Read with BonusRead with Bonus

Capítulo 2

"Assine agora, Laura!" Jack exclamou em um tom ameaçador.

"Jack, por favor," ela implorou, sentindo a tristeza tomar conta de suas palavras.

"Assine agora; vamos logo!" Jack insistiu, ficando impaciente.

Olho para meu irmão Jack com um olhar suplicante, mas vejo que o que sinto pouco importa para ele, pois devemos nos sacrificar pela família. Uma lágrima escorre pela minha bochecha.

"Eu te odeio," sussurro para Morgan, e percebo que ele entende.

Caminho até a mesa e assino aquele maldito contrato. Vejo meus sonhos escapando. Assim que assino o contrato, ele coloca as mãos na minha cintura e sussurra no meu ouvido, "Agora não tem mais volta, princesinha."

"Quem sabe, talvez eu seja abençoada pelo universo, e você morra nas mãos dos seus inimigos."

Apertando meu corpo contra o dele, ele diz, "Isso não vai acontecer, e mesmo que eu morra algum dia, você vai comigo."

"Oh, que romântico. Juntos para sempre," digo sarcasticamente.

Enquanto o discurso é feito, sinto-me sufocada e preciso respirar. Saio da sala e vou para o pátio, precisando de ar fresco para digerir tudo o que está acontecendo na minha vida. Entro em uma sala agradável e avisto uma garrafa de uísque. Abro-a e dou um gole direto da garrafa. Quando olho para trás, dou de cara com Nick, irmão de DOM Morgan.

"Uau, você me assustou," digo, surpresa.

"Desculpe, não foi minha intenção," ele responde, sorrindo.

Nick tem um sorriso encantador e é gentil. Se ao menos Morgan fosse mais como ele, seria mais fácil aceitar esse casamento.

"O que você está fazendo aqui sozinha?" ele pergunta.

"Fugindo do seu irmão, suponho," respondo.

"Você está indo bem. Até eu fugiria. Deveria te parabenizar, mas acho mais apropriado oferecer minhas condolências," ele diz, rindo.

"Bem, acho que é por aí mesmo." Sorrio de volta para ele.

"E como você está se sentindo?" ele pergunta.

"Como se estivesse sendo jogada no fogo," respondo.

Ele sorri.

"Ah, sim, como nossas bruxas ancestrais?" ele provoca.

"Sim, exatamente. Cuidado, a família Lancellotti descende de bruxas," brinco.

"Eu acredito. O mundo vai além do que nossos olhos podem ver," ele diz, pegando a garrafa e tomando um gole de uísque.

"Também acho." Concordo.

"Viu? Temos muito em comum, Laura," ele diz, olhando intensamente para mim com um lindo sorriso.

Retribuo o sorriso, e ele levanta a mão até meu rosto, afastando uma mecha de cabelo dos meus olhos. Nesse momento, a porta se abre violentamente, e antes que eu possa me virar, vejo o reflexo de uma faca indo em direção às mãos de Nick. Olho para DOM Morgan, e ele tem um olhar furioso, direcionado ao próprio irmão.

"Se tocar na minha mulher de novo, eu arranco suas mãos," Morgan ameaça.

"Estávamos apenas conversando; qual é o seu problema?" Nick diz, saindo da sala.

"Qual é o seu problema?" perguntei, confrontando Morgan.

"Meu problema é você, Laura. Não consigo me controlar quando você está por perto. Por que você não me obedece?" ele diz, segurando-me firmemente pela cintura.

"Porque eu não sou um cachorrinho para você dar ordens," respondo com determinação.

"Mas você é minha mulher," ele afirma.

"Eu não sou sua mulher até nos casarmos," retruquei.

Ele agarra meu pescoço com as mãos, roubando um beijo de mim. Sua língua invade minha boca, explorando cada centímetro. Me encontro perdida, presa em seu abraço. Mas logo volto a mim e o empurro.

DOM me levou para uma de suas propriedades enquanto minhas emoções permaneciam tensas após a altercação com seu irmão Nick. No dia seguinte, planejamos visitar diferentes propriedades para decidir onde moraríamos após o casamento. DOM havia solicitado permissão ao meu irmão para passarmos a noite juntos na mesma casa.

Perdida em meus pensamentos, lembrei-me das palavras reconfortantes de Fabian, meu melhor amigo, que prometeu me ajudar a escapar. No entanto, ao chegar à propriedade, minha visão foi confrontada por uma cena assustadora. Parecia uma fortaleza militar, despertando em mim a percepção de que escapar não seria uma opção fácil. Mesmo que eu me escondesse no subsolo, DOM encontraria uma maneira de me localizar.

Sentamos na sala de estar, e ele me ofereceu uma bebida. Aceitei, precisando relaxar, então tomei dois copos de gim e alguns de uísque.

"No que você está pensando?" ele perguntou.

"Nada; estou apenas quieta."

"Eu sei que você está com medo de como eu agi quando vi o Nick perto de você. Não quero te machucar ou ser rude, mas há duas coisas que eu não gosto que você faça: me confrontar e me desobedecer."

"Obedecer? Eu não sou uma das suas funcionárias," retruquei.

"Eu só quero te proteger. Você sabe que uma vez que estivermos noivos, você estará em perigo," ele afirmou.

"Como você ousa dizer que quer me proteger? A pessoa mais perigosa que eu já conheci na vida é você. Um psicopata que semeou o caos ao meu redor, matando qualquer um que se aproximasse de mim. Você não pode me proteger de você mesmo."

"Você sabe o negócio em que estou envolvido. A primeira coisa que eles vão querer atacar é minha família," ele argumentou.

"Acho que, pelo menos desta vez, eles vão me deixar em paz. Porque nós não somos uma família, e um pedaço de papel não vai me fazer te considerar como tal."

"Onde você vai? Eu não terminei de falar," ele questionou.

"Vou atender o Jack; ele está me chamando," respondi, me preparando para sair.

Entro no banheiro para atender a ligação do Jack, como sempre, tentando controlar cada passo meu.

"Você demorou para atender; está ocupada, irmãzinha?" ele pergunta.

"O que você quer, Jack?" respondo impaciente.

"Você está bêbada?" ele pergunta, preocupado.

"Não, só tomei uns drinks," respondo secamente.

"Não beba mais; vá para o seu quarto e tranque a porta. Eu conheço o joguinho do DOM; ele sabe que não pode te transformar em uma das 'prostitutas' dele," ele grita furioso.

"Mas qual é o seu problema? Você me colocou nessa situação, e agora quer que eu me tranque no quarto? Só tomei uma bebida; não pretendo passar a noite com esses psicopatas," retruquei, irritada.

"Apenas faça o que eu digo. Aquele desgraçado está te dando bebidas, e você está caindo na dele," ele insiste.

"Não vou discutir com você. Eu sei me cuidar," respondo determinada.

Desligo o telefone na cara do Jack. O que ele está pensando, me forçando a ficar noiva e depois me insultando? Com passos decididos, volto para a sala de estar, enquanto o corredor parece um labirinto escuro à minha frente. O som dos meus saltos ecoa no chão de madeira, uma trilha sonora rebelde.

De repente, sinto uma presença atrás de mim.

"Perdida, princesinha?" uma voz sedutora sussurra no meu ouvido.

"Você me assustou!" respondo, sobressaltada.

"Não há necessidade de ter medo. Não vou fazer nada que você não queira," ele diz, abrindo a porta do escritório e me convidando a entrar.

"Eu não quero me casar."

Se ele não faria nada que eu não quisesse, por que não arriscar?

Ele me olha, sério e intenso, enquanto saboreia um copo de uísque, mantendo o olhar fixo em mim. Há uma tensão palpável no ar, e a influência do álcool na minha mente só torna tudo mais intenso.

"Você vai continuar me encarando assim?" eu o provoco, desafiando-o.

"Eu poderia te encarar por toda a minha vida," ele diz.

"Entendi." Respiro fundo, sentindo a adrenalina correr pelas minhas veias.

Ele pressiona seu corpo firmemente contra o meu. Seu perfume exala aquele aroma cativante que me enfeitiça. Meu corpo treme ao sentir sua mão deslizando pelas minhas costas nuas.

"Você é tão linda," ele sussurra, olhando intensamente para mim.

"DOM Morgan," chamo seu nome, esperando que ele pare de me olhar desse jeito.

"Você não tem ideia de como me afeta quando está tão perto. Me dá vontade de rasgar esse vestido," ele diz com um tom carregado de desejo.

Seus dedos continuam acariciando minha pele, enviando arrepios pela minha espinha. Tento me afastar, mas ele me segura firmemente pela cintura e diz, "Você é tão linda que eu mataria qualquer um que olhasse para você," com um tom possessivo na voz.

Em um movimento rápido, seus lábios encontram os meus, sua língua buscando entrada, e eu cedo. Suas mãos deslizam pelos meus quadris, alcançando meu traseiro.

"Pare," digo, tentando recuperar algum controle sobre meu corpo.

"Tem certeza?" ele murmura, beijando meu pescoço lentamente.

"Sim, tenho," respondo com uma voz rouca e sem fôlego.

"Você não me convenceu," ele sussurra.

Meu corpo reage a cada toque, se rendendo aos seus desejos.

"Por que você foge de mim?"

"Por que essa obsessão por mim?"

"Você acha que é só uma obsessão? O que eu sinto por você vai muito além disso, além de qualquer sentimento que você possa imaginar. Eu não consigo resistir a você; você me desarma em todos os sentidos."

Previous ChapterNext Chapter