




Capítulo 2
"O doutor explicou com preocupação estampada no rosto: 'Ele foi trazido por um bom samaritano que o encontrou no meio da estrada, balançando para frente e para trás com roupas rasgadas e pele arranhada.'"
"E ele está bem?" Divina perguntou urgentemente.
"Embora tenhamos tratado seus ferimentos menores, encontramos uma mordida de animal bastante feia perto do olho esquerdo, que ele se recusou terminantemente a tratar. Ele está estável no momento, mas devo alertar para ter cautela ao se aproximar dele."
"Mas você disse que não havia nada de sério!" Divina exclamou, com confusão e medo na voz.
"Nossos diagnósticos iniciais não revelaram nada preocupante," o doutor respondeu gravemente, "no entanto, agora descobrimos um tumor cerebral, diferente de qualquer coisa que eu já tenha visto antes."
Lágrimas brotaram nos olhos de Divina enquanto ela entrava no quarto do hospital. Ela ficou chocada ao ver seu parente octogenário amarrado à cama - sua pele quase translúcida. Seus olhos brilhavam com uma intensidade feroz que sugeria algo muito além de sua condição atual. Suas pernas finas estavam expostas e mostravam o início de hematomas, além de arranhões profundos. Ela tentou se manter firme, mas a visão dele a fez chorar. Assim que ele a viu, começou a gritar descontroladamente.
"VEJAM A DEUSA LYCAN! A DEUSA LYCAN! MINHA NETA - A DEUSA LYCAN! EU TE ADORO, DEUSA LYCAN! DEUSA LYCAN!!!"
As lágrimas de Divina fluíam livremente enquanto ela saía cambaleando do quarto, seu coração se partindo em um milhão de pedaços. O peso de suas emoções era quase insuportável enquanto ela procurava seu telefone e discava o número de sua mãe, desesperada por conforto. Mas o telefone tocava e tocava, um lembrete cruel de sua solidão e desespero.
"Mãe, você precisa vir rápido. O vovô... ele não é mais ele mesmo," ela implorou no aparelho, sua voz tremendo de medo e incerteza. Exausta e fraca, ela desabou em uma poltrona azul macia na área de espera estéril, seu corpo sacudido por soluços e tremores. As revistas desatualizadas na mesa de centro não despertavam nenhum interesse, e ela apoiou as pernas em uma tentativa inútil de se sentir mais firme.
Mas mesmo enquanto estava sentada ali, sua mente estava consumida por memórias dele - o homem de cabelos escuros que havia capturado seu coração e alma. Ela se lembrava de como seus dedos desabotoaram habilmente sua calcinha, do calor de sua respiração em seu pescoço enquanto ele se inclinava para beijá-la. Seu corpo havia respondido ao toque dele com uma fome ardente, sua pele ganhando vida com a eletricidade de suas carícias.
Agora, sozinha e com medo, Divina se agarrava a essas memórias como um salva-vidas, seu coração doendo de saudade e desejo. Mas mesmo enquanto se deleitava na paixão vertiginosa de seu abraço, um pensamento mais sombrio pairava na borda de sua mente, ameaçando consumi-la com sua intensidade. Pois ela sabia que, por mais intensamente que o amasse, seu tempo juntos poderia ser muito breve, e ela era impotente para deter a marcha inexorável do destino.
Ele se aproximou, sua testa repousando contra a dela. Divina não pôde deixar de prender a respiração enquanto observava a intensidade silenciosa em seu olhar.
Sua respiração quente dançava sobre sua pele, fazendo-a fechar os olhos em antecipação. Quando seus lábios encontraram os dela mais uma vez, estavam mais fervorosos, buscando e explorando cada centímetro de sua boca com uma fome que a deixava tonta de desejo.
Ela não pôde evitar gemer suavemente enquanto ele começava a penetrá-la, as sombras do quarto e o cheiro de sexo de verão os envolvendo. O homem de cabelos escuros tomou o controle, distribuindo beijos pelo pescoço dela e mordiscando sua pele antes de lamber seus seios nus.
O corpo de Divina estava vivo com o prazer que corria por suas veias, seu coração cantando de alegria antes que ele de repente se afastasse. Ela sentiu falta do calor que se enrolava dentro dela de forma desesperadora.
Ambos ofegantes, eles pausaram por alguns segundos, suas mãos agarrando as costas dele e puxando-o de volta para ela. Naquele momento, ela precisava dele mais do que qualquer outra coisa no mundo.
Ele começou a se mover dentro dela com uma paixão feroz que a pegou de surpresa. Em um momento espontâneo, ele a virou de bruços e pressionou contra suas costas, deslizando entre suas nádegas. Seus corpos se encaixavam perfeitamente, e ele se movia contra ela suavemente, o suor escorrendo pelo peito dela. Mas ele rapidamente a virou novamente, e desta vez ela envolveu as pernas ao redor dele enquanto ele mergulhava mais fundo dentro dela. Divina arqueou as costas em êxtase enquanto ele se movia cada vez mais rápido, seus olhos escuros intensos enquanto ele agarrava seus seios e apertava. E então, algo incrível aconteceu. Seus corpos começaram a levitar, vários metros acima da cama. Mas o belo estranho não vacilou, e momentos depois, Divina foi tomada por um orgasmo selvagem. Mas enquanto sentia-se caindo, uma voz de dentro dela disse para acordar.
Divina lentamente recobrou a consciência, sentindo uma presença familiar ao lado de sua cama. Seus olhos se abriram para ver o rosto de sua mãe, e uma onda de alívio a inundou. Mas sua mente ainda estava turva pelo sonho do qual acabara de acordar - um sonho tão vívido que parecia real.
"M-Mãe?" Divina gaguejou, tentando juntar o que havia acontecido.
"Shh, meu amor," sua mãe respondeu, sua voz tão gentil como sempre. "Você precisa descansar e comer algo direito."
Divina fez uma careta quando uma dor aguda atravessou a parte de trás de seu crânio. "Mas como está o vovô?" ela perguntou, sua preocupação com o pai tomando conta.
"Ele está estável há horas, mas precisamos levar você para casa," disse sua mãe.
Divina balançou a cabeça. "Não, eu tenho que vê-lo," insistiu, lembrando o que havia acontecido da última vez que o viu. A memória da Deusa Lycan, misturada com a sensação de sexo supercarregado com a propriedade de Melissa, inundou sua mente. Parecia tão real, mas era impossível. O que estava acontecendo com ela?
Estilo de vida do Conde Drácula? Deusa Lycan? Sonhos sexuais loucos? A mente de Divina girava com confusão e pânico. Ela precisava descobrir o que estava acontecendo antes que fosse tarde demais.
Ela havia imaginado a propriedade de Melissa em várias ocasiões anteriores, embora seu semblante habitualmente se escondesse na obscuridade. Divina massageou as têmporas enquanto ponderava sobre isso.
"Divina, Divina," a voz de sua mãe a puxou de volta das profundezas de seus pensamentos.
"Você deseja vê-lo agora?" A mera sugestão causou pânico dentro de Divina como uma tempestade tempestuosa.
"Não, estou com uma dor de cabeça terrível."
Amy estreitou os olhos diante da mudança abrupta no comportamento da filha. Ela sabia muito bem como distinguir entre uma criança assustada e uma doente.
Elas entraram no carro de Amy, um modelo muito superior ao do seu pai. "Vou pedir para alguém buscar o carro do vovô. Você não está em condições de dirigir," Amy declarou enquanto ligava o motor. Divina havia esquecido do veículo, ainda abandonado no estacionamento do hospital.