Read with BonusRead with Bonus

Festa de despedida parte 2

Informei ao Alpha Navarro sobre os desejos de Alucard. Eu poderia jurar que nunca quis tanto esconder meu rosto que estava corando quando ele me provocou.

"Não sabia que vocês dois estavam mais próximos agora, hein?" Ele arqueou as sobrancelhas, o que me fez franzir a testa.

"Pare com isso, Alpha. Isso não passa de uma amizade que estabelecemos," menti, engolindo a amargura pelo fato de Alucard ser meu companheiro. "Não coloque nenhum significado nisso." Não pude evitar ficar na defensiva, vendo como o Alpha Navarro não parava de me olhar de forma significativa.

O Alpha Navarro riu. "Você está dispensada de suas funções. Fico feliz que esteja tirando uma folga."

Saí do escritório dele balançando a cabeça, pensando em como ele era insistente para que eu sempre tirasse uma folga das minhas funções, mesmo quando eu estava apenas cumprindo-as de acordo com os padrões de um Beta. Edison, quando estava no auge, desempenhava suas funções muito melhor do que eu.

À medida que o sol se punha no horizonte, lançando tons de laranja e roxo pelo céu, a alcateia se transformava em um mundo mágico. Luzes suaves piscavam, lançando um brilho quente sobre os telhados das casas e mansões, e o ar estava cheio de risos e alegria. Era o cenário perfeito para uma alcateia vivendo bem sob a boa influência de um Alpha.

Banhada em água aromática e vestida com uma roupa simples, túnica e calças que abraçavam minhas curvas, fiz meu caminho até a colina onde poucas pessoas vinham. Preparei meu coração, pois ao ver Alucard naquele momento, eu não conseguiria controlar às vezes as ações que iria tomar, e eventualmente me arrependeria.

"Você está aqui."

O rosto de Alucard se iluminou com um largo sorriso enquanto ele respondia antes de me olhar, inalando profundamente como se tivesse perdido o fôlego. Para minha surpresa, notei um cobertor de piquenique estendido na grama próxima. Havia até uma cesta em cima dele.

"Oh, você parece... preparado," apontei antes de segurar uma garrafa de vinho, que presumi que iríamos desfrutar mais tarde.

Ele sorriu timidamente. "Pedi ajuda ao Arsenal e ao seu cozinheiro com a comida porque não sei cozinhar."

Arqueei a sobrancelha quando ele coçou a nuca. Quase ri, sem acreditar no que estava vendo. Por que ele parecia um adolescente confessando seus sentimentos para sua paixão, que não seria capaz de retribuir?

Parei na frente dele, balançando a cabeça. "Não espero que você cozinhe. Você é um príncipe lycan, não é sua responsabilidade." Com isso, passei por ele, deixando-o para trás.

"Vou tentar aprender quando voltar ao palácio. É injusto que você saiba cozinhar e eu não," ele disse, com a voz tingida de determinação.

Olhei para ele, um pouco surpresa. "Por que isso é tão importante?" Não conseguia entender por que ele estava transformando isso em uma competição.

Ele deu de ombros despreocupadamente enquanto se sentava ao meu lado no cobertor. "Simplesmente é, para mim," respondeu, antes de se deitar e olhar para o céu.

Me juntei a ele no cobertor, sentando-me de pernas cruzadas enquanto o observava deitado, seu olhar fixo na vasta extensão do céu noturno. As estrelas brilhavam acima de nós, pintando uma tela hipnotizante que refletia a beleza da nossa conexão.

"Você já observou as estrelas antes, Faustina?" Alucard perguntou, sua voz suave e contemplativa.

Sorri, encontrando consolo na tranquilidade do momento. "Sim, já. Sempre olho para cima quando estou na torre de vigia. É uma experiência pacífica e humilde, que nos lembra o quão pequenos somos no grande esquema das coisas," disse, suspirando.

Ele assentiu em concordância, seus olhos nunca deixando as estrelas. "Às vezes, é fácil se perder no caos de nossas próprias vidas e esquecer a beleza que existe além de nossas preocupações imediatas. As estrelas nos lembram de olhar além de nós mesmos, de apreciar as maravilhas do universo."

Suas palavras ressoaram em mim, despertando um senso de introspecção. Trouxe-me um certo conforto poder conversar com alguém—sem qualquer malícia.

Permanecemos em um silêncio confortável, aproveitando a serenidade da noite. A atmosfera entre nós havia mudado da intensidade de nossos encontros anteriores, e uma camaradagem gentil se instalou em seu lugar.

Com o passar do tempo, Alucard quebrou o silêncio, sua voz cheia de curiosidade. "Diga-me, Faustina, quais são seus sonhos? O que você imagina para si além do papel de Beta?"

Refleti sobre sua pergunta, surpresa com seu interesse genuíno. "Eu... sempre estive focada no meu dever, em servir a alcateia e manter a estabilidade dentro da nossa comunidade. Nunca realmente me permiti sonhar além disso."

Ele inclinou a cabeça, seu olhar cheio de encorajamento. "Mas certamente deve haver algo que você deseja, algo que acenda uma paixão dentro de você, certo?"

Hesitei, o peso da responsabilidade ainda pressionando sobre mim. Mas um lampejo de desejo despertou dentro de mim, e me vi ousando expressar um sonho há muito suprimido. "Sempre tive um amor pela arte, pela pintura. Nos meus momentos mais tranquilos, encontro consolo em criar algo bonito na tela."

Os olhos de Alucard se iluminaram com entusiasmo, seu entusiasmo genuíno contagiante. "Isso é maravilhoso, Faustina! A arte tem o poder de capturar emoções e transcender fronteiras. Eu adoraria ver suas pinturas algum dia."

Um rubor subiu às minhas bochechas com suas palavras, meu sonho de repente parecendo mais tangível e ao meu alcance. "Obrigada, Alucard. Talvez, um dia, eu tenha coragem de compartilhar minha arte com você."

Nossa conversa fluiu de um tópico para outro, passando sem esforço entre brincadeiras leves e discussões profundas. Parecia que estávamos nos livrando do peso de nossos títulos e nos permitindo simplesmente estar na presença um do outro.

A garrafa de vinho foi aberta e compartilhada entre nós, o sabor rico do líquido aquecendo nossos interiores. Rimos, provocamos e compartilhamos histórias até tarde da noite, as horas escapando em uma névoa de companheirismo e conexão.

Então, momentos depois, fomos envolvidos pelo silêncio, envolvidos pelas ondas tranquilas da noite.

"Vou sentir sua falta, Faustina."

Do nada, Alucard falou, fazendo meu coração bater vigorosamente. Limpei a garganta. "Você só está dizendo isso por causa do nosso vínculo de companheiros." Não havia mais sentido em negar. Ambos podíamos sentir a conexão.

"Sim e não." Arqueei a sobrancelha quando nossos olhos se encontraram. "Mesmo se eu não soubesse que você é minha companheira, ainda assim sentiria sua falta." A intensidade do seu olhar trouxe arrepios ao meu corpo. "Vou voltar para esta alcateia. Desta vez, vou pedir sua mão porque já estou apaixonado por você, Faustina."

Meus olhos se arregalaram com suas palavras. "O-O quê?" Minha loba estava comemorando a confissão que eu estava ouvindo agora. "Você está... brincando comigo?"

Alucard virou o corpo na minha direção. "Estou falando sério, Faustina." Sua mão se estendeu para alcançar a minha.

"Alucard..." Minha mente entrou em caos enquanto meu coração batia incessantemente, apesar da ausência de qualquer esforço físico. Eu não conseguia entender por que meu coração estava acelerado, deixando-me confusa e inquieta.

Não conseguia acalmar minha loba agora que ela sabia o que Alucard estava pensando. Ficou claro para mim que o lobo dele estava tentando se comunicar conosco, assim como da última vez que viemos aqui.

"Eu não sei o que dizer..." Quero dizer... Meus sentimentos floresceram enquanto ele estava aqui? Era possível. Eu estaria mentindo se dissesse que não envolvi nenhum sentimento enquanto ele estava aqui na nossa alcateia.

Sua mão na minha fez meu fôlego prender na garganta, e não pude evitar engolir em resposta. O toque suave de seu polegar contra o dorso da minha mão enviou uma onda de sensação através de mim, quase tirando meu fôlego.

Assim que seus lábios tocaram o dorso da minha mão, soube naquele momento que meus sentimentos por ele haviam transbordado enquanto ele me olhava com um olhar sensual.

A realização me atingiu como um raio, eletrificando cada centímetro do meu ser. O toque de Alucard acendeu um fogo dentro de mim, despertando desejos e emoções que eu havia suprimido por muito tempo. Era como se o mundo inteiro tivesse desaparecido, deixando apenas nós dois neste momento de profunda conexão.

Lutei para encontrar as palavras certas, minha mente tendo dificuldade em acompanhar meu coração assim que Alucard se aproximou. "Posso?" ele sussurrou, seus lábios a poucos centímetros dos meus.

Meus olhos desceram para seus lábios carnudos e úmidos antes de voltar a olhar em seus olhos. "Sim," sussurrei de volta, antecipando-o.

Naquele momento, o tempo parecia parar enquanto Alucard fechava a distância restante entre nós, seus lábios encontrando os meus em um beijo gentil e hesitante. Foi uma exploração terna, uma dança delicada de desejo e incerteza.

Enquanto nossos lábios se moviam em sincronia, uma onda de emoções percorreu meu corpo, avassaladora e emocionante. Parecia que o mundo inteiro havia desaparecido, deixando apenas a conexão eletrizante entre nós. Meu coração batia em sincronia com o dele, ecoando a profundidade da nossa nova conexão.

O beijo se aprofundou, tornando-se mais apaixonado e intenso. Nossos corpos gravitavam um em direção ao outro, desejando a proximidade que só intensificava a chama ardente entre nós. Foi um momento de rendição, de nos permitirmos abraçar a verdade inegável do nosso vínculo.

O mundo ao nosso redor deixou de existir enquanto nos perdíamos um no outro, explorando o território inexplorado do amor e do desejo. O tempo parecia se estender indefinidamente, não deixando espaço para dúvidas ou medos. Tudo o que importava era a conexão intoxicante que compartilhávamos, a atração magnética que desafiava a lógica e a razão.

Minha costas estavam deitadas no chão enquanto Alucard segurava minhas mãos, prendendo-as ao meu lado. Gemei dentro da boca dele quando ele se posicionou entre minhas pernas, e não pude evitar de envolvê-lo com minhas pernas.

"Diga que você também quer isso..." Alucard deixou meus lábios e sussurrou no meu ouvido, lambendo meu lóbulo, aumentando o desejo que sentia por ele quando vi seus olhos brilhando de luxúria. "Diga para eu parar, Faustina. Porque se você não disser, eu talvez não consiga—"

Calei-o com um beijo, não querendo pensar em mais nada. Seus olhos se arregalaram quando ousei lamber seus lábios antes de alcançar seu rosto e sussurrar, "Apenas me mostre o quanto você me ama, e eu farei o mesmo."

Não sabia o que havia acontecido comigo, e ousei fazer isso. Mas as coisas haviam escalado nessa posição, deixando-me sem escolha, e aceitei a paixão que tínhamos um pelo outro.

A respiração de Alucard ficou mais pesada enquanto ele rosnava imaculadamente. "Eu farei isso, minha Beta."

O mundo ao nosso redor se desfez em um borrão enquanto os lábios de Alucard reivindicavam os meus novamente, seus movimentos se tornando mais urgentes e apaixonados. O som de nossas respirações misturadas enchia o ar enquanto nos perdíamos em um turbilhão de desejo e anseio.

Suas mãos percorriam meu corpo com uma fome que espelhava a minha, acendendo cada nervo e enviando faíscas de prazer através de mim. A intensidade da nossa conexão era avassaladora, cada toque alimentando o fogo que ardia entre nós.

Naquele momento, nos entrelaçamos em uma dança de emoções cruas e êxtase compartilhado. As barreiras que antes nos separavam se dissolveram, e abraçamos as profundezas de nossos desejos, liberando uma paixão que havia sido suprimida por muito tempo.

O céu noturno acima testemunhou nossa união, como se as próprias estrelas estivessem celebrando o vínculo que havíamos forjado. O tempo parecia parar enquanto explorávamos as profundezas do nosso amor, nossos corpos se movendo em perfeita harmonia. Foi uma união sagrada, uma fusão de duas almas destinadas a estar juntas.

À medida que a noite avançava, nossos corpos se tornaram um só, nossa conexão atingindo um clímax de prazer e realização.

"Gostaria de ficar aqui por alguns dias. Isso é possível?" Alucard perguntou suavemente depois de morder minha pele exposta, descendo para prender um dos meus mamilos.

Mordi meu lábio inferior, assentindo antes de envolver minhas pernas ao redor de sua cintura para sentir seu membro dentro de mim, o que me fez gemer enquanto ele grunhia. "Fique o quanto quiser, Sua Alteza Real," disse em um tom sedutor, fazendo seu sorriso se alargar de orelha a orelha.

Previous ChapterNext Chapter