Capítulo 6 - Ela também trapaceou! (2)
Pegando os tabloides de Larry, Justin começou a ler calmamente o que estava na tela, mas ao primeiro olhar seus olhos tremeram violentamente antes de ele rapidamente deslizar as páginas impacientemente. Tudo o que estava escrito na tela entrou em seus olhos, mas ele parecia incapaz de registrar em seu cérebro.
Sua primeira impressão foi: 'Alguém estava armando para Nina.'
A segunda foi: 'Isso definitivamente não é verdade! Tudo foi photoshopado ou talvez a pessoa na foto não fosse Nina, mas uma sósia.'
Mas ele sabia que estava apenas em negação, pois conhecia muito bem que a pessoa nas fotos era de fato sua Nina. Seu sorriso, a felicidade genuína em seu rosto, sua figura, até a pinta abaixo dos olhos. Ele estava muito familiarizado com cada um desses detalhes.
Era verdade. As fotos eram verdadeiras.
Ao perceber isso, Justin imediatamente desabou na cadeira. Seu coração doía tanto que ele mal conseguia respirar.
Cada parte dele parecia estar em chamas, por dentro e por fora.
Por algum motivo, um pensamento não pôde deixar de ocorrer naquele momento: 'Foi assim que Nina se sentiu quando ouviu aquela notícia?'
Vendo-o tão desolado e triste, Larry não conseguiu continuar olhando para seu chefe, que obviamente estava desmoronando por dentro. Ele sabia o quanto seu chefe amava Nina e quanto mais profundo era o amor que sentia por ela, provavelmente mais profunda era a dor que estava sentindo agora.
Embora soubesse que não deveria, Larry ainda não pôde deixar de desenvolver alguma insatisfação em relação a Nina. Seu chefe a amava tanto, mas embora sentisse muita falta dela, ele se enterrava no trabalho desde ontem para se anestesiar e também para impedir-se de tomar ações drásticas para forçá-la a voltar para seu lado. Além disso, ele também estava ocupado elaborando planos para lidar com Tyson, o que o esgotava muito, sem esquecer daquela vadia interesseira.
Tinha sido apenas um dia, mas ele sentia que seu chefe já havia envelhecido dez anos.
Sentindo a necessidade de confortar e encorajar seu chefe, Larry disse: "Chefe, pode não ser o que parece. Talvez eles tenham uma relação de irmãos..." Mesmo para seus próprios ouvidos, a razão parecia fraca, mas ainda assim, embora fosse um consolo frio, era melhor do que nada.
Justin não parecia ter ouvido aquelas palavras, pois seus olhos gradualmente ficaram vermelhos e sua aura assassina e violenta, mas de repente ele pensou no pensamento que lhe ocorrera antes.
'Foi assim que Nina se sentiu quando ouviu aquela notícia?'
Sim! Seus olhos apagados de repente se iluminaram e, ao mesmo tempo, a aura violenta ao seu redor se retraiu. Pensando em como a pessoa ao lado de Nina era vingativa, não era impossível que ela tivesse elaborado esse tipo de plano para se vingar dele por supostamente ter machucado Nina!
Então, sem olhar para Larry, que há muito havia se movido para um canto do escritório depois de ver a aura de Justin se tornar assassina, Justin pegou seu casaco e saiu correndo do escritório. Ele praticamente correu até a garagem, entrou no carro e dirigiu acima do limite de velocidade em direção à casa de Nina.
Em seu coração, ele preferia acreditar que aquelas fotos tinham sido apenas para se vingar dele do que acreditar que Nina o havia traído.
Enquanto isso
"Você tem certeza de que ele vai vir?" Nina perguntou nervosamente, olhando ansiosamente para a porta.
Erguendo as sobrancelhas elegantemente, Selena parecia imperturbável enquanto respondia sem pressa, "Se ele ainda não aparecer considerando o quanto a notícia foi exagerada... Então só posso te dizer uma coisa, garota. Você pode ter desperdiçado toda a sua juventude com um canalha!"
Nina ouviu suas palavras e abaixou a cabeça, seu cabelo longo e lustroso cobrindo qualquer expressão que ela tivesse no rosto naquele momento antes de responder de forma evasiva, "Hum."
Selena suspirou exasperada ao vê-la daquele jeito. Ela quase não conseguiu evitar a vontade de gritar com sua amiga para que se recompusesse, mas no final, suspirou impotente.
Ela ainda não conseguia suportar ver Nina triste.
"Ele vai vir. Eu sei que vai, tá?", disse com convicção, não porque estava tentando enganar Nina, mas porque realmente acreditava nisso. Se não tivesse tanta certeza de que ele viria, definitivamente não teria feito esse plano em primeiro lugar.
Quase assim que terminou de falar, o som furioso de um motor de carro veio de fora. Nina correu animadamente para a janela e espiou para ver um carro familiar.
"Ele está aqui. Ele realmente está aqui." Ela repetiu, obviamente de bom humor.
Selena suspirou internamente ao ver a reação dela enquanto pensava consigo mesma.
'Nós, mulheres, somos todas tolas quando estamos apaixonadas. Mesmo quando somos continuamente machucadas pelos homens que amamos, ainda ansiamos por eles incontrolavelmente.'
Uma batida veio da porta.
Nina articulou, "Abra."
Selena não tomou nenhuma ação e, em vez disso, se aproximou de Nina para sussurrar em seu ouvido, "Deixe-o esperar e se desesperar um pouco mais."
Batidas contínuas vinham da porta e, mesmo depois de alguns minutos, a porta ainda não mostrava sinais de abrir.
Isso fez Justin realmente entrar em pânico e, com todas as lições de etiqueta jogadas pela janela, ele levantou a voz.
"Nina, eu sei que você está aí dentro. Abra a porta, eu preciso falar com você. Amor, me desculpe, por favor, abra a porta, tá?" Seus gritos gradualmente se transformaram em súplicas no final. Ninguém jamais acreditaria que esse magnata dos negócios, conhecido por ser arrogante e orgulhoso, descartaria seu orgulho apenas para implorar à sua amada.
Finalmente, momentos depois, as pessoas dentro do quarto pareceram satisfeitas com a tortura mental que o fizeram passar e decidiram abrir a porta.