4. Eu pego você olhando para mim
POV de Oliver
Nada no mundo poderia ter me preparado para a visão diante de mim e eu não conseguia nem encontrar palavras para expressar minha raiva quando ela inventou uma desculpa para minha avó sobre por que tinha que ir.
"Oliver, você acabou de assustar a pobre garota. O que há de errado com você? Acho que nunca te vi evitar uma mulher tão rápido. Na verdade, eu diria que você gosta da atenção. Me diga o motivo do seu comportamento. Eu gostaria que você fosse assim com todas aquelas peruas que correm atrás de você."
"Você nem entende o que está acontecendo."
"Então me diga. Embora eu a ache muito doce e interessante, posso encontrar outra pessoa para o trabalho. Então me diga." Ela estava fazendo isso de novo.
"Não há nada para contar, eu não a quero perto de mim. Eu me recuso a deixá-la ficar perto de mim. Eu a rejeito. Ela é..." Cortei minhas palavras, sabendo que não me faria bem se minha avó descobrisse o motivo.
"Rejeitá-la? O que você quer dizer?"
"Nada," eu disse, peguei meu terno da mesa e fui para o meu quarto, esperando poder evitá-la completamente.
Mas ela me seguiu, "O que você quer dizer, Oliver? Você encontrou sua companheira e está rejeitando-a? Por quê?"
Não havia mais como evitar, eu estraguei tudo quando hesitei.
"Sim. Ela é humana."
"Isso é incrível! A deusa da lua finalmente se lembrou de você."
"Eu estou rejeitando-a."
"E ela está trabalhando aqui, comigo. Você não ousa rejeitá-la. Isso é uma ordem."
"Ok," eu disse.
"Ok?"
"Sim, ok. Faça o que quiser e eu farei o meu. Agora, por favor, preciso fazer algumas ligações," eu disse, sem me importar com o choque no rosto dela.
"Ela começa amanhã, limpe sua agenda," ela respondeu e saiu. Acho que ela decidiu ir contra mim.
Peguei meu telefone e liguei para Lisa, eu poderia chamá-la de minha namorada, mesmo que tudo o que fazemos seja sexo.
"Oi Oliver, achei que você sentiria minha falta. Eu sinto falta das suas mãos no meu pescoço. Sinto falta do seu pau dentro de mim," ela cumprimentou no final da ligação, ela é um anjo da sedução. É por isso que eu gostava de tê-la por perto. Suas escolhas de palavras aceleram meu coração.
"É por isso que estou te convidando para vir à mansão amanhã." Ela iria embora quando Freya saísse do trabalho. Eu sei o quão sensível uma mulher simples é quando uma mulher sofisticada está por perto.
Freya
Suspirei ao chegar na frente da mansão com minha bolsa de viagem presa entre os dedos no dia seguinte. Se eu tivesse o luxo de rejeitar o trabalho, infelizmente não tenho. Havia tantas coisas envolvidas, tantas coisas que meu salário aqui pagaria. A primeira de muitas seria o aluguel no dormitório. E além disso, a avó era um anjo, trabalhar com ela seria um sonho realizado.
Eu não diria o mesmo sobre seu neto arrogante. Fazer o meu melhor para evitá-lo deveria ser meu objetivo nos próximos dias.
"Eu acho que você não precisa que eu te mostre o caminho hoje," disse o mordomo, interrompendo meus pensamentos.
"Sim, obrigada. Acho que posso encontrar o caminho."
"Ótimo, senhora. A madame estará esperando por você."
"Obrigada." Sem esperar mais minutos, entrei e, para minha surpresa, a velha senhora estava me esperando com um grande sorriso no rosto.
"Boa tarde, vovó." Certifiquei-me de não esquecer o pedido dela para chamá-la de vovó.
Como se lesse minha mente, ela pulou em mim e me abraçou. "Oh, doce criança, você não esqueceu."
"Não, eu não esqueci," retribuí o abraço. Ela estava agindo muito diferente de ontem.
"Vou para o quarto que você me mostrou ontem?" perguntei, mudando de assunto.
"Não, houve uma mudança de quartos. Você ficará na outra ala. É onde meu neto fica, dois quartos depois. Eu quero minha ala para mim. Sabe, Oliver come tarde na cozinha, eu não gostaria de ser perturbada, então estou me mudando para a próxima ala." Sem perguntas a fazer, ela é a dona da mansão e só ela sabe o que quer fazer com ela.
"Ok."
"Bom, venha, deixe-me te mostrar o caminho." Assim que estávamos prestes a subir, o neto arrogante entrou, com uma mulher muito bonita cujo único pedaço de roupa era um longo lenço florido ao redor do corpo.
"Vovó, Lisa ficará conosco pelos próximos dias. Você pode se mudar para a outra ala, seu lugar favorito na mansão."
"Eu já estou me mudando para dar liberdade à Freya em sua primeira noite," sua avó respondeu de forma indiferente e eu não estaria enganada se dissesse que ela não reconheceu a mulher.
O quarto era enorme, maior do que qualquer coisa que eu já tinha visto, e ainda mais decorado do que qualquer quarto de hóspedes que eu já tinha visto. Pulei na cama king-size macia, parecia um paraíso e eu nem percebi quando adormeci.
Quando acordei, eram cerca de 22h, me perguntei por que ninguém me acordou. Fiquei deitada na cama olhando para o teto por cerca de uma hora antes de suspirar e me sentar. Eu estava começando a ficar com fome e, a princípio, não sabia o que fazer, não havia campainha ou telefone para chamar alguém.
Mesmo que Oliver estivesse a dois quartos de distância de mim, não achei que fosse uma boa ideia pedir ajuda a ele.
Eu desceria até a cozinha sozinha, talvez tivesse sorte de encontrar alguma sobra de comida. Já era meia-noite. Ninguém estaria acordado, a vovó estaria na cama, assim como Oliver e sua perua. Parecia seguro para mim descer. Parei em frente ao espelho, dando uma olhada completa na minha aparência. Um suspiro escapou dos meus lábios, minhas olheiras estavam mais evidentes do que nunca, bem, eu fiz isso comigo mesma afinal. Meu cabelo estava ótimo, no entanto, eu sempre me certificava de escová-lo bem todos os dias antes de ir trabalhar.
Saí do meu quarto para examinar o ambiente, não seria bom se eu encontrasse Oliver neste momento.
O silêncio preenchia os arredores enquanto eu percebia que poderia ser a única pessoa acordada naquele momento. Contemplando o que eu poderia preparar rapidamente para satisfazer minha fome, comecei a descer as escadas quando ouvi.
Um gemido.
O medo tomou conta do meu coração. Estava escuro, poderia haver um invasor? Uma mansão como essa não teria segurança? Eu estava alarmada.
Engoli em seco enquanto descia lentamente, meu coração batendo forte no peito.
Mas grunhidos e gemidos seguiram, isso não era um intruso, pessoas estavam fazendo sexo.
Eu já estava no final da escada, podia ouvir os gemidos mais altos agora, isso não era nenhum ladrão.
O desejo de desviar o olhar, de recuar, de fingir ignorância sobre o que eu acabara de testemunhar, surgiu dentro de mim. No entanto, me vi incapaz de realizar esses desejos. Parecia que meus pés tinham vontade própria.
Eu não conseguia desviar os olhos da cena. Observando ele agarrar o cabelo dela, as mãos dela contra as coxas dele, lutando para conter tudo dele na boca. O grunhido baixo dele, os suspiros suaves dela enquanto ele fodia a boca dela.
"Isso mesmo, querida, isso mesmo." Ele sussurrou, a voz saindo rouca. Tapei minha boca com a mão, impedindo um pequeno grito de escapar. Observei a mão dele enrolar o cabelo dela, apertando-o lentamente. Ele a puxou para trás, levantando o queixo dela para que ela pudesse olhar para ele.
"Olhe para mim enquanto eu encho sua boca." A voz dele era crua, e no controle. Me vi assistindo, incapaz de desviar os olhos. Ele estava como no último dia em que meus sonhos pararam.
Me peguei imaginando como seria se ele me tivesse sob ele assim na carne!
O olhar no rosto dela me fazia ansiar por ele. Eu queria ser eu sob ele. Queria sentir tudo o que ela estava sentindo. Conformando-me a todas as suas exigências. Ela estava desorientada, o rosto dela, corado. Os lábios entreabertos enquanto ela arfava, saliva escorrendo pelo queixo.
"Você sempre foi uma boa menina." Ele sussurrou, inclinando-se para encontrá-la, colocando o cabelo dela atrás da orelha enquanto sussurrava no ouvido dela.
Eu o observei puxá-la contra a mesa de jantar e virar suas costas para ele, ele puxou a calcinha dela para baixo e deu um tapa tão forte na bunda dela enquanto ela gemia alto.
Tentei desviar o olhar, mas parecia que havia uma força poderosa me mantendo no lugar.
"Vou te foder muito bem, você quer isso? Quer sentir meu pau dentro de você." Ele sussurrou, puxando o jeans e ele se soltou. Eu o observei abrir as pernas dela adequadamente e enfiar as mãos dentro dela.
"F-foda-se, sim, por favor... Foda meus miolos, Oliver!" ela gritou, eu assisti.
Ele entrou nela e começou a meter seu pau nela, eu me senti molhada entre as pernas, mas a realização só piorou as coisas, eu gemi.
Fechei os olhos para imaginar ele fazendo o que fez comigo e com ela na vida real. Assim como agora.
Quando finalmente abri os olhos, ele estava olhando diretamente para mim.
"Merda!" Tapei minha boca para não fazer mais sons. Um sorriso se formou nos lábios dele, ele me viu.
Me forcei a me mover. Corri de volta para cima, esquecendo completamente da comida. Ele me viu assistindo ele transar com a namorada.