




Capítulo 3 Respeito mútuo
O ar ficou completamente silencioso por alguns segundos, passos ecoaram na entrada, e então uma figura familiar apareceu na visão de Ellie. Ele estava vestindo uma camisa de manga longa cinza escura e calças combinando.
Quando George saiu, ele estava exatamente assim, com uma bolsa de viagem preta na mão.
"Te assustei?" George riu suavemente, sua voz profunda e ligeiramente rouca transmitindo uma sensação de calma.
Ellie sorriu, seus olhos brilhando intensamente. Ela desistiu da ideia de pegar água e colocou seu copo ao lado do bebedouro, então correu em direção a George.
"Por que você não me avisou antes de voltar?" ela perguntou, estendendo a mão para pegar a bolsa de viagem da mão de George.
George olhou para baixo e viu os fios de cabelo soltos de Ellie espalhados pelas bochechas. Seu cansaço desapareceu instantaneamente.
"Está pesada, eu levo," ele disse, indo em direção ao quarto. "Achei que ficaria preso por mais alguns dias, mas as coisas foram mais suaves do que eu esperava. Quando estava voltando, já era tarde. Achei que chegaria em casa por volta de uma ou duas da manhã, então não quis te acordar com uma ligação."
As mulheres eram fáceis de agradar, pelo menos Ellie era. Ver George de volta e saber que ele não quis atrapalhar seu sono, toda sua inquietação e irritabilidade simplesmente desapareceram.
"Ah, entendi..."
"A propósito, por que você ainda não está dormindo?" George perguntou.
O coração de Ellie deu um salto enquanto ela o seguia até o quarto, pensando no sonho que acabara de ter, sentindo-se um pouco irreal, e seus passos desaceleraram.
"Ah... Eu dormi, mas estava muito quente e de repente fiquei com sede."
George pensou nela segurando aquele copo de água mais cedo e olhou para a cama arrumada. Ele largou a bolsa de viagem e a abriu, perguntando, "Você dormiu no sofá de novo?"
"Sim, cochilei assistindo TV."
"Dormir no sofá é um desastre para o seu pescoço," ele disse, tirando roupas da bolsa e colocando-as no guarda-roupa.
Ellie, ainda se sentindo nervosa, segurou a barra do pijama com suas pequenas mãos e murmurou suavemente, "Mmm."
Vendo-a apenas parada ali, George riu, "Você não precisa se preocupar comigo. Vá descansar, eu cuido disso."
"Ah..." Ela se jogou na cama, mas dormir era a última coisa em sua mente.
Ela o observou guardar as roupas limpas e bem passadas e finalmente lembrou-se do que queria dizer.
"Hum, você está livre depois de amanhã?"
"Tem algo planejado?"
"O bebê da Fiona já tem um mês, e vai ter uma festa."
George virou a cabeça surpreso, "Ela nem tinha dado à luz quando eu saí. O bebê chegou tão rápido?"
"Você está fora há dois meses..."
O peito de George apertou ao olhar para Ellie sentada na beira da cama. Desculpas e culpa surgiram dentro dele, mas ele não sabia como expressá-las. Após uma breve pausa, ele assentiu.
"Claro, estou livre. Você sabe, geralmente não tenho muito o que fazer logo após uma viagem."
"Que bom..." Ellie abaixou lentamente o olhar, debatendo se deveria mencionar a pressão dos mais velhos sobre ter um filho.
Mas George já havia terminado de guardar suas roupas e tirou uma bolsa com itens de higiene e pijamas da bolsa de viagem.
"Vou tomar um banho."
Ellie levantou o olhar e viu George pegar suas roupas e ir para o banheiro.
Ellie se virou e caminhou em direção ao quarto, seus lábios se abrindo como se fosse dizer algo, mas então ela se calou.
'Deixa pra lá... talvez amanhã, ou depois da festa com minha prima pós-bebê.'
Ela tirou os sapatos e se jogou na cama, puxando um cobertor fino sobre o estômago, mas estava completamente acordada. Sua mente estava a mil pensando em como abordar o assunto do bebê com George. Não eram só os parentes, até ela estava começando a ficar ansiosa...
Os homens sempre eram rápidos no banho, e George não era exceção, especialmente porque ele já tinha se arrumado antes de voltar para casa. Ele saiu do banheiro em pouco tempo.
Notando que a TV ainda estava ligada, ele pegou o controle remoto da mesa de centro e a desligou, depois apagou as luzes da sala.
Ellie, ainda completamente acordada, virou a cabeça em direção à porta do quarto quando ouviu ele se movendo. Logo, George entrou.
Ele estava apenas de shorts, sem camisa. Embora ele parecesse meio magro com a camisa, sem ela, seus braços, peito e abdômen eram todos definidos, fazendo-a sentir uma mistura estranha de pressão e pânico.