




Luxúria
Yolie:
São oito da noite e estou sentada no parapeito da janela. Olho desinteressadamente para a enorme lua cheia que ilumina o jardim lá fora. Tomei banho porque, apesar do ar-condicionado, está um calor infernal aqui dentro; caso contrário, nem tentaria.
Reconheço os sintomas, estou meio deprimida. Quando fico assim, sempre me enrolo em um lençol com meu travesseiro favorito, como uma barra de chocolate e choro até me sentir melhor. Faço uma careta. Meu travesseiro está muito longe e não quero ter contato com os empregados, então não posso pedir chocolate; não quero que aquele idiota se ofenda e os demita também. Só posso chorar.
Mas nem sinto vontade, além disso, por que eu choraria? Porque quero sair daqui. Por que estou com medo? Porque estar em contato com Alex faz meu complexo de inferioridade me esfaquear repetidamente? Suspiro infeliz.
Não estou com fome. Também não estou com sono, mas dormir é preferível a virar o que quer que tragam na bandeja e deixar tudo lá sem ter provado nada.
Apago a luz, me jogo na cama e me enfio debaixo do edredom.
Alex:
Ela está dormindo. Encolhida sob o edredom azul. Passou a tarde pensando besteiras. Eu não tinha ideia de que seu ego era tão frágil. Como é possível que uma criatura tão poderosa possa ser tão insegura ao mesmo tempo?
Coloco a bandeja na mesinha de cabeceira. Ordenei a Patrick que levasse os empregados de volta para o outro lado da ilha. Preciso deles para manter a Villa limpa e organizada e para preparar a comida da minha pequena bruxa, mas não quero eles sob este teto o tempo todo. Meus planos dependem de passar o máximo de tempo com ela, só nós dois. Trouxe um jantar surpresa para ela e pretendo me divertir MUITO esta noite.
Yolie:
Meu Alex dos sonhos voltou. Ele me puxou debaixo do edredom e me acordou com seus beijos.
—Me disseram que você perdeu o apetite. - Ele sussurra. - No entanto, eu estou faminto.
Ele morde meu lóbulo da orelha, inserindo a ponta da língua no meu ouvido. Os pelos da minha pele se arrepiam! É óbvio que ele quer mostrar o quanto me deseja.
—Estou sonhando, certo? - Eu suspiro.
—Claro. - Ele ri - Como mais você explicaria que agora você é o prato principal?
Olho ao redor. O quarto está na penumbra. O brilho da imensa lua filtra pela janela aberta, iluminando tudo pela metade.
Alex está sentado na beira da minha cama. Consigo perceber sua silhueta, mas não consigo distinguir seu rosto completamente. Essa meia-luz lhe dá um ar de mistério.
—O que acha de brincarmos um pouco? - Ele propõe sedutoramente.
—Vou te dar pedaços de diferentes alimentos para provar. Se você adivinhar, eu te recompenso com beijos, se não... - ele ameaça docemente. - Se não adivinhar, você perde uma peça de roupa.
Oh. Meu. Deus! Juro que já estou meio perdida. Franzo a testa. Não entendo qual é o objetivo dele com essa proposta, realmente, mas estou mega curiosa para saber onde isso vai dar. Além disso, suspeito que esse jogo não vai durar muito. Estou usando uma camiseta larga e uma calça comprida e larga, por baixo, absolutamente nada.
—O que me diz, bruxinha? Você se atreve? - Ele me tenta.
—Topo.
Ele ri e me beija novamente, dando-me um selinho rápido que me deixa querendo mais. Ouço algo chacoalhar na mesinha de cabeceira. Apertando os olhos, (tirei meus óculos antes de dormir) parece que vejo ele colocando uma bandeja lá.
—Você pode morder isso, mas com cuidado; não morda meus dedos. - Ele diz, me oferecendo algo. Ele pressiona cuidadosamente minha boca fechada contra a comida e a roça com meus lábios, certificando-se de que eu morda o que ele oferece e não as pontas dos dedos. Mastigo devagar.
—É um morango. - Informo Alex.
—Muito bem! - Ele comemora, me dando outro selinho.
Gemo, irritada.
—Isso não são beijos, Alex. Você está trapaceando. - Protesto.
—Ah não, bruxinha. Meu jogo, minhas regras.
Trapaceiro desgraçado.
A bandeja chacoalha novamente e ele se vira para mim.
—Desta vez você deve provar com a língua.
—Ok.
Me aproximo um pouco mais dele e, lentamente e sensualmente, ele roça meus lábios com um de seus dedos, lambuzando-os com uma substância semi-líquida. Lambo um pouco e rapidamente envolvo meus lábios ao redor de seu dedo indicador, sugando-o e apertando-o com a boca.
Ele sibila e eu o solto. Saboreando a substância salgada e picante.
—Maionese. - Suspiro. - Era maionese.
Ele me recompensa com outro selinho fugaz, depositando-o no canto esquerdo da minha boca.
—Vou ter que aumentar o nível de dificuldade um pouco. Você é realmente boa nisso. - Ele resmunga baixinho. Escondo um sorriso bobo porque sei que ele não está se referindo ao simples jogo de adivinhar o que eu como, mas ao outro jogo mais sombrio e íntimo que estamos jogando, o da sedução.
—Bem. Agora jogue a cabeça para trás e abra a boca. Você não precisa mastigar, apenas engolir. - Ele sussurra.
Sua voz ficou rouca, seus olhos meio escondidos pela escuridão são apenas fendas. Obedeço suas ordens. Uma substância gomosa e gelatinosa entra pelos meus lábios, atravessa minha garganta e cai no meu estômago. Não tenho ideia do que acabei de engolir.
—É... algum tipo de caracol? Entendo que são muito populares na França. - Pergunto tentando esconder minha total ignorância.
—Espécie errada. - Ele murmura satisfeito - você acabou de provar uma ostra. Elas são consideradas uma comida exótica, sim, mas não têm nada a ver com caracóis.
Suspiro, desapontada.
—Então, um ponto para mim, bruxinha. Qual será meu prêmio? Mhh? A camiseta ou a calça? - Sua aparência é angelical, sentado ali, seus olhos brilhando de diversão, qualquer um que o visse pensaria que ele não faria mal a uma mosca.
Pondero as possibilidades e decido dar a ele a calça. Ficarei nua da cintura para baixo, mas posso continuar me cobrindo com o edredom. Com movimentos desajeitados e desleixados, tiro a calça, a amasso em uma bola e a entrego. Fazendo uma careta zombeteira para ele.
—Esse edredom não vai te proteger para sempre e você sabe disso. - Ele ameaça sedutoramente.
Minha temperatura corporal aumentou exponencialmente desde que começamos esse jogo louco, minhas nádegas descansam sobre a colcha da cama, o ar-condicionado, que parecia estar em greve durante o dia, resfriou bastante o quarto na última hora. O contraste de temperatura entre meu corpo inferior e a roupa de cama adiciona outra camada de sensação aos meus sentidos atormentados. Alex percebe minhas coxas se contraindo sob o edredom e sorri. Dando-me um sorriso lento e predatório.
—Vamos continuar, pequena?
—Sim.
Ele remexe mais uma vez e me avisa.
—Isso, você pode morder com confiança. - Ele me traz a comida e eu a mordo. É ligeiramente dura e crocante sob meus dentes.
—É uma torrada. - Respondo enquanto mastigo.
—Naturalmente.
Ele cola seus lábios no meu maxilar e ri. Olho para ele, intrigada.
—Eu disse que iria te beijar, mas nunca especifiquei que os beijos seriam restritos à área geral da sua boca. - Ele pisca.
Ele mudou as regras de novo! Ele é insuportável!
Engulo a mordida da torrada e ele já me oferece a próxima coisa.
—Morda essa também.
Obedeço e gemo de prazer. Eu realmente gosto dessa. Mastigo devagar, aproveitando o sabor do produto defumado. Devo ter mordido quase metade.
—É um cachorro-quente.
—Quer mais?
—Sim.
Mastigo feliz e ele me observa inclinando a cabeça.
—Descobri a chave para que você não vá para a cama sem jantar de novo. É óbvio que você gosta muito de frios. - Ele comenta, surpreso.
—Frios em geral, não, mas eu realmente gosto de cachorros-quentes. Você já experimentou uma salada fria?
—Mhm?
—Uma salada fria. É um dos meus pratos favoritos. É preparada com espaguete, maionese, abacaxi e cachorros-quentes. Em Cuba é comum comer em aniversários ou casamentos. Se todos os ingredientes estiverem na geladeira, eu poderia fazer uma.
—Dê a receita para a Yulia. - Ele diz sem rodeios.
Suspiro exasperada, preparando uma série de reclamações, pronta para soltá-las, mas sua boca pousa no meu mamilo direito. Eu grito. Ele o colocou dentro da boca, através do tecido da minha camiseta, e o suga como um pirulito. A umidade explode entre minhas pernas, meus músculos se tencionam. Minha barriga queima. Enrolo uma mão em seus cachos e fecho os olhos. Sua saliva molha minha pele através do tecido.
—Aaah. - Eu gemo.
Ele se afasta do meu mamilo e o lambe por cima da roupa. Meus seios estão duros, ambos os mamilos eretos e implorando por sua atenção. Ele enrola os dedos na barra da minha camiseta e me olha maliciosamente.
—Acho que esse cara. - ronrona, puxando a barra. - tem se intrometido por muito tempo.
Eu recuo, olhando para ele com raiva.
—Se eu ganhar, ele fica, se eu perder, ele vai. O jogo é seu e as regras são suas, mas isso não é motivo para eu deixar você ganhar.
—Que pena. - Ele suspira fingindo resignação. Seus olhos estão fixos no meu mamilo, visível sob o tecido molhado da camiseta.
Ele segura um copo de cristal nos meus lábios e eu tomo um gole. O líquido é frio e tem um sabor que eu reconheço.
—Suco de laranja.
—Sim. - Ele me dá um selinho nos lábios mais uma vez.
Ele me oferece mais suco, até que eu bebo todo o conteúdo do copo.
Passamos silenciosamente para o próximo item de comida e desta vez eu não reconheço o que estou mastigando.
—Não faço ideia. - Eu gemo.
—Perfeito! - Ele diz separando a palavra em sílabas. - Exijo meu prêmio, bruxinha. Diga adeus a essa camiseta horrível. - Ele ri.
Resmungando de frustração, puxo a peça sobre minha cabeça e a entrego a ele. Ele ri quando tento me cobrir com os braços.
—Oh não, não. Quem é o trapaceiro agora, hmm?
Ele espalha meus braços e roça meu mamilo com o polegar deliberadamente. Estou pegajosa entre as coxas e ardendo com a vontade de pular nele. Isso não é mais um jogo, é tortura!
—Peça. - Ele sussurra. Olhando para mim com uma expressão de desejo.
—Pedir o quê? - Eu digo. - Você já ganhou. O que mais você poderia querer?
Ele lambe o lábio inferior e o morde.
—Peça e você saberá exatamente o que eu quero.
Meu corpo inteiro queima de desejo. Meu interior clama por... algo. Seja o que for. Eu sei que ele é capaz de me levar ao orgasmo com seus dedos e sua língua, mas ele é tão contraditório. Nunca sei o que esperar dele. Além disso, não tenho ideia do que ele quer que eu peça.
—Me beija? - Tento, incerta.
—Isso é o suficiente para mim.
Ele cobre meu corpo com o dele e desta vez ele REALMENTE me beija. Sugando meus lábios, acariciando minha língua, me mordendo... Sua mão encontra meu seio e o acaricia.
DEUS. Meu peito está frio por causa do ar-condicionado, meus mamilos endurecem ainda mais em sua palma quente. Sua outra mão desceu sob o edredom, acariciando minha coxa.
Eu me recosto nos travesseiros, abrindo as pernas. Sua palma se conecta com meu sexo e ele morde meu lábio inferior, interrompendo o beijo.
—Você é incrível. - Ele ofega. - Você está totalmente encharcada!
Ele suspira e reivindica meus lábios novamente. Seus dedos indicador e médio percorrem meu sexo, acariciando meu clitóris e rodeando minha entrada.
—Mmmm. - Gemo contra seus lábios.
Ele remove a boca da minha e acende a luz do abajur, fazendo algo com o conteúdo da bandeja. Estreito os olhos, lutando contra o excesso repentino de claridade. Quero protestar. O que ele fez destruiu a atmosfera romântica ao nosso redor.
Ele volta para mim e espalha maionese no meu mamilo direito. Eu o encaro em choque.
—Por que você fez isso?! - Grito indignada.
—Porque... você vai adorar. - Ele promete. - Agora... lambe.
O quê? Ah não. AH NÃO! Isso não é normal. Isso é um nível muito alto de perversão.
Ele se inclina sobre mim, sussurrando no meu ouvido.
—Não pense demais. Apenas faça. Quero ver como você toca seu próprio seio com a língua. - Ele rosna.
Levanto meu seio com a mão. A posição é um pouco desconfortável, mas consigo limpar a maionese com algumas lambidas. Alex me olha com os olhos completamente escurecidos. O que estou fazendo é... estranho, mas incrivelmente excitante.
Por pura malícia, acomodo meu seio um pouco mais alto, colocando meu próprio mamilo na boca. Ouço Alex dizer uma palavra que nunca ouvi antes. Em três segundos ele está totalmente nu e entre minhas pernas.
Seu corpo é tão bonito. É a única coisa que consigo pensar antes que ele me penetre.
—Ahhh.
Ele me preenche completamente. Mexo meus quadris tentando acomodá-lo dentro de mim.
Ele começa a se mover e eu entro em transe. Nos beijamos. Suas mãos percorrem meu corpo sem vergonha, acariciando meus pés, minhas coxas e meu abdômen. Ele tira o elástico que segurava meu cabelo e o bagunça. Ele distribui pequenas mordidas ao longo do meu maxilar, gentilmente, cheirando meu pescoço enquanto seu membro acaricia meu interior escorregadio e molhado.
—Zeus! - Seus lábios deixam minha boca e ele olha nos meus olhos. - Você é... - ele respira com dificuldade - Incrível.
Ele cola a boca nos meus seios, mordendo um dos meus mamilos. Já estou descontrolada e pronta para explodir. Mexo meus quadris contra os dele. Enlaço meus tornozelos atrás de seus quadris. Minhas unhas arranham suas costas. Ele se move como se quisesse me perfurar. Ele acelera suas estocadas, tornando-as mais rápidas e fortes, ele bate na minha montanha de Vênus uma vez, duas vezes...
Oh sim. Oh sim.
Eu gozo. Meus músculos se contraem ritmicamente, apertando seu pênis dentro de mim. Meus sucos escorrem pelas minhas coxas, molhando o colchão.
Eu gozo. Meus dedos dos pés se contraem e esfrego a colcha com as solas dos pés convulsivamente, aproveitando a sensação de quase sair do meu corpo por um segundo. Grito meu prazer e rapidamente mordo meu lábio inferior, soltando pequenos gemidos.
Alex me agarra pelo cabelo. Vira minha cabeça para o lado, crava suas presas no meu pescoço, rompendo minha pele, suga meu sangue vorazmente através dos dois buracos que acabou de abrir na minha jugular e atinge seu clímax.
Eu perco a consciência.