




Quem é Bree?
O Natal veio e foi, assim como o Ano Novo, e Bree não ouviu nada de Trent. Quando voltou para a escola, ele ainda não tinha ligado. Ela tinha a impressão de que ele ligaria, então continuou esperando pelo menos uma mensagem dele, mas nenhuma veio.
Ela não entendia o porquê. Ele finalmente a beijou, e para Bree, foi tão mágico e incrível quanto ela sempre sonhou que seria. Mas... talvez não tenha sido para ele. Talvez Trent não estivesse tão encantado com ela quanto estava com a ideia dela.
Uma tarde, alguns dias depois do início das aulas, ela estava sentada na cama, olhando para o celular, debatendo se deveria ou não ligar para ele.
Sua colega de quarto, Lilly, entrou e sentou-se na própria cama ao lado de Bree. "O que você está fazendo? Por favor, me diga que não está pensando em ligar para o Jason."
"Ah, Deus, não." Foi o suficiente para Bree jogar o celular de lado. "Que nojo. Estou tão feliz que não havia nada de errado com o seu carro."
"Sim, o idiota aparentemente não sabia como colocar gasolina." Ela revirou os olhos e pegou o laptop. "Então, o que você estava fazendo?"
"Ah, nada. Só pensando em ligar para um dos meus amigos que vi na cabana. As coisas ficaram meio estranhas quando saí. Só queria ver se ele estava bem." Ela tentou disfarçar, mas Lilly viu através dela.
"Um amigo que você gostaria que fosse mais do que um amigo?"
Bree deu de ombros. Ela nunca contou nada sobre Trent, apenas mencionou seu nome algumas vezes quando falava sobre seus amigos em geral. "Não importa. Eu não vou ligar para ele de qualquer maneira."
"Bem, eu acabei de ver aquele outro estudante de música que mora alguns quartos adiante na área comum. Ele estava praticando violão. É o mesmo cara que resgatou o seu quando foi roubado. Talvez você devesse ir falar com ele. Aposto que vocês dois poderiam fazer uma bela música juntos." Lilly levantou as sobrancelhas para Bree.
"Ele mora aqui? Eu não sabia disso." Elas moravam em um dormitório misto, então não a surpreendia saber que um cara morava por perto. Ela só não sabia que era o mesmo que recuperou seu violão.
"Sim. Ele é super legal. Toda vez que o vejo, conversamos. Ele perguntou sobre você hoje. Perguntou se eu era sua colega de quarto e disse que esteve na cozinha comunitária com você naquela vez. Eu perguntei se ele sabia sobre o seu violão ter sido roubado, e ele admitiu que foi ele quem o recuperou. Você deveria ir falar com ele. O nome dele é Sam Fowler."
"Talvez eu devesse." Bree olhou para o celular novamente. Se ela fosse falar com Sam, o que aconteceria se Trent ligasse para ela? Talvez ela devesse mandar uma mensagem para Trent primeiro. E se ele estivesse esperando que ela mandasse uma mensagem? Um simples "Oi" nunca machucou ninguém.
"Ou... você poderia continuar olhando para o seu celular e não fazer nada." Lilly deu de ombros e voltou sua atenção para o laptop.
Sua colega de quarto estava certa. Era hora de Bree tomar as rédeas da situação. Se ela tivesse feito isso anos atrás no estacionamento da escola, não estaria olhando para o celular agora, estaria?
Com um suspiro profundo, ela pegou o celular, abriu os contatos e encontrou o nome de Trent. "Oi, como você está?" ela perguntou, e colocou o celular de lado.
Pareceu demorar uma eternidade para ele responder, mas quando respondeu, ele apenas disse: "Bem. E você?"
"Bem. Você teve um bom Natal?"
"Claro. Ei, quem é?"
Ele estava sendo sério? Ele realmente não sabia quem ela era? "É a Bree."
"Bree quem?"
"Ok então. Deixa pra lá." Uau—então era assim que ele ia jogar. Frustrada, Bree jogou o celular de lado e se jogou de costas no travesseiro.
"O que houve?" Lilly perguntou.
"Nada."
"Você mandou mensagem para ele?"
"Sim."
"Ele respondeu?"
"Sim. Bree quem."
"Ah. Talvez não seja mais o número dele."
Lutando contra as lágrimas, Bree revirou os olhos. "Ele tem o mesmo número desde a oitava série. Tenho certeza de que não é isso. Ou ele está tentando ser engraçado, ou essa é a maneira dele de me dispensar."
"Sinto muito, querida. Talvez você devesse perguntar quem ele é."
"Sim, isso não me faria parecer uma perseguidora." Ela revirou os olhos e se levantou da cama. Em frente ao espelho, ela enxugou os olhos. Parecia estúpido chorar por algo que ela nunca teve. Com um suspiro profundo, ela pegou o estojo do violão e saiu para o corredor. Talvez fosse hora de conhecer Sam, afinal.