




4 - Eu não posso
Nervosa não descreve o que Kimberly está sentindo agora. Ela pensou em abortar o plano e ir embora. Mas ela sabia que isso não era uma opção.
Mais cedo, depois de saírem do hotel, Kimberly e Susan foram ao hospital para que Kimberly pudesse fazer um teste. Depois disso, elas foram às compras e então Susan a deixou na Agência Mar antes de ir para casa.
Neste momento, Kimberly está junto com o dono da empresa, que está explicando as regras que ela precisa seguir. Kimberly não esperava por isso. Ela estava sendo orientada como se fosse encontrar o presidente.
Depois de assinar um acordo de confidencialidade, um motorista foi designado para levá-la ao local do cliente.
Kimberly olhou pela janela durante todo o trajeto. Pelas estruturas dos prédios que estavam passando, Kimberly sabia que estavam indo em direção à área nobre da cidade. Kimberly nunca tinha estado lá antes, já que não tinha ninguém para visitar, e por isso ficou fascinada com a beleza dos prédios e continuou olhando pela janela até chegarem ao destino.
Quando chegaram ao destino, o motorista abriu a porta para ela e disse para ela subir até a cobertura.
Com pernas e mãos trêmulas, Kimberly entrou no elevador e apertou o botão para a cobertura.
Assim que Kimberly chegou à cobertura, ficou maravilhada com o interior do corredor.
“Se o corredor é tão bonito, quanto mais a cobertura em si?”. Kimberly pensou consigo mesma. As paredes do corredor são feitas de mármore branco deslumbrante. Há lâmpadas em ambos os lados do corredor, feitas de ouro. E também há pinturas abstratas penduradas em ambos os lados da parede.
Kimberly continuou olhando as pinturas enquanto caminhava pelo corredor até a única porta. É óbvio que este andar da cobertura pertence a uma única pessoa.
“Dinheiro é bom!”. Kimberly pensou enquanto parava em frente à porta.
“Lá vamos nós!”. Ela respirou fundo e apertou a campainha. Depois de um minuto, a porta se abriu automaticamente. Kimberly tomou isso como uma pista para entrar.
Kimberly ficou maravilhada com a visão que a recebeu assim que entrou na cobertura. Com a boca aberta, ela olhou para a beleza da cobertura.
Parece algo que ela vê nos filmes. Ela se forçou a caminhar mais para dentro da sala com a boca aberta. A sala de estar em que ela está é mobiliada com móveis em cinza, preto e dourado. Tudo na sala inteira grita “dinheiro”.
Kimberly foi até o sofá para se sentar. Ela passou a mão pelo sofá macio. Estava tão perdida admirando a beleza do lugar que não percebeu que havia alguém na sala. Ela ouviu alguém pigarrear e então olhou para cima.
Neste momento, Kimberly sentiu como se fosse ter um ataque cardíaco. Diante dela estava o homem mais bonito que ela já tinha visto na vida.
O homem era alto e bem musculoso. O formato do rosto dele era perfeitamente esculpido, e Kimberly achou que não era justo alguém ser tão bonito assim.
“Tire uma foto, dura mais tempo!”. O homem disse com uma voz rouca enquanto sorria para ela.
“Desculpa!”. Kimberly disse e tentou se levantar, mas o homem fez um gesto para que ela permanecesse sentada. As borboletas no estômago de Kimberly agora estavam dançando.
“Qual é o seu nome?”. O homem perguntou enquanto se aproximava dela.
“K-Kimberly…” Kimberly gaguejou.
O homem sorriu e se sentou no mesmo sofá, mas manteve uma certa distância dela, o que Kimberly agradeceu.
Ele serviu uma bebida de uma garrafa que estava na mesa e ofereceu a ela.
“Desculpa, eu não bebo!”. Kimberly disse e deu um pequeno sorriso. Ele levantou as sobrancelhas e, sem dizer nada, bebeu todo o conteúdo do copo de uma vez.
Ele colocou o copo na mesa e veio se sentar bem ao lado dela. Ele estava tão perto que Kimberly podia sentir suas pernas se tocando.
O coração de Kimberly estava batendo muito rápido agora. Ela tinha certeza de que o homem podia ouvir o som de seu coração, já que ele estava sentado tão perto.
O homem envolveu a cintura dela com o braço, inclinou a cabeça e a beijou na lateral da cabeça. Naquele momento, Kimberly entrou em pânico.
“Não! Por favor, pare!”. Kimberly exclamou e se levantou do sofá.
“O que houve? Você está bem?”. O homem perguntou olhando para ela com preocupação.
“Não! ... Quer dizer, sim! Desculpa, posso usar o banheiro, por favor?”. Kimberly perguntou enquanto se xingava internamente por estar se comportando de maneira tão desajeitada.
“Claro. Aquela é a porta do banheiro”. O homem apontou para a porta perto da entrada.
Kimberly, envergonhada, foi até lá.
Lucas soltou uma pequena risada quando a moça entrou no banheiro. Quando a viu mais cedo, ficou chocado por um minuto porque ela parecia querer estar em qualquer lugar, menos ali.
E para confirmar seus pensamentos, ela continuava se afastando dele quando ele se sentou ao lado dela.
“Ela não age como as outras mulheres!”. Lucas pensou consigo mesmo. Ele não sabia se isso era uma coisa boa ou não. De qualquer forma, achou as ações dela fofas.
Lucas se perguntou o que estava demorando tanto no banheiro. Justo quando ele queria ir verificar, ouviu o toque do telefone em seu escritório ao lado. Ele foi atender.
Era uma ligação importante de um de seus clientes internacionais, então ele não podia recusar. Depois de falar ao telefone por cerca de trinta minutos, ele encerrou a chamada e voltou para a sala de estar.
“Desculpa, eu tinha uma ligação importante…”. Lucas começou a dizer, mas ficou quieto quando viu a moça já dormindo no sofá com a garrafa vazia de bebida ao lado dela.