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Capítulo 2

É tão chocante que as pessoas ainda achavam a notícia inacreditável, pois muitos acreditavam que vampiros existiam apenas nos filmes, e agora estavam no país. O que mais assustava as pessoas era o fato de que essas criaturas não tinham aparência diferente da de um humano. Pela primeira vez em Washington, muitos ficaram em casa com medo de que vampiros estivessem vagando à procura de refeições. Eles nunca deixavam de relatar qualquer criança sozinha na rua, quem sabe ela poderia ser o vampiro perdido.


O General Fidel voltou para casa tarde da noite. Sua esposa e filha ainda estavam acordadas esperando sua chegada, ele parecia tão cansado e exausto. Sua aparência não estava nada boa.

"Você parece alguém que perdeu uma guerra", sua esposa provocou para fazê-lo falar.

"Vimos as notícias, não é sua culpa", ela acrescentou ao perceber seu humor.

"Sinto como se tivesse colocado a comunidade em perigo, deixar aquele monstro à solta só trará problemas para todos nós", Fidel desabafou com raiva, como se fosse culpa de sua esposa.

"Tudo bem, querido, você pode estar bravo agora, mas por que não vai se refrescar..." Ela fez uma pausa, deu-lhe um beijo,

"e então eu vou servir o jantar", sua esposa concluiu, indo para a cozinha.

Fidel sentou-se à mesa de jantar parecendo mais animado. Julie se perguntou que mágica sua mãe tinha usado nele. Ela com certeza é o remédio certo para ele. Pensou enquanto se aproximava da mesa para se juntar ao pai.

"Então, pai, você disse algo sobre ter visto um vampiro hoje", ela começou, parecendo divertida. "Sim, querida", Fidel confirmou, colocando um garfo cheio de macarrão na boca.

"E como eles são?", Julie perguntou, parecendo mais preocupada do que nunca. O General Fidel era o único que tinha tempo para as perguntas de sua filha; os outros achavam isso um incômodo e por isso ela era muito mais apegada ao pai. Ela não se importava em compartilhar seus segredos com ele. "Os vampiros, bem, eles não têm diferença de nós, só que..." Ele parou, olhando a reação da filha, e levantou a voz para assustá-la.

"Eles têm dentes afiados e rasgam a carne humana". Julie gritou e o som disso alertou sua mãe para a cena. Fidel pediu desculpas e disse que estava se sentindo sonolento. Julie permitiu, embora quisesse ouvir mais. Por essa razão, ela havia dedicado sua mente a ser jornalista para ajudar seu pai com os casos. De fato, esses dois tinham coisas em comum. Não é à toa que ela pretendia ser jornalista para ajudar seu pai em casos difíceis como este.

Julie ficou sentada por um tempo antes de se retirar para o quarto. O dia foi divertido para ela, pois teve conversas com amigos sobre o incidente que aconteceu. Muitos confirmaram que não iriam à escola por uma semana até que o inimigo fosse encontrado. Outros disseram que se moveriam com armas de proteção caso encontrassem o vampiro. Julie riu de tudo isso, achando que eles exageraram em suas opiniões.

"Vocês sabem que os seguranças sempre fazem bem o trabalho deles, né?" Julie questionou, uma vez que um menino apontou que os seguranças não conseguiram completar uma missão. Ela deve ter dito isso para defender seu pai. Ela garantiu que todos trouxessem suas sugestões para encontrar a vítima. De fato, a conversa foi bonita, mesmo sendo crianças. Julie tem apenas oito anos e o menor deles, Ben, tem sete.

Julie fechou os olhos na cama, imaginando como seria o próximo dia para seu pai, já que ele teria que continuar sua busca. Ela adoraria ajudar, mas seu pai iria proibi-la, além disso, ela ainda tinha aulas para assistir na escola. "Eu serei uma jornalista para ajudar meu país, vou estudar muito e te orgulhar, papai", Julie continuava memorizando essas palavras enquanto seus olhos se fechavam lentamente. Sua mãe estava lá o tempo todo esperando ela dormir para poder tirar seus livros. Julie tinha o hábito de dormir com livros, mas era péssima para dormir. Às vezes, seus livros rasgavam devido a tanto se mexer. Ela acordava muitas vezes irritada ao ver um livro rasgado. Sua mãe não podia deixar de rir, pois conhecia bem o jeito de dormir da filha. Às vezes, encontrava a cabeça de Julie na direção oposta de onde a colocou inicialmente. Em outras situações, a encontrava deitada no chão. "Terrível para dormir", sua mãe sempre comentava e depois corrigia sua postura.

***DIAS ATUAIS

"Recebemos notícias de que o vampiro morto hoje estava com uma criança correndo com ela, e que vocês perderam o alvo da criança", o general reclamou com os soldados que participaram da missão mais cedo. Eles ficaram em posição de sentido, mudos, sem palavras para dizer. Da última vez que falharam em uma missão, foram suspensos do serviço, e isso poderia ser pior, sabendo que o inimigo não era humano. Tornou-se alarmante que os inimigos dos humanos fossem, na verdade, seres paranormais vivendo entre eles.

"Senhor, por favor, nós vamos compensar, só nos dê uma semana", um soldado implorou em nome deles, esperando uma resposta, mas um tapa pousou em sua bochecha.

"Você acha engraçado que a notícia toda diga que uma criança pequena escapou de nossas mãos?" o general rosnou, fervendo de raiva.

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