu caminho novamente?"

Eu não conseguia me obrigar a encará-lo, mantendo meus olhos voltados para baixo. Com uma calma que desmentia a turbulência dentro de mim, respondi, "Eu não sabia que era sua empresa." Mas seu aperto apenas se intensificou, suas unhas cravando em minha mão, causando-me dor. Foi preciso toda a minha força para segurar as lágrimas.

Desesperada para me libertar de seu aperto, reuni coragem para falar, "Mayank, por favor, solte minha mão. Está doendo." Minha voz tremia levemente, mas eu me recusava a deixar as lágrimas caírem. A tensão entre nós era palpável, e eu não tinha ideia de como esse encontro se desenrolaria.

Ao proferir essas palavras, fiquei surpresa com a reação de Mayank. Sua voz trovejou, cheia de raiva e mágoa, "E quanto à dor que você me causou naquela época?" Suas palavras cortaram-me como uma faca.

Tremendo, reuni coragem para falar, minha voz gaguejando, "E-eu sinto muito pelo que aconteceu." Mas sua resposta foi carregada de sarcasmo enquanto ele ria amargamente. "Desculpa? Hã? Você realmente acha que um simples 'desculpa' pode consertar tudo? Você acha que pode apagar a dor que me dilacera todos os dias?"

Suas palavras me atingiram como uma onda gigante, e eu recuei, incapaz de encontrar as palavras certas para responder. "Por quê? Por que você fez isso comigo, Seher? Por quê?" Sua voz ecoava com angústia, e eu podia sentir o perigo em seu comportamento. O medo me dominou, e fechei os olhos, com medo do que poderia acontecer a seguir. Eu sabia que tentar explicar seria inútil.

De repente, ele me puxou para perto, sacudindo meu ombro com uma força que me fez estremecer. Ele estava muito próximo, seu hálito quente roçando meu rosto. "Eu quase te esqueci. Quase esqueci que amei alguém como você. Mas sua reaparição trouxe de volta toda a dor que você me causou," disse ele no tom mais triste.

Lágrimas encheram meus olhos enquanto eu olhava nos dele, tentando esconder sua própria dor. Eu podia ver a angústia e o desgosto que eu havia causado. Foi uma realização dolorosa, e senti um profundo arrependimento pela dor que lhe trouxe.

Enquanto eu chorava, reuni coragem para estender a mão e segurar a mão de Mayank, na esperança de confortá-lo. Mas ele me deteve, mostrando a palma da mão como um sinal para parar. Meu coração afundou quando ele proferiu aquelas palavras assustadoras, "Seu 'desculpa' não pode consertar nada. Agora você vai ter que pagar pelos seus próprios atos, Seher. Eu prometo, vou fazer da sua vida um inferno, assim como você fez com a minha no passado." Seu sorriso malicioso me causou arrepios.

O medo me dominou ao testemunhar esse lado de Mayank, um lado cheio de ódio em vez do amor que ele uma vez teve por mim. Eu não podia deixar de me culpar por seu comportamento mudado. Eu sabia, no fundo, que eu era a razão de sua dor.

Através das minhas lágrimas, tentei explicar, "Mayank, eu não posso desfazer a dor que causei, mas eu realmente me senti culpada naquela época, e ainda me sinto agora." Minhas palavras foram recebidas com sua resposta fria, "Não ouse derramar lágrimas falsas na minha frente. Não vai funcionar. Eu vou te fazer pagar. Espere e veja." Com um sorriso diabólico, ele se afastou, deixando-me no chão, consumida pelo arrependimento e pelo peso das minhas ações.

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