




Capítulo 5 Isaac Porter a defende
Nora estava prestes a chamar um táxi para o shopping próximo para comprar alguns itens domésticos para Steve quando seu telefone tocou de repente.
Era uma ligação do avô de Isaac, Edmund. Ela atendeu rapidamente.
"Vovô, o que houve?"
Edmund sempre foi gentil com ela; mesmo após seu divórcio de Isaac, seu respeito por ele não diminuiu nem um pouco.
"Amanhã é o septuagésimo aniversário da sua avó. Como estão os preparativos?" A voz de Edmund era alegre.
Nora sorriu. "A pintura está pronta."
"Isso é maravilhoso! Vou passar na sua loja agora. Enquadre bem, e vamos surpreendê-la no aniversário," disse Edmund, animado.
"Pode deixar."
Depois de desligar, Nora instruiu o motorista a levá-la para a loja em vez do shopping.
Junto com Sophia, Nora havia aberto um estúdio de arte na Rua Oeste, gerenciando tanto a loja física quanto a online, acomodando todos os estilos de arte.
Dois anos atrás, Edmund a procurou com a ideia de pintar um retrato da cidade natal da avó como um presente de coração para seu septuagésimo aniversário. No entanto, devido aos estragos da guerra, a cidade natal da avó não existia mais, sem fotos para falar. Sua imagem vivia apenas nas memórias da avó.
Edmund anotou meticulosamente todos os detalhes sobre a cidade natal que sua esposa havia mencionado.
Depois de esboçar dezenas de desenhos ao longo de dois anos, Nora finalmente aperfeiçoou a cena conforme descrita pela avó. Estava pronta para ser revelada no dia especial.
Nora chegou rapidamente à loja.
Seu avô ainda não havia chegado.
Ela arrumou o cavalete e desenrolou uma tela de quatro metros, preparando suas tintas.
Quando terminou de preparar, seu avô entrou na loja.
"Vovô, você chegou," Nora cumprimentou com um sorriso, caminhando para ajudar o senhor idoso.
Edmund se aproximou ansiosamente da tela.
Ele inspecionou meticulosamente a obra de arte de ponta a ponta, acenando com satisfação. "Maravilhoso. Isso é maravilhoso! Cada detalhe que sua avó descreveu está aqui. É tão realista e o senso de história é forte. Ela vai ficar absolutamente encantada ao receber esta pintura!"
"É o carinho que você colocou nisso que vai tocá-la mais," disse Nora com uma risada.
"Você com certeza tem uma língua mais doce que a do Isaac!" Edmund riu alto.
Nora apenas sorriu e continuou misturando suas tintas, finalizando os últimos retoques.
"Assim que secar, vou montar o pergaminho e a peça estará completa," Nora sussurrou.
Edmund não conseguia esconder sua empolgação e alegria ao olhar para a pintura.
Depois de instruir Nora a preservar cuidadosamente a tela, ele saiu da loja.
Nora começou a limpar seus materiais de pintura.
Depois de guardar as ferramentas e voltar para sua estação de trabalho, ela notou um rosto familiar parado por perto.
Era Kalista!
A confidente próxima de Isaac.
A pessoa que ela havia apoiado por três anos—com o sangue do seu coração.
A mesma mulher que havia lhe enviado uma mensagem na noite anterior.
O rosto de Nora endureceu enquanto ela se aproximava rapidamente, com a intenção de mandar a visitante embora.
Mas, ao se aproximar, Kalista estendeu a mão e levantou o pergaminho.
"Kalista, coloque a pintura no chão!" Nora ordenou com firmeza, embora não ousasse tocá-la.
Arte em tela era delicada; um pouco de força poderia causar danos irreparáveis.
Assustada, Kalista lançou-lhe um olhar de reprovação. "Por que você está gritando?"
"Eu disse para colocar minha pintura no chão!" Nora conteve sua raiva, insistindo mais uma vez.
Kalista não obedeceu; em vez disso, começou a enrolar a tela lentamente. "Eu gostaria de comprar esta peça. Diga seu preço."
"Não está à venda!" A expressão de Nora era de fúria. "A tinta nem está seca ainda, e você está enrolando? Se você danificar meu trabalho, vai ter um problema comigo!"
Kalista deu de ombros, indiferente. "Olha, se quebrar, eu posso pagar. Por que você está sendo tão agressiva?"
Nora estreitou os olhos. "Eu disse para colocar a pintura no chão. Você não entende isso?"
"Eu já disse que vou comprar," retrucou Kalista arrogantemente, enrolando a pintura. "Vou levar comigo. Pergunte ao Isaac sobre o preço."
"Pare aí mesmo!" Nora avançou para agarrar o braço de Kalista.
O pé de Kalista escorregou, e ela caiu no chão.
Gritando de dor, ela olhou para Nora com raiva. "Nora, você é tão rancorosa! Você me empurrou de propósito, querendo que eu me machucasse?"
"Espere só, vou chamar o Isaac para julgar isso."
Ela pegou o telefone e ligou para Isaac. Assim que ele atendeu, ela começou a chorar em tom de queixa. "Isaac, você pode vir à loja da Nora agora? Eu vim de boa fé para apoiar o negócio dela, e ela está tentando me machucar."
Meia hora depois, Isaac entrou.
"Isaac, finalmente você chegou." Kalista se aproximou dele com olhos lacrimejantes, a imagem da aflição.
O olhar de Isaac fez uma rotação lenta entre as duas. "O que aconteceu?"
Kalista se adiantou rapidamente. "Eu encontrei esta pintura que adorei, mas ela deliberadamente não quer me vender. Ela até me derrubou!"
"Você está machucada?" Isaac perguntou com preocupação.
Com as bochechas coradas, Kalista disse, emocionada, "Estou um pouco dolorida, mas vendo que você se importa comigo, é como se eu não sentisse mais a dor."
Isaac desviou sua atenção e a instruiu, "Você pode ir na frente. Eu vou resolver as coisas aqui."
"Tudo bem, vou esperar você lá fora." Sorrindo, Kalista pegou a pintura e se dirigiu à porta.
"Deixe minha pintura!" Nora tentou intervir.
Mas Isaac segurou seu braço, puxando-a para trás com força.
"Nora, já chega?" Isaac franziu a testa enquanto a repreendia impacientemente.