




Seduzi-lo
Céline andava de um lado para o outro em seu quarto, ansiosamente esperando sua tia voltar. Já fazia um tempo desde que ela saiu. Céline começava a se perguntar o que estava demorando tanto para ela voltar. Ela havia mandado uma mensagem para sua tia pedindo para verificar a caixa de entrada do e-mail, para ver se havia uma resposta à sua consulta e pedido ao tribunal para se casar com Damien Culhane.
Parecia loucura o suficiente em sua cabeça, e Céline nunca conseguia se obrigar a dizer isso em voz alta. Ela tinha se rebaixado demais.
Será que ela foi rejeitada? Será que não era bonita o suficiente? Ela se esforçou tanto para parecer bonita naquela foto. Estava tensa, pensando no resultado. Precisava de uma resposta agora.
Se sua tia não voltasse logo, ela poderia perder a cabeça.
"Oh Deus, me ajude. Ajude sua pobre filha." Céline juntou as mãos e fechou os olhos com força. Ela precisava desesperadamente disso.
O som da porta da frente se fechando a tirou de seus pensamentos. Devia ser sua tia. Sem pensar duas vezes, ela correu para encontrá-la.
"O que demorou tanto, tia!"
Tia Elizabeth se virou abruptamente. Ela tinha uma expressão ansiosa no rosto. "Céline, você precisa ter cuidado com a maneira como me aborda e levanta a voz por aqui. Estou ficando velha, e isso não é bom para minha saúde."
Céline revirou os olhos. "Você nunca deixa de me lembrar, tia. Além disso, você age como se tivesse 100 anos ou algo assim. Você tem apenas 65."
"Apenas? Não, mocinha, você não vai fazer disso pouca coisa. Nem todo mundo chega até lá."
"Oh, vida longa à tia Elizabeth" foi sua resposta sarcástica. As duas riram.
"Então, o que aconteceu, tia? Ele gostou de mim? Ele vai se casar comigo? Ah, e a mãe dele? Ela gostou de mim também?"
Elizabeth parecia surpresa e ligeiramente divertida. "Calma, mulher, você vai continuar despejando perguntas ou vai me deixar responder as que já fez?"
"Responda, tia."
"Qual delas?" A tia perguntou rindo.
"Bem, eles responderam?"
"Isso, eu não sei. Não posso falar por mais de uma pessoa. Mas posso falar por uma certa mulher de interesse."
"A mãe dele?"
"Isso mesmo," respondeu Elizabeth, indo para a cozinha. Céline a seguia de perto. "Nossa, estou com fome. Você cozinhou algo?"
"Não, mas posso pedir uma pizza."
"Por favor, faça isso. O que você fez o dia todo? Esperando eu voltar?"
"Sim. Então, voltando ao assunto, tia. A mãe dele gostou de mim, mas ele não?" Ela perguntou, inquieta.
"Eu não disse exatamente isso," disse Elizabeth, tirando o suco de laranja do congelador e servindo um pouco para si. "Quer um pouco?"
"Sim, claro," ela observou enquanto sua tia lhe servia um copo antes de retomar suas perguntas.
"Você poderia, por favor, me dar um resumo do que aconteceu? Você está me matando com suas meias-respostas."
"Calma, Céline. Você está sendo muito dura consigo mesma," disse Elizabeth, suspirando. "Olha, eu não recebi nenhuma mensagem dele. Eu só entrei em contato com a mãe dele, e ela gostou de você, então ele provavelmente também gostará."
"Você acha?"
"Espero que sim. Quero dizer, ouvi dizer que aquele garoto estúpido rejeitou outras cinco mulheres de alto perfil."
"Bonitas?"
"Esculpidas pelas próprias mãos de Deus."
"Então eu não tenho chance?" Céline soltou um suspiro de frustração.
"Eu não disse isso."
"Mas você deu a entender," ela disse apontando. "Você.está.me.matando.tia.!"
"Não, você é que está sendo dura consigo mesma."
"Você sabe o quanto eu preciso disso. É a única maneira de vingar a morte deles. Eu preciso me casar com ele! Eu preciso do dinheiro dele!"
"A única coisa que você precisa, mulher, é seguir em frente. Eu não apoio você se casar com esse Damien. Nem apoio você ter qualquer vingança. Tudo o que eu quero é que você seja feliz, e tenho certeza de que seus pais também gostariam disso, e não que você sacrifique sua felicidade para vingar a morte deles," disse Elizabeth, fazendo uma careta.
"Eu não posso seguir em frente, tia. Já discutimos isso antes, então pare de trazer isso à tona." Céline afirmou, e voltou para o seu quarto. Isso foi o suficiente para mudar seu humor, que estava excitado, mas ansioso.
Ela ouviu o suspiro suave de sua tia antes de sair da cozinha. Sim, ela concorda que sua tia fez muito por ela e, ela apreciava isso, mas não deixaria isso impedi-la. Sua tia conseguiu convencê-la de muitas coisas, mas uma coisa que ela nunca conseguiria persuadi-la a fazer é seguir em frente. Ela não poderia seguir em frente até que tivesse vingado a morte de seus pais. Casar-se com Damien era seu primeiro passo. Então, gostando ou não, Elizabeth teria que recuar. Sua tia poderia estar frustrada, mas ela também estava.
Ela se deitou na cama e ficou olhando para o teto. A campainha tocou, e ela ouviu os passos lentos de sua tia indo atender a porta. "Oh Deus, abençoe essa mulher por mim e deixe-a viver muito." ela murmurou. Devia ser o entregador na porta. Ela quase tinha esquecido que pediu pizza.
"Céline, a pizza chegou." Sua tia a chamou.
"Guarde a minha na geladeira. Não estou com fome."
Elizabeth não respondeu. Ela já tinha tido o suficiente de sua sobrinha e desse drama. Ela precisava se impor.
Fechando os olhos, Céline começou a pensar. O que ela poderia fazer se Damien se recusasse a se casar com ela? Céline se perguntava quando receberiam uma resposta positiva à proposta. Sempre que fosse, ela precisava de um Plano B.
Pouco antes de adormecer, uma coisa estava em sua mente. Sedução.