




Capítulo 1 Hora do divórcio
"Acabaram os preservativos. Traga uma caixa rápido. Você não quer que eu engravide do filho do seu marido, quer?"
O rosto de Nora Foster ficou pálido ao ler a mensagem descarada da amante de seu marido.
Quando seu telefone escorregou de suas mãos, caiu sobre o aviso sombrio de seu diagnóstico de câncer de estômago.
"Como você pôde fazer isso comigo, Isaac Porter?" ela sussurrou em agonia, a dor rasgando seu coração enquanto ela desabava no chão.
Naquela tarde, ela havia sido diagnosticada com câncer gástrico em estágio avançado. O médico havia informado, com pesar, que ela tinha apenas três meses de vida.
Depois de refletir a tarde inteira, ela finalmente decidiu acabar com seu casamento sem amor e libertar Isaac Porter.
Ela ligou para Isaac para concordar com o divórcio, dizendo que estava disposta a sair sem levar nada. Mas havia uma condição—ele tinha que voltar para casa naquela noite e fazer amor com ela. Ela ansiava por um último momento de ser valorizada.
Por que se agarrar a uma união fria quando ela poderia saborear seu afeto por apenas uma noite e partir com essa memória preciosa?
Mas ela nunca imaginou que seria solicitada a fornecer preservativos para o caso dele.
O ressentimento borbulhou dentro dela.
Tremendo, Nora pegou o telefone novamente e discou o número de Isaac, seus dedos trêmulos.
O telefone tocou incessantemente, quase chegando ao ponto de desconexão, antes que ele finalmente atendesse.
"O que é?" Sua voz profunda e magnética estava saturada de impaciência.
"Isaac, onde você está? Quando vai voltar?" Nora tentou manter a voz firme, mas ela vacilou.
"Você sabe a resposta para isso. Por que pergunta?" Seu tom era frio e zombeteiro, com um toque de provocação nas palavras.
Nora cravou as unhas na palma da mão. "Você não pode ficar comigo esta noite?"
"Não posso." Sua indiferença era gelada. "Com quem eu passo meu tempo não é da sua conta."
"Ainda não estamos divorciados, e você prometeu—nada de casos com Kalista Garcia enquanto nosso casamento ainda estivesse de pé!" Nora protestou, sua voz embargada.
A resposta de Isaac estava carregada de desprezo. "Os papéis do divórcio estão na mesa de cabeceira desde o dia após nosso casamento. Eu os assinei há três anos. Assim que você assinar, não estarei em violação."
Seu coração se encheu de dor, e Nora lutou para manter a compostura. "Você realmente se recusa a ficar comigo esta noite? Se não, eu vou sair e encontrar outra pessoa!"
Uma risada zombeteira veio pelo alto-falante. "Assine os papéis do divórcio, e você pode fazer o que quiser."
O coração de Nora despencou.
Ele nem se importava com a ideia dela com outro homem.
A voz do homem gotejava sarcasmo enquanto voltava a falar. "Nora Foster, não faça esse teatro de profundo afeto comigo como se você tivesse sido injustiçada."
"Você me traiu há quatro anos por outro homem e me forçou a casar usando o Vovô há três anos. Agora que ele voltou, você está ansiosa para se divorciar só para ficar com ele."
"Quantas vezes você me manipulou? De quem você está buscando simpatia agora?"
Embora ele não mencionasse o nome da pessoa, Nora Foster sabia exatamente de quem ele estava falando. Mas era tudo um mal-entendido. Ela tentou explicar, "Estou pedindo o divórcio, mas não é por causa dele."
Ela parou no meio da frase. Como ela poderia explicar? Se ela deixasse ele saber que havia sido diagnosticada com câncer há quatro anos... Esqueça; desde o dia em que escolheu amá-lo, ela estava determinada a fazê-lo feliz, nunca deixando esse garoto de ouro derramar lágrimas por ela.
"Então, por que é?"
Quando Isaac ouviu o soluço engasgado em sua voz, ele ainda nutria alguma fantasia. Mas ao vê-la lutar para encontrar palavras, ele zombou e acrescentou, "É porque você ainda não encontrou uma boa desculpa?" Sem esperar por uma resposta, ele desligou o telefone.
Do lado dela, enquanto o tom de discagem ecoava, Nora deixou o telefone cair, e as lágrimas que ela estava segurando finalmente vieram à tona.
Que seja. Ela murmurou para si mesma com resignação, "Isaac, se você não me conceder nem o conforto desta última noite, então não posso ser culpada!"
Com isso em mente, ela pegou o telefone e discou para sua melhor amiga, Sophia Price.
"Sophia, preciso da sua ajuda com uma coisa."
No quarto de hotel mal iluminado, Nora lentamente tirou suas roupas, peça por peça. Em seguida, pegou uma pequena pílula destinada a levantar seu ânimo e a colocou na boca. Mal havia passado uma hora desde que ela assinou os papéis do divórcio. Então, ela entrou em contato com sua melhor amiga Sophia, pedindo que arranjasse um acompanhante para a noite. Dizem que a melhor maneira de superar um homem é encontrar consolo na companhia de outro.
Não demorou muito para que a porta do quarto se abrisse. Um homem com uma camisa florida usou seu cartão-chave para entrar. Quando foi fechar a porta, percebeu que algo a estava bloqueando.
"Quem está aí?"
Ele mal teve tempo de se virar para verificar quando um soco o atingiu em cheio no rosto. O homem foi lançado vários metros para trás, caindo no chão em um amontoado.
"Quem é você? Por que fez isso?" ele exclamou, segurando o olho inchado com uma mistura de raiva e medo, seu olhar se voltando bruscamente para o recém-chegado.
O homem na porta era alto e imponente, facilmente com mais de um metro e oitenta. Ele exalava uma presença aristocrática e emanava a aura de comando de alguém nascido para o poder, compelindo um respeito instintivo.
Como o principal performer do clube, um calafrio de vergonha percorreu seu corpo ao reconhecer o rosto do homem.
Enquanto ainda estava atordoado, um cheque bateu em sua testa.
"Saia."
A voz do homem era profunda e gélida, tons perigosos escapando a cada palavra.
"Tá bom, já vou!" ele retrucou.
Seus olhos brilharam ao ver a sequência de zeros no cheque.
Ele saiu do quarto de quatro.
Antes de sair, certificou-se de fechar a porta atrás de si.
Isaac entrou no quarto, um frio o acompanhando.
Ao ver a mulher desarrumada na cama, sua expressão escureceu.
"Nora Foster, você tem muita coragem! Como ousa sair escondida para ficar com outro homem!"
A consciência de Nora estava turva; ela não percebeu que havia outra pessoa no quarto, nem conseguia entender o que o homem murmurava ao lado da cama.
Ela estava completamente perdida em seu próprio mundo.
"Isaac Porter, você é um mentiroso."
"Se você pode procurar mulheres, então eu posso procurar homens!"
"Onde está meu homem? Estou me sentindo tão mal; por que ele ainda não chegou?"
Nora se contorcia na cama.
O cobertor escorregou, revelando sua pele nua.
Seu corpo se movia de forma sedutora, como uma cobra deslizando pela água, incitando uma onda de desejos irresistíveis.
Isaac observava, a cena tentava o demônio dentro dele.
Ele fechou os olhos e respirou fundo, forçando-se a conter o calor que subia dentro dele.
Então, ele abriu os olhos e caminhou até a cama. Ele agarrou o braço de Nora, com a intenção de levá-la ao banheiro para um banho frio e fazê-la recuperar a sobriedade.
Mas quando sua mão a tocou, ela se enrolou nele.
"Nora Foster, me solte!" ele ordenou com um rosnado baixo.
Mas em vez de obedecer, ela se agarrou mais forte.
"Isaac, está doendo."
Ela levantou os lábios para beijá-lo.
No dia seguinte, quando Nora acordou, seu corpo parecia estar se despedaçando.
Ela ficou deitada na cama, seu olhar vazio enquanto olhava para o teto.
Ela pensava que nunca mais acolheria outro homem em sua vida além de Isaac.
Ela não aceitaria mais ninguém, mesmo que Isaac nunca a perdoasse e nunca a tocasse.
Mas na noite passada, não só ela sucumbiu, como também desfrutou.
O amor do homem foi habilidoso, seu calor e físico tão reminiscentes de Isaac.
Embora as drogas tivessem turvado sua consciência, e ela não pudesse distinguir seu rosto, ela vagamente se lembrava da maneira como ele a beijava. Ele era tão parecido com Isaac.
Em um momento de paixão desenfreada, ele a segurou firmemente, se rendendo ao êxtase.
De repente, um pensamento ridículo cruzou a mente de Nora.
Afinal, ela estava perto da morte, por que não deixar um homem acompanhá-la nos últimos dias de sua vida?
A ideia cresceu selvagem e incontrolável em seu coração.
O som da água corrente vinha do banheiro.
O homem da noite passada ainda estava lá, tomando banho.
Ela vestiu as roupas espalhadas no chão e se aproximou da porta do banheiro. Ela deu uma batida.
"Senhor, gostaria de fazer uma proposta de negócios."